'Jamais sonhei ver um projeto anticorrupção tão abrangente', diz leitor

Ministro Sergio Moro apresentou proposta para alterar normas e endurecer penas

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Plano de Moro

Aos 80 anos, juiz de direito aposentado, jamais sonhei ver em meu país um projeto anticorrupção tão abrangente e profundo como o apresentado por Sergio Moro. São sugestões de quem viveu na pele a angústia de querer, mas não poder acabar com as intermináveis chicanas “legais” que alimentam a impunidade. Peço a Deus que no Congresso o projeto seja aperfeiçoado, sobretudo no que tange à legítima defesa, mas jamais descaracterizado em seu propósito de restaurar a dignidade da Justiça criminal (“Moro costura apoio para prisão após 2ª instância e criminalização de caixa 2”).

José Dalai Rocha (Belo Horizonte, MG)

 

O que salvará o país é o investimento pesado em educação de qualidade, com melhor remuneração e qualificação dos professores dos ensinos fundamental e médio. O resto é devaneio. Enquanto ficarmos pagando fortunas de salários para juízes, procuradores, políticos e outros cargos públicos privilegiados, jamais transformaremos este país em uma nação. Está mais do que provado que alterar leis para lá ou para cá não muda nada. É só conversa para boi dormir (“Pacote de Moro altera 14 leis e mira organizações criminosas”).

Wagner Lacort (Governador Valadares, MG)

 

Via de regra, as mudanças parecem boas, com exceção da questão sobre legítima defesa, cujos pontos a serem adicionados são bem controversos. Contudo, há de se discutir uma questão fundamental: os presídios no país, que precisam ter sua quantidade e qualidade ampliadas.

Luciano Balemberg Carneiro (Curitiba, PR)

Brumadinho

A clareza e simplicidade no raciocínio de Alberto Toron permitem a qualquer leigo perceber sérios e preocupantes excessos que têm sido cometidos na criminalização de profissionais envolvidos com as avaliações da barragem (“Brumadinho: a punição dos culpados e o dolo eventual”). Imagino que eu, ex-auditor em questões de segurança e de meio ambiente, atento em apor minha assinatura em relatórios fidedignos ao que eu observava, poderia estar passando pela mesma situação. Vamos primeiro investigar, julgar e depois prender. Não deveria ser assim?

Glauco F. Fontanelli (Santos, SP)

 

O texto de Alberto Toron sobre as responsabilidades pela tragédia de Brumadinho procura aliviar a responsabilidade de engenheiros e executivos da Vale pelo rompimento da barragem que causou tantas mortes. Ora, todo o mundo sabia que havia risco real de rompimento da contenção de rejeitos, menos os engenheiros e diretores da empresa? Acredito que esteja clara a ocorrência de dolo eventual, fato que o douto advogado procura negar. No caso, assiste razão ao ministro Dias Toffoli, em suas ponderações.

Luiza Nagib Eluf, advogada (São Paulo, SP)

Congresso

Tudo dentro da normalidade (“Jovens Renans”, de Ranier Bragon). Anormal seria se a votação ocorresse dentro das regras. Renovação no Congresso não existe, são todos cobras criadas.

Alberto Henrique (Mauá, SP)

 

Assistindo na TV a reuniões do Congresso, fico com a impressão de estar diante de uma obra de ficção de Dias Gomes. Parece reunião da Câmara Municipal de Sucupira. Que nível!

Mouzar Benedito (São Paulo, SP)

 

Uma pergunta importante para avaliarmos o grau de independência e compromisso com a informação da imprensa é esta: quem foi o senador que depositou duas cédulas na urna durante a eleição do Senado? Em um evento que foi registrado em vídeo e fotos, certamente a imprensa já sabe quem foi. O problema é que nós, cidadãos, e principalmente os eleitores do espertalhão não sabemos. 

Luiz Oliveira (São Paulo, SP)

Habitação

O programa Nossa Casa, lançado pelo governador João Doria, atenderá famílias de baixa renda que necessitam de moradia. Serão construídas 60 mil unidades em quatro anos, com um investimento de R$ 1 bilhão pelo governo do estado (“Programa habitacional de Doria vai financiar obras da iniciativa privada”). E, diferentemente do que cita a reportagem publicada por esta Folha, o secretário da Habitação, Flavio Amary, não é diretor-executivo do Secovi-SP, entidade da qual se afastou da presidência em dezembro de 2018, antes de assumir a pasta.

José Fernando Lefcadito, superintendente de comunicação da CDHU


Remuneração do magistério

Arnaldo Niskier toca na ferida: sem valorização salarial, não há saída para melhorar a educação (“O que nos reserva o futuro”). A experiência internacional mostra isso, assim como o mero bom senso. Sem medida drástica nesse sentido, tudo o mais não passará de boas intenções.

Pedro Paulo A. Funari, professor titular do departamento de história da Unicamp (São Paulo, SP)


Paternalismo

Grande parte da sociedade gosta de ter um governo paternalista, porque não quer assumir suas próprias responsabilidades e escolhas. Tanto o primeiro texto (“A tirania do bem”, de João Pereira Coutinho) como o segundo (“A tirania do bem, revisitada”) retratam apenas a realidade. Quem a nega não atingiu a maioridade, apenas isso.

Eder Rizotto (Uberlândia, MG)


Venezuela

Muito admira a Folha fazer uma reportagem sob o título “Regime Maduro faz caçada a jornalistas estrangeiros”, em que relata graves ameaças à liberdade e até à vida dos jornalistas, entre os quais um teria sido seguido por guardas armados até o local em que se realizou a entrevista, e, ao mesmo tempo, informar o nome completo dos entrevistados. Das duas uma: ou os jornalistas correm sério risco após a publicação da reportagem, ou a coisa não é bem assim. Carregaram na tinta?

Beatriz Santos, advogada (Rio de Janeiro, RJ)


Charge

A Folha tem que explicar para a Laerte e outros cartunistas que o espaço superior direito da página A2 tradicionalmente é destinado a charges, que são um tipo de ilustração que têm por finalidade satirizar algum acontecimento atual. Na edição desta terça (5), há dois desenhos que não se conectam. É preciso um enorme esforço para entendê-los. Pior, eles não têm graça.

João Henrique Rieder (São Paulo, SP)

PARTICIPAÇÃO

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