'O fanatismo está absurdo; vamos queimar na fogueira', diz leitora sobre críticas de evangélicos a desfile

Leitores denunciam hipocrisia de bancada e lembram do caráter laico do estado brasileiro, segundo a Constituição Federal

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Carnaval

Em breve todos iremos queimar na fogueira da Santa Inquisição (“Bancada evangélica acusa Gaviões da Fiel de intolerância religiosa em desfile”, Cotidiano, 5/3). O fanatismo está cada dia mais absurdo. Tenho que tomar cuidado com uma foto de 1968 que tenho em casa. Nela veem-se o bispo diocesano e meu avô, pastor luterano, em cerimônia na Câmara de Vereadores local. Um católico e um luterano na mesma foto; heresia!

Marcos Fernando Dauner (Joinville, SC)

 

Aos religiosos que vivem vociferando que estado laico não é estado ateu, venho lembrar que, na qualidade de ateia, encontro-me agasalhada pela mesma Constituição Federal que eles e que me dá o direito de não crer em nenhum deus, o que não me confere o direito de desrespeitar aqueles que creem. Religiosos e ateus fanáticos são aberrações e devem ser contidas.

Guaciara Fernandes Oliveira Judice (Vitória, ES)

 

Considerando a hipocrisia, a exploração de fiéis e a mercantilização da fé pela bancada evangélica, o mal está de fato vencendo o bem e isso foi expressado em arte na avenida. Aos incomodados, é só não assistir ao desfile da Gaviões e não ser confrontado com a verdade.

Flávia Vieira Guimarães Hartmann (Brasília, DF)

 

Moro fora do Brasil há anos, e a Folha é uma das poucas janelas para acessar notícias sobre o país. Percebi, nesta semana, uma série de notícias a respeito do que Bruna Marquezine está vestindo no Carnaval. Isso me incomodou. Não tenho interesse em saber o que essa mulher veste. Não vejo como tal informação possa ser interessante para qualquer leitor, mesmo quando a intenção é o entretenimento.

Janaina Correa (San Francisco, EUA)

Anitta, Neymar e Bruna Marquezine
Anitta, Neymar e Bruna Marquezine - Divulgação

 

Parabéns à Mancha Verde pelo título no Carnaval de São Paulo e por incorporar no desfile elementos da umbanda, como Iemanjá, e por criticar a escravidão no Brasil.

Marcos Fernandes de Carvalho (São Paulo, SP)


Agressão a dirigente do PT

Um absurdo (“Vídeo mostra PM quebrando braço de dirigente do PT em delegacia de Atibaia”, Poder, 4/3). Uma pena que a gloriosa PM do estado de SP, cujos membros, na maior parte das vezes, defendem-nos com suas próprias vidas, abrigue em seus quadros covardes como esse que quebrou o braço do cidadão imobilizado.

Oswaldo Valentim Barbosa (São Paulo, SP)

 

Há cada vez mais casos de violência policial. Já não se intimidam em serem gravados. Até vigia de supermercado mata em frente às câmeras. A versão é sempre a mesma: desacato! Desacato que nunca aparece nos vídeos... Cada vez mais parecido com os anos de chumbo.

Valdir Lavorato (Brasília, DF)

 

Em vez de prender os agressores do advogado, a PM prendeu a vítima, quebrou seu úmero, intimidou os médicos do hospital e ainda ameaçou quebrar o outro braço deste rapaz. Essa é a história. Ficará ainda pior. Bem-vindos ao país do Bolsonaro: violência acima de tudo, impunidade acima de todos!

Beatriz R. Alvares (Campinas, SP)


Contribuição sindical

Luiz Antonio Medeiros, vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de SP, afirma (Painel do Leitor, 5/3) que a eliminação da obrigatoriedade do recolhimento da taxa sindical “agride milhões de trabalhadores”. Ocorre exatamente o contrário: a extinção da taxa liberta trabalhadores da obrigação de sustentar sindicatos inoperantes e sindicalistas que vivem à custa do dinheiro suado dos trabalhadores.

José Loiola Carneiro (São Paulo, SP)


Sergio Cabral

Cabral está abrindo o bico (“Para Lava Jato, Cabral ainda tenta proteger mulher e esconder bens”, Poder, 28/2). Disse que é viciado em roubar, portanto, é réu confesso, e está dando nome aos bois que pastavam com ele. Deve ter gente do Ministério Público, do Judiciário e do Legislativo com medo.

Iria de Sá Dodde (Rio de Janeiro, RJ)


Governo Bolsonaro

De um lado, o presidente demonstra compromisso com as promessas, na tentativa de seguir a pauta do discurso. Mas, por outro, decepciona quando aceita influência nas questões dos filhos que não elegemos e provavelmente nunca elegeríamos. Capitão, coerência e bom senso, por favor.

Otávio de Queiroz (São Paulo, SP)

 

Alguns leitores estão inquietos e se perguntam o que é que aconteceu com a grandeza de Sergio Moro. Pergunta errada. A questão a se fazer é por que alguém conseguiu ver grandeza em Sergio Moro.

José Zimmermann Filho (São Paulo, SP)

 

Trabalhei em escola pública por 30 anos e era costume, às segundas, cantar o Hino Nacional, às terças, o Hino à Bandeira, e, às quartas, o Hino da Independência. Esses atos patrióticos sumiram das escolas após a entrada do PT, o que foi lamentável. Agora, quando o novo ministro da Educação, Ricardo Vélez, retoma essa prática louvável, apesar de muita gente reclamar, vejo que a maioria da população vê a mudança com bons olhos. Parabéns, ministro.

Marilene Rabelo Soriani (Sertanópolis, Paraná)

 

Lembrei da Janaina Paschoal quando alertou sobre o risco de o bolsonarismo virar um petismo com sinal invertido. Espero que aqueles que o cercam consigam chamar o presidente à razão. O voto majoritário foi para não permitir a volta do PT, mudar a economia e  combater a corrupção. Se continuarem os despautérios e escândalos, os esteios vão abandonar o governo.

Marcos Guedes (Brasília, DF)


Brumadinho

Que desfaçatez ler Horácio Lafer Piva (“Acidente da Vale é uma história a ser contada”, Tendências / Debates, 5/3), ex-presidente da Fiesp, passar a mão na cabeça do ex-presidente da Vale, Fabio Schvartsman, que presidia a empresa nos últimos dois anos. A companhia enterrou vivas centenas de pessoas enquanto comiam, trabalhavam e sonhavam com uma vida melhor. 

Jaime Pereira da Silva (São Paulo, SP)

 

O artigo de Hélio Schwarstman (“Qual crime?”, Opinião, 5/3) começou bem e terminou mal. O desmoronamento da barragem de Brumadinho foi uma tragédia anunciada, e querer eximir de culpa a diretoria da Vale é impossível. O dolo eventual é muito claro e todos os responsáveis devem ser punidos.

Luiza Nagib Eluf (São Paulo, SP)

 

O artigo de Hélio Schwartsman, em que distingue “foda-se” e “fodeu”, é um insulto aos leitores. Num próximo, ele poderia explicar quando a palavra babaca significa tolo e quando assume o sentido de genitália feminina. Considero a página A2 inadequada para babaquices.

João Henrique Rieder (São Paulo, SP)


Impeachment de Trump

Não importam as provas nem o relatório de Robert Muller sobre o envolvimento da Rússia na eleição dos EUA (“Investigação de democratas contra Trump mira demissão de diretor do FBI”, Mundo, 4/3). A Câmara pode até abrir impeachment, pois democratas têm a maioria. Mas a condenação no Senado dependeria de 67 votos, e democratas têm só 47. Além disso, Trump vai criar narrativas para denunciar uma suposta conspiração.

Luiz Roberto da Costa Jr. (Campinas, SP)

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