'O que vemos até agora é um governo perdido', diz leitor

Jair Bolsonaro tem sido alvo de críticas do presidente da Câmara, Rodrigo Maia

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Governo Bolsonaro

O presidente Bolsonaro ainda não se deu conta da importância do cargo que exerce e da responsabilidade que ele exige. É avesso à autocritica e a tudo o que contraria seu modo de pensar, falar e agir. Mudar a forma de lidar com o Poder Legislativo, da “velha política”, não significa torná-los inimigos, mesmo porque negociação não é sinônimo de corrupção ou cooptação. Intransigência e autoritarismo são as últimas coisas de que um governo precisa (“‘Não vou jogar dominó com Lula e Temer no xadrez’, diz Bolsonaro sobre articulação”, de Mônica Bergamo).

Humberto Giovine (Erechim, RS)

Sou eleitor de centro há 40 anos, mas gostaria de entender essa insistência em negociações com o presidente. Não cabe ao Parlamento fazer as modificações no projeto e votar quando houver consenso?

Paulo Rivail Andrade (Ituiutaba, MG)

Senhor Bolsonaro, dê satisfação aos quase 58 milhões de eleitores que acreditaram em suas propostas e ainda esperam por dias melhores (“Presidente vai ao cinema de manhã e só inicia agenda de trabalho às 11h30”). O que vemos até agora é um governo perdido naquilo que se propõe a fazer, sem coesão, parecendo alheio ao que se passa no país. Menos falação, mais ação.

Rogerio Cerqueira (Diadema, SP)

Não sejamos cínicos. Nesse ponto [em relação ao cinema], o presidente agiu corretamente. Ele foi prestigiar um evento com a presença de deficientes auditivos, causa na qual Michelle Bolsonaro tem forte engajamento.

Marcos Teixeira de Souza (Barra Bonita, SP)

É trágica a situação para a qual nos encaminhamos (“Não há governo”, de Vinicius Torres Freire). Num irracionalismo pusemos no poder essas pessoas inabilitadas para governar —um verdadeiro consórcio de anomalias, com raras exceções. Vamos pagar muito caro por isso e não venhamos nos queixar, pois, se a maioria escolheu o que está por vir, a tragédia poderá ter todas as críticas, menos a de que não é legítima. Vamos aprender com isso.

Carlos de Souza Schneider (Porto Alegre, RS)

Sem dúvida, Bolsonaro mais atrapalha do que qualquer outra coisa. Mas nossos deputados, habituados ao toma lá dá cá, não se convenceram ainda de que estão lá para trabalhar pelo país. E claro está que a fragilidade expressa pelas ações do presidente e companhia será explorada até o limite por deputados, senadores e militantes para detonar o governo. Ou alguém acredita nas boas intenções de quem nega a necessidade da reforma?

Marisa Coan (São Caetano do Sul, SP)

Partidos de esquerda

Vão ficar o resto da vida falando em Lula —por mais injustiçado que tenha sido— e se esquecendo do país (“Haddad e Boulos se articulam para unir a esquerda”). A sorte é que o governo nem precisa de oposição para se afundar. O partido que mais converge com minhas posições é o PSOL e tenho grande simpatia por vários nomes da esquerda, mas, mesmo com divergências em relação a Ciro Gomes, este vem demonstrando uma visão muito mais pragmática. O Brasil é maior que o Lula.

Guilherme Filho (Curitiba, PR)


Ministério da Educação

A exoneração do presidente do Inep é mais uma mostra de que a educação não pode ser administrada sob a patrulha ideológica inventada pelo governo Bolsonaro. Com toda essa desordem, o MEC fica cada vez mais enfraquecido e sem rumo (“Presidente do Inep é demitido após mais um recuo do MEC”).

Yuri Akich Rosa da Silva Fermino (Indaiatuba, SP)

Chácara do Jockey

Surpreenderam a PMSP as afirmações “em mais um revés ao programa de privatizações” e “tem tido dificuldades em passar equipamentos públicos à iniciativa privada” (“Concessão do Parque Chácara do Jockey, em São Paulo, não atrai interessados”). A gestão Bruno Covas não concorda; fatos evidenciam o contrário. Todas as desestatizações já em curso estão sendo efetivadas e têm alto grau de inovação —técnica e legal. Concluídas: Mercado de Santo Amaro e dois terrenos. Com propostas de preço apresentadas: Ibirapuera e Pacaembu. Em curso: SPTuris, iluminação pública, Zona Azul etc.

Rogério Perna, subsecretário de Desestatização e Parceria da Secretaria do Governo da Prefeitura de São Paulo


Angra 3

A usina nuclear Angra 3 foi licenciada em 2010 sem prever acidentes “severos” e desconsiderando pareceres de engenheiros da Cnen  e exigências do MPF. Publiquei nesta Folha um artigo sobre os riscos assim criados (“Brumadinho, Flamengo, Angra: e o bom senso?”). Uma réplica do presidente da Eletronuclear diz que o projeto foi atualizado, mas não apresenta provas (“Mais luz na questão nuclear”, de Leonam dos Santos Guimarães). A questão é muito grave, mas a Folha não publica tréplicas. A quem quiser se informar melhor só resta ler um texto explicativo em www.brasilcontrausinanuclear.com.br.

Chico Whitaker (São Paulo, SP)


Incêndio em favela

A SSP lamenta a omissão da reportagem da Folha ao ignorar o posicionamento enviado, dentro do prazo, para o texto “Homem morre após favela pegar fogo em SP; moradores citam abuso da PM”. Aos leitores esclarecemos que os policiais utilizaram técnicas de controle de distúrbios civis para dispersar os manifestantes que tentavam interditar a via. E que qualquer denúncia contra policiais pode ser registrada na corregedoria da corporação. A PM não compactua com desvios de conduta de seus agentes.

Patrícia Paz, assessora de imprensa da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo

Reposta da editora de Cotidiano, Luciana Coelho - O posicionamento foi enviado à Redação da Folha apenas nesta segunda (25), quando já publicada a reportagem, e imediatamente incluído na versão online do texto.


Ferrovia Norte-Sul

Em 1987, quando a obra da ferrovia Norte-Sul começou, Janio de Freitas, desta Folha, anunciou quem venceria a licitação marcada para o outro dia. E acertou em cheio. Agora, a história se repete. Está marcado para esta quinta-feira (28), às 15h, o leilão para concessão de mais um trecho da ferrovia. E as cartas novamente estão marcadas. Já sabemos quem vai ganhar: A VLI Multimodal S/A, que tem como maior acionista a Vale. E o país só perde com esse sistema ferroviário baseado no monopólio privado.

Elias Vaz de Andrade, deputado Federal pelo PSB-GO


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