'Apesar de trapalhadas, inquérito do STF é fundamental', diz leitor

Ação do Supremo investiga fake news, ameaças e ofensas contra ministros

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 Sessão no STF, em Brasília, em outubro do ano passado
Sessão no STF, em Brasília, em outubro do ano passado - Pedro Ladeira - 24.out.18/Folhapress

Sigilo

Não tenho a menor a dúvida quanto à necessidade da reforma da Previdência. Contudo, não há justificativa para o governo se recusar a mostrar os dados que a embasaram (“Governo decreta sigilo sobre estudos que embasam reforma da Previdência”). Por isso, se tal postura persistir, deve o Congresso rejeitar o projeto, obrigando o país a dar o passo derradeiro rumo ao abismo.

Carlos de Souza (São Paulo, SP)

Será que Guedes e sua equipe se acham detentores do monopólio da verdade, entendendo não ser necessário dar publicidade aos estudos que fundamentaram a PEC?

Odilon Santos (Marília, SP)

Sem dados disponibilizados que justifiquem a reforma da Previdência, será como aprovar algo no escuro. Acredito que mesmo os congressistas da situação e do partido do presidente, o PSL, não vão votar sem ter uma base de dados que sustente a proposta (“Aliados e oposição criticam sigilo em estudos sobre reforma da Previdência”).

José Carlos Figueiredo (Santos, SP)

Em uma reforma delicada e complexa como essa, quanto mais sigilo houver, pior será para a sua aprovação (“Esconde-esconde, de Leandro Colon).

Antonio Carlos Fonseca Neto (Salvador, BA)

Inquérito do Supremo

O tema tem sido recorrentemente debatido a partir da recente determinação do presidente do STF, que o fez, segundo sua exegese, com apoio no artigo 43 do regimento interno. Aludido dispositivo até pode ter vigência como lei processual, mas não o tem em face da Constituição de 1988, especialmente por força dos princípios acusatório e da imparcialidade (“Investigação visa proteger a independência do Supremo”). Nem a lei processual nem o regimento interno podem sobrepor-se à Constituição.

José Carlos de Oliveira Robaldo, procurador de Justiça aposentado (Campo Grande, MS)

Parabéns pela clareza e serenidade do raciocínio, Flávio Dino. Apesar das trapalhadas da semana passada, o inquérito é fundamental. Não se pode conspirar impunemente contra as instituições democráticas. Temos que saber quem está financiando e organizando essa desestabilização democrática. Aguardemos as conclusões.

Raul Silva Telles do Valle (Brasília, DF)


Vazamento

Sem entrar no mérito da censura, já comentado por muita gente, o que me incomoda mais é a seletividade (“‘Você não pode prejudicar a honra de uma pessoa’, diz Moraes ao justificar censura”). Quantos vazamentos de declarações em delação premiada foram feitos dentro da Lava Jato e o STF nunca se pronunciou? Somente agora, quando o vazamento atingiu um dos intocáveis, lembra-se de que é ilegal?

Marcio Machado (São Paulo, SP)


Coreia do Norte

Excelente texto (“Uma maquete de si mesma”), com muita sensibilidade e inteligência nos “insights”. A analogia final, citando Borges —um dos melhores Borges, porque há muitos nele próprio— é magistral. Parabéns à Folha, continua boa.

Fernando Machado (Caxias do Sul, RS)

Capacete levantado

O presidente, que deveria dar o exemplo, comete infração básica de trânsito. Bolsonaro aparenta não ter a mínima noção da estatura do cargo que ocupa e do impacto das suas atitudes (“Presidente cometeu infração ao andar de moto, dizem especialistas”).

Aline Pereira (Porto Velho, RO)

Para quem foi pego pescando em área de proteção ambiental, pilotar uma motocicleta com “meio” capacete não é nada, né?

Luis Augusto Araujo (Santos, SP)


Negociações

A boa política comentada por Tabata certamente é o melhor caminho para o país (“Negociação não é negociata”). Contudo, ela está num patamar de sensatez que extrapola a capacidade de compreensão de grande parte dos congressistas, inclusive de seu próprio partido, que já ocupou o extinto Ministério do Trabalho. O que não cabe mais é o compartilhamento do poder por meio da cooptação do Legislativo pelo Executivo, mas ainda há muito político que insiste nessa prática.

Wilson de Oliveira (São Paulo, SP)

Tabata, fui ouvinte dos encontros que menciona. A tese central do seu texto (a disputa entre polos ideológicos que corrói a democracia) só apareceu conforme houve suas perguntas e intervenções. É uma pauta sua. Esse caminho do centro que você escolhe não é um caminho político que a conjuntura atual/população está esperando, vide o que acontece mundo afora. A expectativa de existir um “median voter”, que se alinhe a suas ideias, já está há muito sendo questionada pela realidade.

José Quibao Neto (São Paulo, SP)

Perfeito, Tabata. O problema é que cada lado vê seu opositor político como inimigo e condena a prática de negociar com ele por considerar seus valores execráveis. Mas não se faz democracia assim. Toda posição democrática é legítima e é nosso dever, enquanto cidadãos, tolerar as diferenças.

Gabriel Floriano Costa (Campinas, SP)


Dependência química

Li e reli várias vezes o artigo “Usuários e dependentes”, de Ruy Castro, e recebi, aos 70 anos, uma aula em duas pequenas colunas de texto. Usuários e dependentes, que para muitos são a mesma coisa, não o são. E haja demagogia, oficial ou não, no trato com eles. Parabéns, Ruy. Você usa como poucos o poder da síntese. 

João Eurípedes Sabino (Uberaba, MG)

Excelente o artigo de Ruy Castro sobre dependência química. Não há “meia gravidez” no vício. Só a total abstinência, às vezes com várias internações, pode livrar o indivíduo dessa prisão, e não “conversinhas” em divã de terapeuta.

Marcos Jordão T. do Amaral Filho (São Paulo, SP)


Antonio Prata

Só nesta segunda-feira (22) consegui ler o jornal de domingo (21). Que susto, Antonio Prata dando adeus (“Minha última crônica”)! Será? Não pode ser, ele é irônico, sarcástico, brincalhão. Fui então correndo ler a edição desta segunda e, é claro, lá estava a resposta de Antonio. Por favor, não brinque mais assim, Antonio! Escrevendo em Arial ou Times News Roman, ou a lápis, você é o melhor cronista da atualidade. 

Helemar Machado Leone (São Paulo, SP)


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