'Desprezar a história é tão nefasto quanto comemorar uma tragédia', diz leitor

Datafolha mostra que, para maioria da população, golpe de 1964 deveria ser desprezado

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História
Muito estranho este Datafolha: comemorar ou desprezar (“Para maioria da população, golpe de 1964 deveria ser desprezado, diz Datafolha”)? Nem uma coisa nem outra! É preciso, sim, lembrar a data, não para comemorá-la, mas para meditar sobre a deposição de João Goulart, a extinção dos partidos políticos, o Decreto-Lei 477, o AI-5, a censura, as torturas e mortes de opositores. Desprezar a história é tão nefasto quanto comemorar uma tragédia.
Guilherme José Purvin de Figueiredo 
(São Paulo, SP)

O fato é que o movimento de 64 foi necessário e saudável. Nota-se na pesquisa que o fator desconhecimento pode estar operando, já que o desprezo foi expressivamente maior na população mais jovem, sugerindo a circulação da ideia de golpe como exclusivamente a da narrativa da esquerda. É necessária a comemoração da data para informar a visão do outro lado, e não de apenas um.
Paulo Costa (Juiz de Fora, MG)

Estou muito preocupado com meu estado de saúde mental (“Ministro diz que não houve golpe em 1964  e que livros didáticos vão mudar”). Eu gostaria de saber se tudo o que eu e o país vivemos de 1964 até 1985 foi um sonho, um pesadelo, uma invenção de minha mente. Começo a pensar que logo o ministro da Educação irá dizer que não houve tortura nem desaparecidos no Brasil e que tudo é invenção da imprensa golpista. 
Ary Geraldo Gomes Ribeiro (São Paulo, SP)

Uma pessoa competente no Executivo estaria preocupada com projetos de governo, com medidas e propostas de ajustes ficais. Por que o atual governo perde tempo tentando mudar a realidade? Agora, se o objetivo é se autoflagelar, está fazendo isso muito bem e com uma maestria incomparável (“‘E conhecereis a verdade...’”).
Luiz Cleydson Sengatini 
(Curitiba, PR)

Jair Bolsonaro, que tanto criticou a ideologia como forma de governo, faz um governo que não governa, uma vez que se encontra paralisado por questões ideológicas. Em vez de prestar atenção no presente e projetar o futuro, o governo Bolsonaro olha para o passado e quer reescrever a história.
Sandro Oliveira de Carvalho (Curitiba, PR)

Não pode existir uma verdade oficial, ditada pelo Estado (“Defesa de 1964 irrita militares, que pedem saída de Vélez”). Isso fere a liberdade de pensamento. O Estado não tem o poder de dizer o que é e o que não é verdade. Seria inadmissível. Então, deixe os historiadores fazerem o seu trabalho, sem interferência estatal, mesmo que suas conclusões não agradem à vertente política hoje dominante, de inspiração fascista.
Rafael Calegari (Porto Alegre, RS)


Colunista
Ao elencar as razões para estar errado, Rodrigo Zeidan esquece uma: as paixões. Elas explicam como pessoas bem informadas e até bem intencionadas se engajam em causas que vão de encontro à racionalidade, ao conhecimento acumulado e ao bom senso. Tudo em nome da “verdade”, e não da realidade.
Marcelo Carvalho Siqueira (Juiz de Fora, MG)

Vocação
Jair Bolsonaro, talvez atormentado quando se depara com dificuldades, declarou que não nasceu para ser presidente (“Não nasci para ser presidente, nasci para ser militar, diz Bolsonaro”. Tenho uma sugestão para ele: pense nos miseráveis, nos desempregados e nos pobres e faça tudo o que puder por eles. Os ricos e remediados não precisam do governo. Cabe a ele determinar as prioridades e tentar, pelo menos, fazer a justiça social, diminuindo, se não eliminando, a perversa desigualdade de renda em nosso país. Não tem erro.
Martônio Ribeiro (Campinas, SP)


Ministérios
Entregar setores-chave como o Ministério da Educação e o das Relações Exteriores a olavistas revela uma falta de comprometimento imensurável com país (“Ministro da Educação sairá, indica Bolsonaro”). Tudo o que esses dois e a Damares Alves fazem é gerar polêmicas e atrapalhar o trabalho dos ministros sérios, como Paulo Guedes e Sergio Moro, que, acho, estão se arrependendo de entrar neste barco furado.
Ricardo Lopes (Goiânia, GO )

Reforma da Previdência
Trabalho no poder público, sei das dificuldades que prefeitos têm com as aposentadorias e a estabilidade do funcionalismo e tive o privilégio de assistir na íntegra à participação de Guedes na Câmara. O ministro foi brilhante e explicou que dependerá dos congressistas a validação da proposta e apresentação de emendas, se assim entenderem ser necessárias (“Audiência na Câmara com Guedes termina em confusão”.
Álvaro Staut Neto (Pindamonhangaba, SP)

Mandou bem Zeca Dirceu (PT-PR) ao questionar o ministro Guedes. Além de pertinentes, transportaram o projeto da reforma previdenciária para outro território, o popular. Além disso, desestabilizou de vez o idealizador desse engodo ardiloso, embrulhado na enganação de que o país só sobreviverá se cortar onde não há o que cortar.
Anete Araujo Guedes (Belo Horizonte, MG)

Não se conhece outra medida deste governo que aponte para o destravamento da economia que não seja a tal reforma da Previdência, que, para Paulo Guedes, é a solução para todos os problemas da República. 
Antonio José da Cosata Lima 
(São Luís, MA)

Desistências no Mais Médicos
A notícia da desistência de médicos no programa não surpreendeu quem tem um mínimo de bom senso e raciocínio (“Em 3 meses, Mais Médicos tem 1.052 desistências após saídas de cubanos”). Some a isso o número vagas não preenchidas até hoje por falta de interessados.
Rodolpho Ugolini Filho (Amparo, SP)

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