'O 31 de março foi comemorado em 28 de outubro', diz leitor

Planalto divulgou no domingo um vídeo que comemora o golpe de 1964

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1964

O presidente envergonha os brasileiros ao exaltar o golpe de 1964 e propor um revisionismo histórico acerca do que foi a ditadura (“Planalto e filho de Bolsonaro divulgam vídeo que celebra 64”). Um regime autoritário, no qual civis foram presos, torturados e mortos, não deveria ser comemorado, e sim desprezado, ainda que sempre presente na memória de todos, para que as atrocidades cometidas nesse terrível período de nossa história nunca mais se repitam. Bolsonaro deveria abandonar os “ensinamentos” de Olavo de Carvalho e ler um bom livro de história.

Julia Squissato, estudante do segundo ano do ensino médio (Araras, SP)

Entendo que, não fosse a intervenção dos militares, nosso país hoje estaria mergulhado nas trevas, como ocorre nos países que optaram pelo comunismo (“Todo dia é aquele”, de Janio de Freitas). O que se comemora não é o golpe, mas a libertação do que certamente viria a ser uma tragédia à nação.

Valdo de Lima Paula (Embu das Artes, SP)

Vamos deixar a família Castello Branco em paz, mas que foi golpe e ditadura, isso foi (“É preciso entender o passado para construir o futuro”, de Oscar Castello Branco de Luca). O pai da minha mulher, Oswaldo Rezende, foi preso arbitrariamente e depois inocentado.

Tales Castelo Branco (São Paulo, SP)

A sociedade tem o direito de saber a opinião dos 50 militares mais graduados do governo sobre o que se passou em 1964/85, até porque eles detêm poder político (“Para Exército, golpe de 1964 deve ser mais bem compreendido”). O povo precisa conhecer suas opiniões e tem legítimo interesse nisso. Imagine se um deles achar legítimo sair com as tropas às ruas para depor um presidente?

Marcelo Pimentel Jorge de Souza (Recife, PE)

Golpe, contrarrevolução ou movimento? Vamos cair na realidade, o 31 de março foi comemorado ou rememorado, sem tanques e movimentação de tropas, no dia 28 de outubro do ano passado.

Eduardo Potsch Camara Matos (São Paulo, SP)

Interessante e oportuno o ponto de vista da ombudsman, Paula Cesarino Costa, ainda mais na emblemática data em que recordamos o início do governo militar de 1964 (“O presidente e a fonte do mal”). Não podemos esquecer que a liberdade de imprensa é o pilar de qualquer regime democrático. Que o bom jornalismo brasileiro saia fortalecido deste momento, fiscalizando e cobrando responsabilidades. Ganhamos todos: leitores, cidadãos, brasileiros.

Rene Sampar (Curitiba, PR)

Dia da mentira

Que deleite inefável ler a página da capa fictícia da edição desta segunda. Foi supimpa o “deboísmo” do articulista para comemorar o dia da mentira.

João Paulo de Oliveira, professor e coordenador pedagógico aposentado (Diadema, SP)

Considerei a página de um humor muito ruim, desnecessário neste momento da vida brasileira, em que a imprensa tem sido muito atacada e criticada, inclusive este jornal. Pareceu-me uma provocação desnecessária e de mau gosto. 

Flavio Gordon (Campinas, SP)

 

Nazismo X esquerda

Isso é o que eu chamo de fazer uma analogia sobre uma premissa falsa (“‘Ligação com o nazismo deixa a esquerda apavorada’, escreve Ernesto Araújo”). A esquerda não é nada disso que ele prega, porque ele não a conhece. Partindo de uma hipótese absurda, posso chegar a qualquer tese tola. Essa é a cara do governo que não governa sem a muleta do contraponto ideológico.

Julio Cesar Vidotto (Álvares Machado, SP)

Lamentável ver aonde chegamos: fatos históricos amplamente discutidos e estudados —principalmente pelos próprios alemães que atestam o nazismo como uma cria da extrema direita— são distorcidos dessa maneira. O que está claro é que esse grupo que está momentaneamente no poder quer é provocar a desinformação, é propagar a mentira distorcendo fatos para agradar seus adeptos.

Fabiano Dias (Santana de Parnaíba, SP)


Oposição

Neste momento histórico, a grande tarefa da oposição é organizar uma ampla resistência democrática (“Esquerda articula frente de oposição em ensaio para coalizão em 2020”). Não podemos começar a dividir novamente as forças progressistas em razão de uma precipitação descabida sobre as eleições de 2020. O ex-ministro Aloizio Mercadante já havia afirmado para esta Folha que não será candidato à Prefeitura de São Paulo nas próximas eleições. Além disso, Mercadante não foi candidato nas últimas quatro eleições e não autorizou ninguém a discutir esse assunto em nome dele.

Danilo Molina, colaborador da assessoria do ex-ministro Aloizio Mercadante (Brasília, DF)

Gosto de Ciro Gomes, mas ele está equivocado e perdido, quando poderia liderar uma nova política. Precisamos mais de políticos com letra maiúscula, como Tabata Amaral, não importa o partido. Precisamos mostrar dados e ideias para o governo, precisamos de uma nova geração para a “renovação política” para repensar nosso país. De nada adianta esbravejar, ofender. O artigo “Tabata Ocasio-Cortez” me trouxe esperança! Parabéns a Mathias Alencastro e à Folha, por publicá-lo.

Werner Zimmermann, psiquiatra e psicanalista (Florianópolis, SC)


Tabela periódica

Após três meses de títulos sobre o governo Bolsonaro, com suas idas e vindas, declarações e desmentidos, nomeações e demissões, provocações e pedidos de desculpas, a Folha nos surpreende com um texto sobre os 150 anos da tabela periódica de Dmitri Mendeleev, marco do desenvolvimento científico universal (“Tabela periódica, 150”). Obrigado, Folha, pela agradável surpresa dominical.

Adjalma Rodrigues da Silva, químico (Belo Horizonte, MG)

Clara, objetiva e bem ilustrada, a reportagem mostrou a genialidade de Mendeleev, que, mesmo com poucos recursos, conseguiu ordenar 60 elementos químicos de forma lógica, a qual prevalece até hoje.

Douglas de Paula e Silva (São Bernardo do Campo, SP)

Colunista

Eu cada vez mais me deixo encantar pela escrita do Tostão: sem gorduras, precisa e nunca descortês. Ele consegue destilar sinceridade, sem deixar de lado a mineiridade (“O craque não parece, é”).

Antônio Francisco Neto (Muriaé, MG)


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