'Órgãos não podem estar imunes a críticas', diz leitor

Suspeitos de promover ataques ao STF foram alvos de operação da Polícia Federal

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STF

Se estivesse só tocando bumbo para loucos (os “haters” das redes sociais) dançarem, já seria ruim. Mas o STF (Dias Toffoli e Alexandre de Moraes) foi muito além: está incinerando a Constituição em praça pública. Dinamitou o basilar princípio da inércia jurisdicional. Exerce indisfarçável autotutela personalista. Faz a norma constitucional se submeter a um regimento interno, afora o ridículo subterfúgio de entender como sede da corte todo o território nacional. Triste espetáculo de autofagia (“Ação contra fake news provoca novo atrito entre Supremo e Procuradoria”).

André Luiz Morais de Menezes (Ribeirão Preto, SP)

Muito se tem falado sobre censura por parte dos juízes, bem como que há arbitrariedades de sua parte. Ocorre que, no Estado democrático de Direito, quem tem o monopólio da jurisdição, ou seja, a prerrogativa de “dizer o Direito”, com quem está a verdade, o que é certo e o que é errado, é o Judiciário. Fora dele, após esgotados todos os recursos, dirigidos aos graus superiores, só há o “jus esperneandi”. Querer mudar essa realidade é uma espécie de esquizofrenia do Estado, o que não é saudável.

Joel Silva (Recife, PE)

O STF é a melhor instituição do Brasil. Desde sua criação, defende com unhas e dentes a Constituição. Desde seus primórdios, primou pela celeridade, com a condenação de políticos corruptos. Sempre manteve a defesa forte dos pobres e oprimidos e jamais manteve qualquer tipo de penduricalho, como auxílio-moradia. Seu atual presidente, Dias Toffoli, é um jurista do quilate de Pontes de Miranda. Falei muito bem do STF. Quem sabe, assim, a PF não bate à minha porta.

Marcos Barbosa (Casa Branca, SP)

O respeito é sempre bem-vindo em todas as esferas da sociedade, sobretudo nas que exercem papel de destaque para o bem comum, como é o caso do STF. Mas tais órgãos não podem estar imunes a críticas. Ao impor que sites retirem do ar texto em que citam um membro da corte e que jornalistas deponham, o Supremo cria um paradoxo jurisdicional. Protege o seu regime interno —o que é correto, pois tem amparo constitucional— e, ao mesmo tempo, fere a Constituição, a qual tem o dever de proteger.

Vanildo dos Santos (São Paulo, SP)

Não sou a favor da censura, mas precisamos dar um recado a quem pratica esse tipo de imprensa impregnada de ódio e nenhum senso de responsabilidade (“Ministro do STF censura sites e manda tirar do ar reportagem sobre Toffoli”).

Sergio José Dias (Rio de Janeiro, RJ)

Ainda que com relativo atraso, o STF resolveu comemorar a data que remete à ditadura, conforme proposto pelo nosso democrático presidente da República. É preciso lembrar àquela corte que honorabilidade, representatividade, respeito e credibilidade não se impõem, conquistam-se.

Carlos Alberto Bellozi (Belo Horizonte, MG)

Realmente é um verdadeiro show de horrores e uma vergonha inominável para a sociedade a balança da Justiça girar enlouquecida e desgovernada como uma biruta (“O regime do insulto”, de Hélio Schwartsman). Anos de chumbo são estes de agora...

Ana Helena F. Garcia (Salvador, BA )


Governo Bolsonaro

Na deliciosa “salada de frutas” que nos ofereceu (“Deu a louca no pomar”), Ruy Castro poderia ter incluído o abacaxi que o então ministro Veléz Rodríguez ofereceu quando comentou o que é comandar o Ministério da Educação. 

Simão Pedro Marinho (Belo Horizonte, MG)

Museu americano

Presidente Jair Bolsonaro, dê de ombros (“Prefeito de NY chama Bolsonaro de ‘homem perigoso’ e agradece a museu por rejeitar evento”, Mundo, 17/4). Pessoalmente, acho o Museu de História Natural muito bonito e interessante para se ver. Mas é um museu, que lida com o passado. Para mim, é uma péssima sinalização política para um presidente moderno ser homenageado num lugar que é dedicado ao passado.

Rodrigo Marques Frazão (São Paulo, SP)


Sergio Moro

O desabafo-manifesto de José Padilha encontra eco em boa parte da população brasileira, que tem vivido o drama diário de ver as caras conquistas democráticas, que foram construídas por gerações, serem atropeladas como se nada representassem (“O ministro anti-Falcone”). O Brasil precisa de uma oposição ativa, atenta e, sobretudo, inteligente e clara como o texto com que nos brinda.

Américo Venâncio L. Machado Filho (Salvador, BA)

Os filmes de Padilha foram muito importantes para o país, para mostrar a realidade dos “mecanismos”. Dito isso, parece que ele não entendeu que a parte do projeto que critica não é do Moro, mas foi imposta por Bolsonaro. Quer atirar pedra? Atire na pessoa certa.

Francisco Blasi (Campinas, SP)

Quem critica as medidas propostas pelo ministro Moro deveria aprender a argumentar como o autor, e não só ficar criticando sem saber do assunto. Pela primeira vez alguém me fez duvidar do pacote anticrime.

Leonardo da Fonseca Martins (Florianópolis, SC)

Paulo Guedes

O ministro Paulo Guedes —economista de notório saber e experiência— é inconteste, no Brasil e no exterior  (“Bolsonaro mostrou estar com o ouvido na pista no caso do preço do diesel”). Agora, o “político” Guedes tornou-se defensor de causas indefensáveis.

Wisdenil Franco Oliveira (Vitória, ES)

Ministério da Saúde

Em relação ao artigo “Quem vigia os vigilantes?”, o Ministério da Saúde esclarece que é falso o suposto vazamento de informações da base de dados de usuários do SUS (Cadsus). O Departamento de Informática do SUS não identificou indícios de fraudes e a tecnologia invadida apontada pelo autodeclarado hacker não é utilizada pelo Datasus. A pasta reforçou as ações de segurança para assegurar a proteção dos dados de usuários. A denúncia também já foi encaminhada para a Polícia Federal para apuração. 

Renato Strauss, chefe da assessoria de imprensa do Ministério da Saúde 

Reposta do colunista Ronaldo Lemos - Fiz uma série de questionamentos à assessoria do ministério, que não me retornou. Por que o site Dabsistemas foi retirado do ar às pressas? Qual a íntegra do texto da denúncia feita à PF? Quais as medidas tomadas para reforçar a segurança? Perguntas ainda sem resposta.


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