'Corte de verba deixa como única opção a ignorância', diz leitor

Na Câmara, Weintraub atribuiu 'desastre da educação' a governos Dilma e Temer

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Educação

Se a educação vai mal (segundo o presidente), cortar os investimentos não deve ser a melhor solução. Na verdade, seria o oposto: intensificá-los e torná-los mais eficientes. O cidadão precisa cada vez mais de uma melhor formação (“Bolsonaro diz que manifestantes contra cortes na educação são idiotas úteis e massa de manobra”).

João Larizzatti (Rio de Janeiro, RJ)

Não concordo com as ações do governo quanto à educação, principalmente com os fracos ministros nomeados, mas é triste constatar que nessas manifestações não existe uma preocupação real com o contingenciamento de verbas. Sabemos que se trata apenas de mais um pretexto para a defesa da manutenção de privilégios de corporações organizadas do funcionalismo público (uma minoria da população) em detrimento da maioria.

Wilson Oliveira (São Paulo, SP)

Nada justifica a redução de verbas para a formação de cientistas. A explicação do ministro da Educação foi um criminoso desestímulo para milhares de jovens. A alegada economia de recursos não se sustenta: não podemos calcular agora as perdas econômicas futuras com descobertas e patentes de novos produtos e métodos. Tenho a certeza de que os cortes são inconstitucionais na sua essência. E eles deixam como única opção a ignorância, que não está autorizada pela Carta Magna em nenhum grau.

Alexandre Ruszczyk Neto, biólogo (Porto Alegre, RS)

A Folha atinge seu objetivo ao publicar textos referentes à área da educação, como o artigo “Pedagogia da destruição” (de José Bento Ferreira e Fabio Cesar Alves), permitindo o debate de problemas de nossa realidade.

Elizabeth Bello (São Paulo, SP)

Professores, esperamos que todos estejam hoje e sempre nas ruas, pacificamente, para mostrar sua indignação contra o governo, que ataca a dignidade da sociedade, desvalorizando a educação, da básica ao ensino superior. Vão às ruas e lutem por seus direitos com o apoio dos cidadãos críticos e que esperam condições dignas de educação para seus filhos.

Mariza Bacci Zago (Atibaia, SP)

O artigo “Pedagogia da destruição” abordou com propriedade a situação dos professores no país, que é governado por pessoas mal-intencionadas. Está ficando cada vez mais claro que o compromisso delas é com o capital internacional, que já estendeu seus tentáculos sobre as universidades. Não é à toa que professores do Brasil estão sofrendo de patologias emocionais e se afastando do trabalho. Perder a vontade de ensinar é uma terrível situação para eles e para os alunos.

José Elias Aiex Neto, médico psiquiatra (Foz do Iguaçu, PR)

Moro e Bolsonaro

 

Quem está mentindo? Bolsonaro disse ter firmado com Moro o compromisso de indicá-lo à primeira vaga que surgir no STF. Moro disse que não colocou nenhuma condição —como indicação ao STF— para ingressar no governo. Se Ranier Bragon (“O compromisso”) transcreveu exatamente o que os dois disseram, nenhum mentiu. Apenas o primeiro fez um convite, assumindo um compromisso, e o outro aceitou, sem impor qualquer condição.

José Nobel Castro Santos (Jaú, SP)

Perspectiva de crescimento

A revisão, para baixo, das perspectivas de crescimento do PIB impõe uma dura realidade ao (des)governo Bolsonaro (“Economia brasileira está no fundo do poço, afirma Guedes”). Com a desaceleração da atividade econômica, que parece ter se alastrado pela indústria, pelos serviços e pelo comércio, a aprovação da reforma da Previdência se reafirma como o principal mecanismo de geração de boas expectativas. Continuará o governo a travar debates secundários, apontar culpados e se digladiar internamente entre grupos que pouco interesse têm pelo Brasil?

Elias Menezes (Belo Horizonte, MG)


Seguridade social

Excelente o artigo da auditora fiscal aposentada Maria Lúcia Fattorelli (“Capitalização só favorece o setor financeiro”), mostrando que a Previdência é apenas um braço da Seguridade Social, que seria sustentável não fosse a DRU (Desvinculação de Receitas da União), pela qual foram utilizados seus recursos para outros fins. Fala-se muito na reforma da Previdência, mas ninguém fala da Seguridade Social. Para onde vão os impostos, contribuições das loterias etc. que abastecem a Seguridade Social?

Pedro A. Morettin (São Paulo, SP)


Feliciano e Olavo

Bem realizada a entrevista (“Deixei de ser idiota por causa de Olavo, e militares devem saber o lugar deles”). É possível observar os valores equivocados, o passado linguístico (“Santos Cruz sorrir é o ó, né”) e o esforço em se manter dentro da persona construída. Além disso, tudo refere-se a Olavo como grande professor. Sugiro ler mais os Evangelhos, no que tange ao amor cristão, e não à moral de uma época. Sugiro ler mais Lutero, Calvino e Wesley, que, mesmo com ideias localizadas em seu tempo, são infinitamente mais lúcidos e coerentes que o eclipse astrológico olaviano.

José Jorge Zacharias (São Paulo, SP)

Segurança viária

A engenharia de trânsito no Brasil é de baixa qualidade (“O prazer de guiar é chegar vivo”, de Silvio Médici). A colocação indiscriminada dos radares, sem os devidos cuidados de sinalização, serve mais para penalizar o cidadão prudente do que para coibir os potenciais causadores de graves acidentes. O que faz melhorar a segurança de trânsito é a presença de policiais rodoviários bem preparados e equipados, com os quais os cidadãos possam dialogar e fazer denúncias. Mas não se veem mais esses servidores públicos. Foram substituídos pelos radares.

José Maria Alves da Silva, professor aposentado da Universidade Federal de Viçosa (Viçosa, MG)


Ana Claudia Michels

É sempre muito bom ler a história de alguém que decidiu realizar um sonho, ainda mais quando esse sonho impacta positivamente a vida de outras pessoas (“Pelo sonho de ser médica, top model troca passarelas por hospitais do SUS”).

Elias Souza (Sumaré, SP)

Somos também “Ana Claudia não Michels”. Trabalhamos há anos no SUS, acompanhadas por tantos outros profissionais, ralando e muito em situações de precariedade, nas quais falta de um tudo, e estamos aqui sempre na labuta. Nunca, em tempo algum, recebemos uma homenagem na capa do maior jornal do país. Desabafo feito.

Ana Claudia G. Galrão, Maria Alice Coelho e Mayra Zim (São João del Rei, MG)

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