'É um absurdo como a imagem de mulheres é tratada', diz leitora

Theresa May se emocionou ao final do discurso em que anunciou renúncia

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Protestos neste domingo

Neste domingo, com céu azul intenso, acordei com dois caminhões de som, em que o locutor gritava: “Abaixo a corrupção e a velha política”. Pensei: atos espontâneos com carros de som e profissionais contratados; protestos contra corrupção e o ministro do Turismo, do partido do presidente, investigado por usar laranjas; críticas à velha política e o filho do presidente é suspeito de embolsar os salários de seus servidores na Assembleia. Inacreditável! Assim como uma manhã de sol em Curitiba...

Guilherme Frederico Hernandes Denz (Curitiba, PR)

Tomara que não haja revolução nem sedição. Pois, se houver, o prejudicado será o povão. Quem protegerá a nação? Em vez de revoltão, conciliação. Mas quem quer “conciliação”? Não a querem nem a situação nem a oposição. Azar da população!

Ney José Pereira (São Paulo, SP)

Fazer pronunciamento político dentro de uma igreja, qualquer que seja, fere lamentavelmente a laicidade do Estado, garantida na Constituição (“‘Manifestação é recado aos que teimam com velhas práticas’, diz Bolsonaro no Rio”). Está provado ao longo da história que é sempre melhor separar política de religião.

Veronica Natividade (Rio de Janeiro, RJ)

Educação

Seria de fundamental importância que nosso ministro da Educação pudesse ler a coluna de Clóvis Rossi (“A Europa, entre o sonho e o pesadelo”). Nela, o autor escreve: “Eurodeputados estão lutando bravamente para preservar polpudos orçamentos para pesquisa científica, educação e infraestrutura”. Infelizmente, no Brasil, neste tema, estamos caminhando na contramão!

Thomaz Rafael Gollop, professor associado de ginecologia da Faculdade de Medicina de Jundiaí (São Paulo, SP)

Brilhante e sensata a análise do professor Sérgio Almeida, da USP, sobre o corte de verba das universidades (“Não basta querer verbas para as universidades”). Ao fazer um pensamento ideologicamente isento e sugerir aperfeiçoamentos no sistema, contribuiu para esclarecer a questão da gestão pública e melhor utilização dos recursos em prol de resultados mais bem aplicados.

Tomás Cunzolo Jr. (Carapicuíba, SP)


‘Peçam para sair’

A postura do governador de São Paulo, em relação à diversidade dentro do partido, é, sim, de intolerância ao diferente. O liberalismo desse senhor se aliou ao pior da política nacional ao defender as bandeiras reacionárias de Bolsonaro e sua trupe. Cheiro de fascismo no ar, e é muito forte.

Jarbas Vasconcelos (Fortaleza, CE)

A prevalecer a posição de Doria, o PSDB não se alinhará mais aos princípios ideológicos da social-democracia, cujas raízes estão em democracias europeias. Perde seu nome, desvirtua sua história e renuncia às suas origens. O “pedir para sair” demonstra o traço de intolerância com quem não esteja alinhado a uma liderança que se julga incontestável. A prática pode ser entendida de diversas formas, menos como democrata. Flerta com práticas do stalinismo à esquerda e do nacional-socialismo à direita. 

Denny William da Silva (Guarapuava, PR)


Democracia

A democracia é ainda frágil neste país (“Educar para a democracia”, de Fernando Haddad). A tirania ainda usa nossas instituições para se estabelecer. É necessário que nós, professores, façamos isto: ensinar para a democracia desde os primeiros anos de vida nas nossas escolas. Ainda existem filhos da ditadura trabalhando para que ela volte. Esse diálogo com todos os setores da sociedade é tema urgente. O tempo urge.

Rosa Maria de Bem Nunes (São Paulo, SP)


Lobão

Lobão parece estar saindo das trevas (“Comeu e não gostou”). Para a próxima entrevista, aguardamos sua rendição incondicional a Caetano e a Chico Buarque.

Ana Maria Beghetto Pacheco, professora (Curitiba, PR)

Renúncia de May

Fiquei com pena da primeira-ministra, Theresa May, por todo o esforço que ela fez em torno do malfadado brexit (“Em meio a labirinto do brexit, May renuncia”). Ela já vinha cansada, meio curvada, sempre enfrentando o rigoroso e impiedoso Parlamento, que parecia ter prazer em derrotá-la. Para mim, uma grande mulher. Espero que os nossos políticos se espelhem no exemplo dela, de fazer o melhor pelo país. Até o fim.

Jaime Pereira da Silva (São Paulo, SP)

É um absurdo a forma como a imagem de mulheres líderes é tratada na mídia. May fez um discurso íntegro, claro, que explicita todos os motivos que a levaram à renúncia, e vêm os veículos de mídia e a vinculam ao choro. Ela não chorou em 99,9% do discurso dela. Foi firme. Quando se emocionou, virou a foto da manchete. Desrespeitoso. Enfraquece a participação feminina na política e, por conseguinte, a democracia.

Flávia Batista (São Paulo, SP)

A primeira-ministra britânica, Theresa May, chora durante discurso no qual anunciou sua renúncia
A primeira-ministra britânica, Theresa May, chora durante discurso no qual anunciou sua renúncia - Tolga Akmen/AFP

Reforma previdenciária

No atual contexto, é melhor uma reforma aprovada com alguns ajustes e uma economia menor do que uma reforma “ideal” não aprovada (“Sem reforma, Guedes ameaça sair e depois fala em ‘total compromisso’”). Além disso, só a reforma não resolverá os problemas econômicos do país. É preciso tomar medidas urgentes para reduzir o índice alarmante de desemprego e recuperar o poder de compra dos consumidores.

Ricardo Joaquim Barbosa (São Paulo, SP)

Deputados, o Poder Legislativo é o que mais representa, por meio das leis, a vontade soberana do povo. O Executivo apenas executa essa vontade, e o Judiciário julga eventuais desvios. Portanto, lembrem-se de que vocês foram eleitos pelo povo. Façam o melhor para o povo. Guedes não teve um voto sequer. Se tiverem que ignorá-lo, façam isso com destemor (“Com ou sem Guedes, vai ter reforma, diz presidente de comissão”).

Anderson Fazoli (São Paulo, SP)


Economia criativa

Super bola dentro da Folha promover o seminário Economia da Arte e publicar um especial reverberando essa discussão urgente, que precisa ser oxigenada no país. Somente encontrando oportunidades para dialogar e inovar, a meu ver, conseguiremos superar de forma saudável uma crise como a que nos assola. Repitamos como um mantra: arte e cultura são economia, não são uma mamata.

Felipe Novaes Elias (Rio de Janeiro, RJ)


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