'Combate à corrupção tem de ser feito dentro da lei', diz leitor

Conversas vazadas mostram colaboração entre Moro e Deltan na Lava Jato

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Mensagens vazadas

O combate à corrupção pela Lava Jato, que tem maciço apoio dos brasileiros, tem de ser feito dentro dos limites da lei. Assim, as tratativas entre Moro e Dallagnol tornadas públicas têm de ser devidamente analisadas pelo Judiciário de modo a descartar indícios de violações ao Estado de Direito. O urgente e bem-vindo combate à corrupção não pode justificar ações ao arrepio da lei.

Jose Hadad Neto (Rio de Janeiro, RJ)

O ladrão continua ladrão, o corrupto, corrupto, e o assassino, assassino, ainda que o juiz fale com o promotor. Elementar. Uma eventual nulidade num processo não retira a mácula do réu, máxime no aspecto moral. Se um presidente foi corrupto, continuará corrupto, ainda que se anule o seu processo por um vício de natureza técnica. Agora, cá entre nós, conversa de juiz e promotor é a coisa mais normal do mundo. Sem hipocrisias.

Lauro de Oliveira (Curitiba, PR)

Há muitos tipos de corrupção. A que desvia recursos da sociedade é horrível, entre outras coisas, porque mina a confiança na democracia e nos representantes eleitos. A corrupção de uma Justiça injusta, porém, é muito mais perigosa. Além de ter o mesmo efeito da outra, de destruir a confiança nas instituições, tem o efeito de criar um ambiente de vale-tudo, de fins que justificam os meios, já que não se acredita mais que quem arbitra as regras vá julgar com isenção.

Alan Demanboro (Osasco, SP)

Boa parte da mídia, sob diversos pontos de vista, está criticando invejosamente o patriota Moro por alguns deslizes em seus trabalhos. Diante da tarefa que ele comandou contra a diabólica corrupção, essas críticas são ridículas. Certos setores queriam pessoas perfeitas, infalíveis, cuidando da parte podre do país? Talvez os “infalíveis” e os “perfeitos” sejam eles, os críticos.

Antonio Carlos de Oliveira (Amparo, SP) 

Mais uma vez, a sociedade civil, os Poderes e os formadores de opinião se polarizam à direita e à esquerda em razão dos vazamentos das mensagens de Moro. Independentemente do lado que tiver razão, se foi um ato normal ou se enseja um crime, o estrago está feito.

Arlindo Carneiro Neto (São Paulo, SP)

O Brasil precisa de “leis que governem homens”, e não de homens que governam leis (“Operação vale-tudo”, de Bruno Boghossian). Se o agora ministro Moro quer fazer da operação das leis e da PF seu curral para embasar sua permanência na política, não tem o que oferecer ao bem do país.

Paulo Ricardo Torres (Toledo, PR)

O verdadeiro desafio à moralidade se resume às seguintes perguntas: a quem interessa desmoralizar a autoridade do Poder Judiciário? Por que uma organização criminosa despendeu tempo e dinheiro para cometer crimes que pudessem de algum modo abalar essa autoridade? Destruir a reputação do ministro Moro serve a quê? Essas perguntas não podem ser contornadas, puladas, como um detalhe (“Troca de mensagens coloca país em desafio de moralidade política”). Todo esse incidente é um ataque dos interessados contra a Justiça; uma vingança e uma estratégia bandida.

Flávio Rezende de Carvalho (Rio de Janeiro, RJ)

Lula

Segundo o advogado José Roberto Batochio, Lula vê promiscuidade em mensagens entre o ex-juiz e o procurador (“Lula diz que verdade foi revelada e vê promiscuidade em troca de mensagens”). É hilário que alguém condenado por suas relações promíscuas com empresários, políticos e estatais possa emitir, de sua sala especial na PF, essa opinião. 

José Otávio Pinto e Silva (São Paulo, SP)

Sem dúvidas foi uma conspiração. Não que o Lula não merecesse pagar pelo mal que fez, mas devia ter tido um julgamento honesto. 

Luciano Neder Serafini (Ribeirão Preto, SP)

Combate à tortura

A exoneração da equipe de combate à tortura pelo presidente Jair Bolsonaro revela apenas e tão somente tudo o que ele pregou e prega diariamente —sem dizer que ele já deu diversas declarações a favor dos torturadores (“Bolsonaro exonera equipe de combate à tortura”).

Marcos Barbosa (Casa Branca, SP)


Igreja X Justiça

É notável a clareza de raciocínio e discernimento do articulista (“Fé e democracia”, de Hélio Schwartsman).

Albino Bonomi (Ribeirão Preto, SP)


Crise crônica 

Lamentavelmente o que piora o cenário futuro é a constatação que se revela a cada dia da incapacidade gerencial do atual governo, que, em vez de canalizar os esforços para as soluções dos problemas, para os quais não há respostas simplistas, se preocupa com revanchismo inconsequente (“Por que é difícil sair desta crise?”, de Vinicius Torres Freire).

Mauro Tadeu Almeida Moraes (Curitiba, PR)


Fundo Amazônia

Em princípio, penso que noruegueses e alemães tenham uma visão estratégica de meio ambiente bem melhor que a do desgoverno bolsomito (“Noruega e Alemanha são contra mudanças no Fundo Amazônia”). A conferir.

Marcos Fernando Dauner (Joinville, SC)


Atos do governo

Não tenho coloração política, porém, ao ler a Folha todos os dias, observo que em todos os textos dos articulistas e nos editoriais não se lê nenhuma notícia de qualquer decisão, ação, projeto etc. que o governo Bolsonaro tenha feito de bom ou aprovado qualquer projeto que venha contribuir com o desenvolvimento do Brasil. Sugiro, para não dizer que a Folha é parcial, publicarem o que está acontecendo de positivo na gestão.

Flávio Norberto Pereira (Belo Horizonte, MG)

Presidente, com todo o respeito, as leis que políticos sérios e equilibrados elaboraram o senhor está derrubando. O que o senhor quer? Crie juízo! Que Deus o ilumine no caminho certo da governabilidade. 

Aparecida Maria dos Santos (Guarulhos, SP)


Crítica

Sou leitor da Folha há mais de 50 anos. Acompanhei diversas fases, mudanças de colaboradores e de leiaute... Sempre para melhor! Por isso, não posso deixar de me pronunciar sobre o que hoje “não” leio: retirar a seção de filmes foi uma péssima decisão; maltratar a seção de tirinhas com as novas colaboradoras é muita falta de talento e imaginação. Enfim, não é porque a leitura online se tornou mais importante que vamos desleixar a impressa.

Frederico A. de Moraes (São Paulo, SP)


PARTICIPAÇÃO

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