'É absurdo responsabilizar Bolsonaro por atos de militar', diz leitor

Segundo-sargento foi detido na Espanha por suspeita de tráfico de drogas

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Diplomacia

Gostar ou não de Bolsonaro é uma questão pessoal, que deve ser respeitada, porém o fato é que, pela primeira vez na história deste país, não vejo um presidente abaixar a cabeça para os europeus, que se acham a última bolacha do pacote (“Após anunciar cancelamento, Bolsonaro encontra Macron e o convida a visitar Amazônia”).

Paulo Cesar Peron Ramos (Assis, SP)

Pacto travado

O Judiciário e o Legislativo perceberam que o presidente não está nem um pouco preocupado com o desenvolvimento nem do Brasil nem da democracia (“Após 1 mês, pacto trava e Bolsonaro mantém desgaste com Poderes”).

Valdeci Gomes (Guarabira, PB)


Juiz e ex-juiz

Mantinha admiração por Fausto De Sanctis, por sua destemida atuação, enfrentando o poderoso Daniel Dantas na Satiagraha. Sua visão crítica sobre a Justiça brasileira na entrevista (“Moro não fez nada de errado, e STF tem sido o violador da ética judicial”) elevaria minha avaliação sobre o magistrado, não fosse sua visão acerca da atuação de Sergio Moro. Em respeito à sabedoria popular: o pior cego é aquele que não quer ver.

Sérgio Carraro, advogado (São Paulo, SP)

Assim como é difícil para aqueles que conviveram com Lula separar suas virtudes de seus vícios, assim o é para os admiradores do ex-juiz e acusador. Ou se é juiz, ou se é acusador. No Brasil, não é possível ser os dois.

Paulo José (São Bernardo do Campo, SP)

Li uma mensagem de um leitor que se referia a Moro como “o pai do combate à corrupção no Brasil”. Não é verdade. Antes dele, outros demagogos, como Carlos Lacerda, Jânio Quadros e Fernando Collor, já manipularam de forma semelhante a indignação com a corrupção para promover uma agenda política reacionária. A diferença é que não tiveram uma toga para ser desvirtuada pela quebra da imparcialidade e servir de trampolim político.

Gerardo Xavier Santiago (Rio de Janeiro, RJ)

Reinaldo Azevedo

Impecável o artigo de Reinaldo Azevedo (“É a Constituição, estúpido!”). A lei também está sob a lei. As instituições acima de tudo, senão os personalismos de semi-heróis infantilizados esmagarão nosso amadurecimento como país.

Cybelle Tastaldi Al-assal (São Paulo, SP)

Em vez de sugerir como devem se comportar os ministros do STF diante das justas manifestações populares, Reinaldo Azevedo deveria se juntar às “facções das ruas” no próximo dia 30 para expressar repúdio às deslavadas tentativas de obstrução da Lava Jato.

Ari Cosme Francois (Ribeirão Preto, SP)


Gastos com educação

O financiamento da educação ainda não foi entendido pelos governos de diferentes níveis no Brasil. O editorial “Contas do ensino” aborda, corretamente, a tentativa de governantes paulistas de driblar as normas legais da questão. No caso de São Paulo, a prática de sucessivas gestões tucanas insiste em desconsiderar os dispositivos legais desse financiamento público, além de restringir as conquistas salariais do magistério. 

Jonas Nilson da Matta (São Paulo, SP)


Militar detido

Não sou baba-ovo de Bolsonaro, mas é absurdo responsabilizá-lo pelos atos do segundo-sargento Manoel Silva Rodrigues (“O linchamento antes da lei”, de Mariliz Pereira Jorge). Em primeiro lugar, o militar exerce o cargo desde os tempos de Dilma Rousseff. Além disso, em momento algum o presidente o defendeu ou interferiu no caso. Alguém acha que cabe a Bolsonaro revistar as bagagens de tripulantes e membros da comitiva?

Luciano Nogueira Marmontel (Pouso Alegre, MG)

O segundo-sargento Manoel Silva Rodrigues, da Aeronáutica
O segundo-sargento Manoel Silva Rodrigues, da Aeronáutica - Reprodução

Prisão automática

Penso que a lei deva ser cumprida como ela é, e, acima de tudo, em respeito à nossa Carta Magna (“Prisão automática”, de Ricardo Lewandowski). Porém, o que vejo é o Direito mudando ao sabor do vento, ao sabor de quem está no poder e também em função de quem está sendo julgado. Assim, ao julgar casos de repercussão, juízes se tornam super-heróis (com direito até a capa, desculpando o trocadilho), mas no fundo querem cartaz para seus projetos de poder. Vejo o caso de Moro e Selma Arruda, que foram “heróis” e agora são políticos.

Alexandra Botelho (Cuiabá, MT)

No meio dessa balbúrdia jurídica que se vê —de afronta à Constituição e às leis—, o texto lúcido é uma luz de esperança de que a verdadeira Justiça não esteja totalmente assombrada pelos uivos da rua ignara. Parabéns, ministro!

Jose Pucci (Salvador, BA)


Armas

Estamos à mercê de governantes despreparados, nos três níveis de governo. Atitudes impróprias e decisões tomadas por esses personagens ferem com frequência regras minimamente democráticas, disso sendo exemplos gestos sinalizando uso de armas, assim como viajar a bordo de helicóptero dando tiro a esmo. Ademais, fotos mostrando parlamentares aos risos para agradar a chefes do Executivo são mais que indícios do baixo nível que o atual sistema de eleições proporcionais acarreta (“Senado aprova posse estendida de arma em propriedade rural”).

Antonio Francisco da Silva (Rio de Janeiro, RJ)


Aposentadorias

Fazer uma reforma da Previdência apenas para o poder central é absurdo, pois praticamente o país inteiro está quebrado por causa da gastança governamental nos âmbitos federal, estadual e municipal (“Acordo por estados e municípios continua travado em comissão”). Privilégio e corporativismo corroem a administração pública.

José Franzini Netto (Araras, SP)


Zona Franca de Manaus

Assim como fizemos em seminário da Folha (“Zona Franca de Manaus compensa incentivos, dizem debatedores”), desafio os economistas da Universidade Católica de Brasília a debaterem o papel da Zona Franca de Manaus (ZFM) com os economistas da FGV, que atestaram, em estudo recente, a efetividade do modelo da ZFM não só para o Amazonas mas também para o país. O Brasil tem que ser tratado no conceito de Brasil. Não adianta ter antagonismo regional. O Brasil precisa conhecer a ZFM e o Amazonas, que contribuem para o desenvolvimento econômico do próprio país.

Wilson Périco, presidente do Cieam (Centro da Indústria do Estado do Amazonas)


PARTICIPAÇÃO

Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@grupofolha.com.br.​

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.