Morre o homem que devolveu meu nome, diz leitora sobre Clóvis Rossi

Decano da Redação da Folha, jornalista morreu aos 76 em São Paulo; veja relatos de seus leitores

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São Paulo

O jornalista Clóvis Rossi, decano da Redação da Folhamorreu na madrugada desta sexta (14) em São Paulo. Ele tinha 76 anos e estava em casa, onde se recuperava de infarto ocorrido na semana passada. Deixa mulher, com quem estava havia mais de meio século, três filhos e três netos.

Na Folha desde 1980, participou de coberturas nacionais e internacionais como repórter. Colunista e membro do Conselho Editorial do jornal, Rossi publicou seu último texto na quarta (12), intitulado “Boletim Médico”. Ele era, segundo o jornalista, “uma satisfação devida ao leitor, se é que há algum”.

Esses leitores enviaram relatos e lembranças sobre as colunas e reportagens produzidas pelo jornalista ao longo das últimas décadas. 

Dia triste. Morre o homem que me devolveu meu nome. Fico um pouco órfã também. Gratidão, CR

Maria Helena de Aguiar (Zurique/Brasília, DF), que deu depoimento a Clóvis Rossi em 2014 ("Filha de padre guarda segredo por 25 anos para proteger sacerdócio do pai")

Um livreto de menos de 100 páginas, lido quando eu debutava 15 anos, me fez decidir a faculdade que eu faria: jornalismo. O livro é "O que é Jornalismo". O autor é Clóvis Rossi, que acaba de se despedir deste mundo. Nele, Clóvis define com síntese e brilhantismo as agruras da profissão: "Jornalismo, independentemente de qualquer definição acadêmica, é uma fascinante batalha pela conquista das mentes e corações de seus alvos: leitores, telespectadores ou ouvintes. Uma batalha geralmente sutil e que usa uma arma de aparência extremamente inofensiva: a palavra". Hoje, tenho um sebo em que tento manter sempre alguns volumes da obra. Assim, posso dar de presente a qualquer aspirante a foca que corra o risco de perguntar o que eu tenho sobre a profissão. Se o nosso conquistador das mentes e corações pôde decidir o meu destino, que também decida o dos próximos.

Cauê Marques Magalhães (Niterói, RJ)​

Clóvis Rossi influenciou bastante minha visão do mundo. Eu e meu falecido pai conversávamos muito a respeito das colunas dele, no início dos anos 1990, quando me tornei assinante da Folha. Sinto a perda de um mentor. Meus sentimentos à família.

Jefferson Chapieski (Curitiba, PR)

Grande perda a morte de Clóvis Rossi. Na minha opinião, junto com Elio Gaspari, era um dos melhores jornalistas da atualidade. Seus textos sempre elegantes e bem embasados demonstravam imparcialidade com informação de alto nível, parecia trazer o rigor do método científico para a linguagem jornalística. Sua coluna ficou ainda mais importante neste período obscurantista, anticientífico e de valorização da ignorância. Vai fazer muita falta.

Adriano Simões Coelho (Belo Horizonte, MG)

Sou leitora e assinante do jornal há anos, ex-estagiária da Folha e recém-formada em jornalismo pela USP. Durante meu período de dois anos no jornal, só encontrei o Clóvis Rossi uma vez, no elevador. Na ocasião, fiquei tão em êxtase de ver meu ídolo ali, gigante (literalmente), que não soube o que dizer. Anos depois, fui num congresso da Abraji especialmente porque queria ouvi-lo falar. "A graça de ser jornalista é ser testemunha ocular de seu tempo, e isso você só vai ser na rua, não na telinha do seu computador", disse ele. Essa frase permanece comigo. No ano passado, finalmente tive a oportunidade de me aproximar dele e dizer o quanto o admirava. Compartilho a dedicatória que ele escreveu na minha edição do "Enviado Especial". Se os piores são todos os outros, ele está entre os melhores dos melhores. 

Isabel Seta (São Paulo, SP)

Dedicatória de Clóvis Rossi em livro da leitora Isabel Seta
Dedicatória de Clóvis Rossi em livro da leitora Isabel Seta - Reprodução

 

No texto "A ditadura que não houve matou 423 pessoas no Brasil", Rossi deixou uma marca que eu aprendi na universidade: Clóvis Rossi não precisa ser o melhor jornalista do Brasil, mas é o mais bem informado. O texto é repleto de dados e relatos, incontestáveis, que não dão margem para qualquer dúvida. Por esse motivo, Rossi fará falta. A reportagem ficará menos precisa, menos verdadeira sem ele e isso me assusta. RIP

Willians Aparecido Ribeiro (Guarulhos, SP)

Clóvis Rossi apresentou a profissão a gerações de jornalistas com seu livro "O que é Jornalismo". Eu fui um deles. Se hoje estou nessa profissão apaixonante e cada vez mais indispensável, ele tem uma grande responsabilidade.

Allan Nóbrega (Santos, SP)

Clóvis Rossi é (ainda não pretérito) um homem sincero, repórter atilado, um texto primoroso. Tem uma qualidade nem tão comum entre formadores de opinião: honestidade intelectual. Tido como "de esquerda", nunca fez cerimônia para desmascarar a truculência populista que infelicita a América Latina. Fará muita falta!

Renato Sant'Ana (Porto Alegre, RS)

Tive o grande prazer de ser estagiário da Folha por um ano. Neste período, me encontrei algumas vezes com o Clóvis Rossi. Olhava-o com admiração. Pensava em fazer inúmeras perguntas para aproveitar aquele raro momento de proximidade com uma pessoa tão culta, mas a admiração e o receio de estragar aquele instante com uma pergunta infantil me travavam. Resignava-me com a contemplação. Acho que pensava que só o fato de cruzar com ele nos elevadores da Folha poderia me fazer um jornalista melhor. Apesar disso, corajosamente encarava-o frequentemente em suas colunas. Ousava discordar, às vezes. Mas sempre que algo importante ocorria no país ou no mundo, procurava algum texto do Clóvis que pudesse desvelar os detalhes que eu não havia decifrado. Uma grande perda para o país, num momento em que pensar parece ter se tornado crime. Gostaria de destacar a coluna "Memórias de um grande porre democrático", onde Clóvis nos conta detalhes da revolução, como os cravos nas armas dos soldados, mas também nos revela humildemente que até mesmo uma pessoa com tanto conhecimento, como ele, tinha dúvidas, tinha vergonha, mas também tinha coragem para admiti-las e encará-las em nome do jornalismo.

Rogério Geraldo (Campo Limpo Paulista, SP)

Clóvis Rossi sempre alimenta a alma do conhecimento com grandeza. Parte do texto no meu caderno de anotações de memórias. Uma perda inestimável

Francisca Ferreira de Souza (Sete Lagoas, MG)

Texto anotado à mão por leitora de Clóvis Rossi
Texto anotado à mão por leitora de Clóvis Rossi - Reprodução

Em setembro de 2006, quando de férias em SP, fui à sabatina da Heloísa Helena, então candidata à presidência da República pelo PSOL, no auditório da Folha, no Pátio Higienópolis. E o Rossi estava lá, sabatinando-a. Já era leitor de suas colunas na Folha desde os 15 anos de idade, e foi muito interessante vê-lo de perto ali.

Bruno Machado da Silva (Ubá, MG)

Todos que são estudantes de jornalismo têm um pouquinho de medo dos jornalistas veteranos. Há um receio de errar, de citar algum dado ou informação incorreta, de parecer incompetente. Quando precisei entrevistar Clóvis Rossi para uma disciplina da faculdade, esse medo comum a todos nós, estudantes, voltou. Mandei um email formal perguntando sobre a possibilidade de uma entrevista. Ele respondeu prontamente, pedindo que eu ligasse no dia seguinte. Fiquei surpreso pois não esperava que ele fosse tão gentil. No dia seguinte, liguei do meu telefone celular para ele. Rossi, paciente com minha inexperiência e um barulho irritante de furadeira na sala onde eu estava, respondeu pergunta a pergunta. A conversa durou uns 20 ou 30 minutos, mas nunca esqueci da forma solícita como ele me tratou. Lendo hoje na Folha os relatos dos colegas que conviveram com ele na redação, percebi que essa era uma característica: gratidão.

 Italo Bertão Filho, (Porto Alegre, RS)

Estou triste de verdade. Pelos leitores da Folha, pelo jornalismo a desmoronar, mas principalmente por mim, egoísta. Já havia ficado assim quando Rossi saiu da página dois, onde me acostumei a ler quase diariamente suas análises há uns vinte anos –e nem fiz trinta. Felizmente, ganhou o mundo. Deve ser o autor que mais li, porque cotidianamente. Admirava como ele condensava tanto conhecimento e leitura e história em tão poucas palavras, como fez em "O que é jornalismo". Queria ler tantos jornais e em tantas línguas como ele, ter sua ironia rasgada e olhar holístico, mesmo discordando aqui e ali. Era o decano e tinha sempre adjetivos singulares para elogiar os colegas de pena. De certa forma, cresci como leitor de jornal e de tudo lendo Clóvis Rossi. Só o vi pessoalmente umas duas vezes, e de longe, em palestras. Hoje estou triste com sua morte. É o que dá ser amigo próximo, companhia de cafés da manhã, unilateralmente. E ele ainda fingia não ter leitores. Seu jornalismo está na história, uma verdade clichê. Único era Clóvis Rossi.

João Melhado (Nova York, EUA)

Muito triste com a morte de Clóvis Rossi. Era minha maior referência como jornalista. Ninguém escrevia como ele. Sua lucidez fará muita falta, principalmente no momento por que passa o país.

Jorge Ribeiro Neto (Indaiatuba, SP)

Ainda guardo nos meus rascunhos de emails uma conversa de alguns anos atrás que tive com ele sobre a situação política brasileira. Não concordávamos com alguns diagnósticos, mas fiquei lisonjeado por ele ter me respondido. Sempre tive a sensação de estar conversado com ele (concordando ou discrepando) quando lia as suas colunas de opinião. Tinha um enorme respeito por sua figura e, nesses momentos sombrios no Brasil, ele fará muita falta. Lamento muito. Desde que cheguei no Brasil e assinei logo a Folha em 1990, segui as colunas dele. Nem sempre concordando, claro, mas reconhecendo nele um grande jornalista. Gostava especialmente da afinidade que ele tinha pelo meu país (Argentina) onde foi correspondente nos tempos difíceis da ditadura. Conhecia perfeitamente, e descrevia com maestria, as características principais da cultura argentina (no amplo sentido). Vou sentir a sua falta. 

Carlos Gueller (São Paulo, SP)

Gostaria aqui de expressar meus sentimentos aos próximos de Clóvis Rossi. Acredito de verdade que ele está num estágio melhor agora. E, como brasileiro de 40 anos que vive no interior dos Estados Unidos há quase 6 anos, quero registrar que a coluna de Clóvis Rossi sempre foi a mais respeitada, admirada e ansiosamente aguardada por mim, diariamente. A coluna sempre foi um porto seguro, claro, conciso e confiável sobre a realidade. Algo tão sutil quando lendo, mas de tamanha competência, talento, sensibilidade e precisão quando produzido. Não sou Jornalista, mas pelos relatos que venho lendo, percebo que um Mestre nos deixou momentaneamente. Até breve, Clóvis, e muito obrigado!

Gustavo Bergamo (Akron, Ohio, Estados Unidos)

Sou leitor da Folha e do Clovis Rossi desde os anos 80. Tenho hoje 60 anos e lembro dos artigos dele quando era correspondente da Folha na Argentina em 1985/1986. Estive em Buenos Aires pela primeira vez em 1986 e onde andava eu lembrava dele e tinha a expectativa que iria encontrá-lo nas "calles portenas". Não encontrei. Mas continuei acompanhando seus belos textos por todos estes anos. Hoje cedo fiquei triste com a notícia da sua morte. Perdemos todos os brasileiros neste momento sombrio de nossa história. Que Deus console a todos nós.

Nivaldo Antonio Vacari (Jandira, SP)

Hoje de madrugada li a nota do Juca Kfouri. Muita tristeza em razão da capacidade pessoal do Clóvis Rossi. Da capacidade de entender as relações humanas e tentar sempre em contribuir para que uma pessoa pudesse entender e respeitar aos outros. Leio a Folha e sou assinante há muitos anos. Recordo quando assinava a página 2, e lembro de outra figura que escrevia neste espaço, o grande Claudio Abramo. São histórias de gente que escreveu a história. Muita tristeza. Que seus ideais e suas convicções se mantenham na redação do jornal e nas ruas. Felicitações a todos. 

Antonio Carlos Domingues (São Paulo, SP) 

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Antigo crachá do jornalista Clóvis Rossi

Estávamos no final do ano de 1989, começo de 1990, não me lembro ao certo; sei que foi na época da minha preparação para o vestibular. Eu era uma boa aluna no colégio, depositava muita esperança em uma boa faculdade como caminho para uma vida interessante, relevante, então me manter bem informada era um valor para mim. Eu lia jornal diariamente, na casa dos meus pais sempre teve jornal. Mas à época não assinavam a Folha ainda, só o Estadão, costume da casa dos pais deles, respectivamente. Mas eu tinha uma colega de classe muito bem informada, filha de uma professora de Geografia fantástica, muito "antenada", como dizíamos. Pois bem, não sei contar quantas vezes cheguei no colégio, no início da manhã, e encontrei a Andréia, minha colega, agitada para comentar uma coluna do Clóvis Rossi ou do Dimenstein, ambos à época na primeira página da Folha, aquela da charge e das colunas assinadas. Era época de inflação alta, início do governo Collor, trocas de nomes nos partidos comunistas ao redor do mundo, depois da queda da cortina de ferro, do muro de Berlim. E de todos esses assuntos Clóvis Rossi dava conta, naquelas poucas linhas bem editadas. Em poucos meses, cansei de me contentar com o recorte do jornal trazido pela Deia no dia seguinte. Chamei meus pais para uma conversa e falei que não dava mais para ficar sem aquelas colunas. O hábito pegou. Meus pais também são leitores da Folha até hoje.

Roberta Maniglia de Resende Matos (São Paulo, SP)

Eu sou apaixonada pela Folha jornal físico. Meu dia não começa sem lê-la. Quando eu era pequena, ficava esperando meu pai voltar do trabalho, ouvindo o barulho da porta abrir para ir correndo pegar a Folha da mala dele (que ele levava de manhã para o consultório). Isso tudo para dizer, que quando você lê um jornal como a Folha, você se refere aos articulistas como se você os conhecesse. Quantas vezes eu não liguei para a minha mãe e disse: "você leu o Clóvis Rossi hoje?" ou "Você tem que ler o Clóvis Rossi" ou ainda mandava os artigos para a minha família e amigos por email. Quando soube da morte, eu chorei... Meu sonho era poder apertar a mão dele e agradecer por tudo que ele escreveu.

Daniela Franco (São Paulo, SP)

Uma perda inestimável. Clóvis Rossi me era exemplo de inteligência refinada, de ampla cultura... Seus textos eram inteligentes, argumentativos e, antes de tudo, objetivos e coerentes. Acessível, respondia emails quase que no momento em que recebia. Orgulho-me de ter "trocado muitas ideias" com ele. Em um de seus últimos textos, contou que sofrera um enfarto, colocara cinco stents e, desde ontem, já estava em casa. Relatou tudo explicando o "sumiço". Agora, partiu, fisicamente, de vez; sem se explicar. Estou triste como se perdesse alguém da família... O jornalismo sério brasileiro perde, para mim, seu maior representante.

Laurentino Gonçalves Dias Jr. (Piquete, SP)

Justo nestes tempos difíceis, diante de tantas incertezas no mundo político, quando necessitamos de um jornalismo dotado de análises críticas e objetivas, sem qualquer viés ideológico, perdemos o brilhante Clóvis Rossi.

Ivan Chaves de Sousa (Ribeirão Preto, SP)

Sempre tive Clóvis Rossi como um grande profissional e um referencial ético, não só na imprensa mas na minha vida. Desde seus primeiros escritos que tive oportunidade de ler nesta Folha até o último, quando justificou sua ausência, houve a sobriedade, o estilo inconfundível com uma verve irônica, mas sem deixar de ser direto e profundo.

José Clóvis de Medeiros Lima (São Paulo, SP)

Credibilidade. Liberdade. Originalidade. Verdade. Independência. Seriedade. O nome de Clóvis Rossi era um acrônimo. Sua partida é uma enorme perda para o jornalismo. Deixa como exemplo o rigor na apuração dos fatos.

Luiz Roberto da Costa Jr. (Campinas, SP)

Rossi se juntou a Cony, e a resenha lá no céu ficou imbatível. Difícil preencher esses espaços.

Arlindo Carneiro Neto (São Paulo, SP) ​

Clóvis Rossi é Folha. Folha é Clóvis Rossi. Difícil dissociar um do outro. E agora?

André Pedreschi Aluisi (Rio Claro, SP)

Perdi meu professor de política internacional.

Walter Barretto Jr., arquiteto (Salvador, BA)

Clóvis Rossi nos deixa num momento particularmente importante do país e do jornalismo. Sua lucidez e sabedoria farão muita falta.

Jorge Ribeiro Neto (Indaiatuba, SP)

Na minha adolescência, Clóvis Rossi iniciou-me na leitura do jornal com suas curtas colunas aos domingos. Encantavam-me tanto a forma quanto o conteúdo de seus textos, bem-humorados e assertivos.

Cesar B. Rocha (Falmouth, Massachusetts, EUA)

Muitos dizem algo, mas poucos têm algo a dizer. Essa era a principal tônica dos textos de Clóvis Rossi. Incisivo, analítico, elucidativo, reflexivo e incômodo.

José Roberto Machado (São Paulo, SP)

Em meio às tormentas que estamos vivendo, perdemos a lucidez de Clóvis Rossi. Assinei a Folha por causa de sua escrita.

Luiz Thadeu Nunes e Silva (São Luís, MA)

Perde a Folha. E perdem os milhares de leitores um ícone do jornalismo sério, imparcial, com coragem.

Moyses Cheid Junior (São Bernardo do Campo, SP)

Era um grande jornalista, isento, sensato, experiente e sempre com um pé no futuro. Fará muita falta.

Tomás Cunzolo Jr. (São Paulo, SP)

Nós, leitores, e a Folha perdemos um companheiro, de escrita simples, objetiva e marcante.​

Lafaeti Tomasauskas Bataglia (Sertãozinho, SP)

A republicação do texto “Um mau começo”, de Clóvis Rossi, nos revela toda a competência jornalística e percepção histórica que o autor trazia em seu DNA. Em toda a sua trajetória, foi perseverante e fiel aos valores pelos quais foi forjado seu espírito.

Marino Hélio Nardi (Assis, SP)

Vai ser difícil abrir o jornal e não contar mais com o olhar agudo de Clóvis Rossi sobre a política internacional e nacional. Ele temperava seus textos com bom humor e empatia com o leitor.

Carlos Thompson (São Paulo, SP)

Imparcial e implacável. O maior dos jornalistas.

Sílvia Bolognese (São Paulo, SP)

Que tristeza inexcedível saber que, neste período obscurantista, em que mentes brilhantes são faróis poderosíssimos, um ser sapiente como Clóvis Rossi partiu.

João Paulo de Oliveira (Diadema, SP)

Por sua coragem, inteligência e ponderação, Clóvis Rossi era, além de um mestre, uma chama de brilho maior em busca de tempos mais civilizados. Que o seu legado possa nos incentivar a continuar lutando por um mundo melhor.

Gustavo Arantes Rosa Maciel (São Paulo, SP)

Duas palavras bastam para definir o caráter desse ícone do jornalismo brasileiro: humanista e democrata. Que seu exemplo seja seguido.

Geraldo Tadeu Santos Almeida (Itapeva, SP)

Além de ser um mestre no jornalismo, cujas análises ponderadas, lúcidas e de agradável leitura permitiam a qualquer leigo entender os meandros políticos do Brasil e do mundo, Clóvis Rossi foi, como fazia questão de lembrar, uma testemunha ocular da história.

Ângela Luiza S. Bonacci (Pindamonhangaba, SP)

A Folha perdeu o seu mais antigo jornalista. Perdemos uma fortaleza.

Jaime Pereira da Silva (São Paulo, SP)

Clóvis Rossi era a voz do verdadeiro Brasil! 

Giambattista Serra (São Paulo, SP)

A morte de Clóvis Rossi deixa perplexos e órfãos todos aqueles que admiram e consomem o bom jornalismo. Nestes tempos tenebrosos de fake news e tamanha intolerância, suas opiniões nos iluminavam, com bom senso e inteligência.

Yuri Fermino (Indaiatuba, SP)

A ausência de Clóvis Rossi vai deixar mais tristes nossas manhãs. 

Rosana Garcia (São Paulo, SP)

É triste quando perdemos alguém que amamos! Recentemente perdi meu pai, que me incentivou a ler a Folha desde jovem e, consequentemente, a conhecer Clóvis Rossi, um mestre do jornalismo.

Claudir José Mandelli (Tupã, SP)

Fiquei extremamente abalado com a morte de Clóvis Rossi. O que me consolou foi ter tido a felicidade de conhecê-lo, há cerca de 15 anos, e dizer-lhe que me tornei uma pessoa melhor e mais bem formada e que isso se dera muito por causa das leituras de seus artigos e notícias nesta Folha.

Jairo Guimarães  (Santo André, SP)

O jornalismo brasileiro perde um grande profissional, e eu perco um grande porta-voz.

Francisco S. Ruiz (São Bernardo do Campo, SP)

Clóvis Rossi me alfabetizou politicamente. Comecei a entender o que se passava no Brasil com ele; em 1984 participei ativamente das Diretas-Já, movimento que tinha a finalidade de acabar com uma ditadura, o que ele me ensinou a enxergar. Obrigado, Clóvis Rossi.

Francisco José Bedê e Castro (São Paulo, SP)

Triste a perda de Clóvis Rossi, ele era um dos meus favoritos na Folha.

Gustavo A. J. Amarante (São Paulo, SP)

Anos 1990, São Luís (MA), primeira assinatura da Folha. Insuperável o prazer de pegar o jornal na porta. Clóvis Rossi era fidúcia de coragem e agudeza na opinião. Momento político e jornalismo outros: heróis de papel jornal, notícia via aérea, espera pelo exemplar do dia. Seu estilo me doutrinou em fiel seguidor da Folha, fanático leitor de colunas. Despediu-se com ironia no texto “Boletim médico”. Foi jornalista até a última gota.

Jarbas Couto e Lima, professor (São Caetano do Sul, SP)

A melhor homenagem que a Folha poderia ter feito a Clóvis Rossi foi a republicação do artigo “Um mau começo”. Teremos sempre seus lúcidos posicionamentos em nossa memória e também nos arquivos da Folha.
José Elias Aiex Neto (Foz do Iguaçu, PR)

Clóvis Rossi me ensinou a ler. Até breve, professor.
Arcângelo Sforcin Filho (São Paulo, SP)

Voe para o alto, companheiro das manhãs.
Aldo Portolano (São Paulo, SP)

Vendo agora a ironia dos elogios hipócritas de muitos políticos que deviam detestar o homem, não há como não sorrir. É mais um daqueles poucos para os quais não há reposição. Que volte na próxima ao Brasil e, se Deus permitir, como jornalista. Precisamos.
Celso Balloti (São Paulo, SP)

Em 16 de março de 2013, mandei mensagem ao Clóvis elogiando um texto dele sobre Jorge Mario Bergoglio, que se tornara papa. Enquanto toda a imprensa era só elogios, ele lembrou que Bergoglio tinha sido no mínimo omisso nos crimes praticados pela ditadura militar argentina entre 1976 e 1983 (“O papa e o pecado da omissão”). Não tenho nada contra o papa, mas era preciso mostrar a fotografia toda. Clóvis era o tipo de profissional que tinha essa honestidade intelectual. Ele respeitava seus leitores.
Imad Ali Nasser (São Paulo, SP)

Clóvis Rossi, jornalista sério e independente, jamais abriu mão de seus princípios e convicções.
Mauro Fadul Kurban (São Paulo, SP)

Conviver com Clóvis Rossi foi um aprendizado. 
Tonico Ramos (São Paulo, SP)

Assinante da Folha desde a maioridade e leitor desde os 12 anos, sempre estive atento à coluna de Clóvis Rossi, não importava se o assunto era política nacional ou se a questão era o panorama internacional. Sua opinião era essencial. O país perde imensamente.
Wilson Paschoal dos Santos (Bertioga, SP)

Li há muito tempo um livro de Clóvis Rossi, “A Contrarrevolução na América Latina”. Nele, o jornalista mostra que, muito mais do que temor ao comunismo, o que nossas elites e classes médias têm é horror à democracia. Valeu a pena ler Clóvis Rossi.
Vanderlei Vazelesk Ribeiro, professor de história da América Latina da Unirio (Rio de Janeiro, RJ)

Clóvis Rossi fez a grande viagem sem retorno marcado. Estava tão acostumada a ler sobre o resultado dos seus deslocamentos ao exterior e aos meandros da consciência histórica do Brasil, mas agora ele partiu sem levar a sua mala.
Doralice Araújo (Curitiba, PR)

Desde muito jovem, leio a Folha, notadamente Clóvis Rossi, sempre aprendendo, querendo às vezes discordar, mas logo percebendo o erro e me desculpando pelo engano, embora insistindo na perseguição quase maluca de encontrar imperfeições naquilo que lia e gostava muito.
Orlando Gomes de Freitas (São Paulo, SP)

Clóvis Rossi deixa um legado, mas tristemente apenas os colegas irão sentir essa falta, pois o país, deseducado, mal sabia quem era o gigante.
Marcos Barbosa (Casa Branca, SP)

Quando eu lia as colunas de Carlos Heitor Cony e de Clóvis Rossi, eu o fazia para aprender e me sentia mais inteligente. Hoje, eu fico com a impressão de que muitos colunistas acham que não penso. Sentirei saudades.
Marcos de Luca Rothen (Goiânia, GO)

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