Descrição de chapéu

'João Gilberto concebeu uma instituição musical', diz leitor

Criador da bossa nova morreu no sábado (6) aos 88 anos, no Rio de Janeiro

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Mensagens vazadas

As reportagens sempre foram, no Brasil e outros países, o início das investigações e mudanças que depuram o sistema político. Há, pelo que foi divulgado, enormes motivos para investigar o ministro e procuradores. A atitude que espero do presidente (não de um líder de parte da população) é dizer que todos os mencionados devem se explicar às autoridades e provar correção e ética, e não defendê-los cegamente, levantando suspeita de sua própria ética.

Wlander Kwasniewski Filho (Campinas, SP)

A reportagem (“Lava Jato e Moro articularam ação contra Venezuela, mostram mensagens”) traz mensagens que revelaram a “exportação” do esquema criminoso para países da América Latina. Não consigo enxergar onde e como o então juiz federal comandaria a força-tarefa naquele tema. Do publicado, a leitura me diz que os procuradores estavam preocupados não só com a observância do conteúdo do acordo, mas com eventuais repercussões num país para lá de conturbado. Entendo que havia seriedade e responsabilidade na conversa. Que crime estavam praticando?

Ana Lúcia Amaral, procuradora regional da República aposentada (São Paulo, SP)

A cada dia que passa, Moro vai perdendo mais e mais a credibilidade. Espera-se que tenha o mínimo de bom senso, solicitando o afastamento do cargo de ministro, para não perder de vez a sua dignidade.

Luiz Fernando Paulin (Bragança Paulista, SP)

Há um dado importantíssimo na pesquisa: “45% dos entrevistados acham que o combate à corrupção é mais importante do que eventuais irregularidades” (“Maioria reprova conduta de Moro, mas considera justa a prisão de Lula”). O número mostra o entendimento das consequências nefastas desse tipo de crime. E, se os meios de comunicação se dedicassem mais em esclarecer quão prejudicial é a corrupção, certamente esses 45% logo se transformariam em maioria.

Nivaldo da Silva Lavoura Jr. (Piracicaba, SP)

A população aprova o trabalho da força-tarefa. Para prender quem tenta driblar a Justiça, são necessários diálogo e velocidade. Respeitem o ex-juiz, especialista e corajoso o suficiente para desmantelar o statu quo.

Vinicius Pimentel (Brasília, DF)

Orgulho-me, perante os que me são próximos, de ter desde o início da tal Lava Jato falado enfaticamente das características, agora expostas, de Moro e de seus associados procuradores. Sempre votei no PSDB, mas percebendo a existência de uma partido político liderado pelos acima citados, passei a defender Lula, pois o modesto tríplex pelo qual foi condenado é um grão de areia na praia da corrupção que graça no Brasil (“A lei, o povo e o inimigo do povo”, de Demétrio Magnoli).

José Dieguez (São Carlos, SP)

Papel da imprensa

O leitor João Baptista Gil Junior tem uma visão equivocada sobre a função da imprensa. A contribuição positiva ao país que ele cobra se dá justamente quando se divulgam os fatos, sejam eles deletérios ou não. A imprensa que ele advoga é a chapa-branca, que elogia o governo de ocasião.

Beni Sutiak (São Paulo, SP)


João Gilberto

Mais um gênio da música brasileira nos deixa. E, sem dúvida, essa falta não será compensada. Infelizmente, a tendência da qualidade da música brasileira é piorar. Só podemos lamentar quando comparamos as músicas de hoje com as obras primas de gênios como João Gilberto. Estas serão eternas.

Wagner Fernandes Guardia (São Vicente, SP)

João Gilberto não criou uma batida, um ritmo ou apenas um estilo. Ele concebeu uma instituição musical inconfundível e que remete instantaneamente ao Brasil. A bossa nova vive hoje tanto quanto viveu nos anos 1960 e viverá ao final deste século.

César Caldas (Curitiba, PR)

Trabalho infantil

 
 

Defender, em rede social e abertamente, o trabalho infantil é de uma insensibilidade absurda, além de surreal  (“Bolsonaro defende trabalho infantil e não cita reforma em live”). Falta ao presidente Jair Bolsonaro a sensibilidade de um estadista e de um verdadeiro chefe de Estado. A questão não é defender a ociosidade dos jovens, mas o sagrado direito de infância, de desenvolvimento físico e intelectual. Não é uma questão de direita, de esquerda ou de centro; é uma questão de política pública, de sanidade, de humanidade.

Willian Martins (Guararema, SP)


Ensino superior

Marcos Mendes corretamente conclui que o modelo brasileiro de financiamento da educação não é sustentável (“Educação, crescimento e igualdade”). Mas sua conclusão de que o ensino superior precisa buscar financiamento próprio não poderia estar mais equivocada. Nos países onde o ensino superior público é pago, a maior parte do financiamento das universidades provém de recursos públicos. Não há registro na história recente de progresso científico, tecnológico ou econômico sem investimento público no ensino superior e na pesquisa.

Leandro R. Tessler, professor do Instituto de Física Gleb Wataghin, da Unicamp (Campinas, SP)


Ciências nas escolas

Claudia Costin afirma ser assustador o fato de que 93% dos jovens brasileiros não conhecem o nome de um cientista brasileiro (“Os jovens e os cientistas”). O que também não deixa de ser assustador é saber que esse índice se aproxima muito do de escolas no país que nem sequer possuem laboratório de ciências. Assustador será também saber se o “avanço” da Base Nacional Comum Curricular para o ensino médio reservará para essa disciplina a condição de ensino a distância ou optativa. 

Lucinéa Rinaldi (São Paulo, SP)


Matrículas em creches

Não houve redução do número de vagas em creches (“Matrículas em creches caem em São Paulo na gestão Covas”). A verdade é que no último semestre foram abertas 1.261 novas vagas em CEIs no município de São Paulo. O jornal opta por desconsiderar as matrículas em processo que são vagas garantidas e com alunos já identificados. Além disso, desde o início da gestão mais de 50 mil crianças passaram a estudar em creches municipais.

Patrícia Lopes, coordenadora de comunicação da Secretaria Municipal de Educação (São Paulo, SP)

Resposta dos jornalistas Guilherme Seto e Thiago Amâncio - A reportagem não afirma que houve redução nas vagas, e sim nas matrículas, como mostram números divulgados pela própria secretaria, citados no texto.


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