'Regras mais brandas significam privilégios', diz leitor

Câmara analisou texto-base e destaques da reforma da Previdência nesta semana

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Previdência

Regras mais brandas significam privilégios para professores, além de militares, policiais, ruralistas e servidores públicos ("Câmara aprova regras mais brandas para professores na reforma da Previdência", Mercado, 12/7). Em resumo, sobra a conta para quem? Apenas para os trabalhadores urbanos, categoria na qual se encontram os mais pobres. Argumentaram que, sem a reforma, não haveria recursos para pagamentos, mas faltou dizer que era pagamento dos privilégios.

Julio Shiogi Honjo (Arapongas, PR)

Acho surreal que se comentem os destaques com base em impacto na "economia", demonizando-os ("Câmara rejeita transição mais branda para trabalhadores na reforma da Previdência", Mercado, 12/7). Deveria haver uma coluna adicional sobre impacto na justiça social e, principalmente, nos 80% mais pobres.

Rafael Bluhm (Rio de Janeiro, RJ)

Sobre a reportagem "Deputados decidem manter regra de cálculo que reduz valor da pensão na reforma" (Mercado, 12/7), vale apenas para os assalariados já arrochados. As viúvas de militares continuam recebendo 100% de suas rechonchudas pensões.

Paulo Aguiar (Rio de Janeiro, RJ)

PSDB

A que ponto chegamos, uma pirralha é o "rosto e alma" de um partido fundado por grandes nomes da política brasileira pré e pós-ditadura: Mário Covas, José Serra, FHC, Franco Montoro e Sérgio Motta ("Doria corteja Tabata e diz que deputada é rosto e alma do PSDB", Poder, 12/7).

Gildázio Garcia (Ipatinga, MG)

Pelo jeito, segundo FHC, os códigos de ética do PSDB e da Papuda são semelhantes ("Jogar filiados às feras é oportunismo, diz FHC após Covas pedir saída de Aécio", Poder, 12/7). Os dois protegem criminosos.

Oswaldo Baptista Pereira Filho (Campinas, SP)

Dou risada do povo brasileiro. Falaram tanto dela, mas uma parte sempre teve o pé atrás por causa da bolsa que ganhou para a universidade, sendo que sua bandeira sempre foi defender a educação. Vivemos em um país imbecilizado, onde qualquer aproximação ou fala já vira um mote para apedrejamento e descrença. É típico de um país de 210 milhões de habitantes iludidos em uma pureza divina e messiânica que nunca existirá em qualquer candidato que se habilite para o Legislativo.

Jefferson Begalli (Andradas, MG)


Liberdade de expressão

Uma das coisas que deixa um europeu —sou austríaco— um tanto quanto perplexo é a falta de compromisso da sociedade brasileira com a liberdade de expressão. A bancada religiosa quer banir a teoria da evolução das escolas. A direita se sente cercada por comunistas acadêmicos, procurando demiti-los e silenciá-los. A esquerda, por sua vez, procura proibir e punir qualquer fala da direita contra o que eles entendem por "direitos humanos". Para ser um bom cidadão, pouco importa a sua inclinação política, mas, sim, como você trata quem não concorda com ela. 

Günther da Luz-Kriechhammer (Österreich, Áustria)


João Gilberto

Nestes tristes e toscos tempos, o artigo "João Gilberto não era o rabugento que se pensa" (Ilustrada, 11/7), de Mario Sergio Conti, tornou mais leve o meu dia. O depoimento e o relato que ouvi de Jards Macalé, que afirmou ter desistido do suicídio pela sensibilidade do amigo em um telefonema, sem que jamais tivessem tocado no assunto, fizeram com que eu refletisse sobre as pessoas tão raras dotadas de sensibilidade emocional. Saudades de ter João Gilberto cantando.

Fátima Cador Jinnyat (São Paulo, SP)

Flip

O protesto é contra a verdade e a imprensa livre ("Protestos marcam mesa com Glenn Greenwald na Flip", Ilustrada, 12/7). O país se degrada moralmente e socialmente. O desemprego e a desesperança se tornam constante, porém os fanáticos e cegos continuam em sua patética missão de defender o indefensável. Bolsonaro é a expressão da incompetência, afunda o país na miséria, governa contra o povo, e isso é insofismável.

Leticia Ferreira (Pelotas, RS)

Não adianta dizer que o jornalista é o mais honesto do planeta. Sem provas, a Justiça vai ignorar as mensagens, por mais verdadeiras que sejam. Se Glenn Greenwald está tão seguro da autenticidade do material divulgado, tem que enviar para a confirmação de um perito da Justiça.

Hamilton Romano (São Paulo, SP)

Conheço o Luiz desde a infância e posso afirmar que trata-se de uma pessoa afável e absolutamente comprometida com a cultura brasileira ("Luiz Schwarcz, da editora Companhia das Letras, troca socos com homem na Flip", Ilustrada, 12/7). Pessoas como eu, que já passaram pela vida pública, sabem da dificuldade que são agressões verbais e totalmente fora de contexto. Este episódio em nada compromete a trajetória brilhante do Luiz, atualmente considerado, por unanimidade, o maior editor brasileiro.

Fabio Feldmann (São Paulo, SP)

Como diz um amigo meu: ser editor é se por numa situação em que você faz amigos falsos e inimigos verdadeiros.

Gustavo Martineli Massola (Vargem Grande Paulista, SP) 


Entregador morto

A reportagem "Entregador do Rappi passa mal, é ignorado por empresa, Uber e Samu e morre em SP" (Cotidiano, 11/7) me lembrou a música "Construção", de Chico Buarque: "Morreu na contramão, atrapalhando o tráfego". O que importa é o lucro para muita gente. Para o motorista da Uber, o sujeito ia sujar o banco de seu carro. Para o Rappi, era importante que os outros clientes não deixassem de ser atendidos. Para a prefeitura, há outras prioridades de gastos, como o cardápio de eventos. A vida humana é secundária.

Marcio Mira (Curitiba, PR)

Matéria tendenciosa e sem análise crítica. Rappi e Uber nada têm a ver com a saúde do entregador, já que suas funções se limitam a entregas de alimentos e transporte. A primeira cancelou os pedidos, e o motorista da segunda cancelou a corrida (por direito, pois alguém pagaria a limpeza do carro). A única responsabilidade é do Samu —e me impressiona os presentes não terem transportado a vítima em vez de aguardarem, pasmem, por uma hora e 30 minutos— e, posteriormente, do hospital.

Victor Hugo Pinto Souza (São Paulo, SP)


Colonoscopia

Hilária a coluna "Quarenta de novo", de Tati Bernardi (Cotidiano, 12/7). Indicam muito a colonoscopia porque colonoscopia nos outros é refresco.

Alexandre Miquelino Levanteze (São Paulo, SP)

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