Leitor vê governo como encrenqueiro que joga bola no mato para não ter jogo

Desigualdade, PCC e Lei Maria da Penha também motivam comentários de leitores

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Governo Bolsonaro
Pouco antes das eleições presidenciais, o empresário Ricardo Semler divulgou um artigo onde reconheceu os acertos do PT e também os erros do partido. Entretanto terminou dizendo que preferia arriscar com o PT novamente do que se “aventurar” com o Bolsonaro (“Alô, companheiros de elite”, Tendências / Debates, 2/10/2018). Um empresário preferiu o PT, e muitos da classe média e baixa preferiram o candidato da extrema direita. Há algo de estranho neste país. 
Gilberto Cimbra (Belo Horizonte, MG)
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Reinaldo Azevedo se diz um intransigente defensor da Constituição e do devido processo legal (“Método da loucura derrotará Bolsonaro”, Poder, 9/8). Ele pede a cabeça de Moro, mas, quando o Supremo estupra a Constituição e o devido processo legal, aceitando um habeas corpus de uma decisão de primeira instância sem passar pelo juízo natural, tudo bem para ele.
Douglas Ferreira Bykoff (São Caetano do Sul) 

Presidente Jair Bolsonaro participa de cerimônia de Lançamento do Plano Safra 2019/2020, no palácio do Planalto
Presidente Jair Bolsonaro participa de cerimônia de Lançamento do Plano Safra 2019/2020, no palácio do Planalto - André Coelho/Folhapress


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Cada vez que ouço um pronunciamento do sr. presidente da República, de seus filhos e de seus asseclas, lembro-me de minha infância e adolescência, nas quais eu jogava muito futebol. Naquela época, entre os que não tinham habilidades para jogar, sempre havia encrenqueiros que armavam discussões e tumultos e que jogavam a bola no mato para que o jogo não se desenvolvesse normalmente. Exatamente o que ocorre hoje no Brasil.
Carlos Gonçalves de Faria (São Paulo, SP)
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Observo uma crescente de opiniões bolsominianas, cujo único argumento é atribuir culpa de tudo ao PT e proferir ataques implausíveis a tudo e a todos que os contrariem, demonstrando total desconhecimento dos fatos e incapacidade de argumentação. Não creio que se inteirem das reportagens, mas apenas leiam as manchetes, tal o nível de desinformação e irracionalidade. Sintomas da barbárie que vai se instalando na nossa sociedade, exaltada na liderança da República.
Valter Luiz Peluque (São Paulo, SP) 


Lei Maria da Penha
As agressões contra as mulheres devem ser sistematicamente combatidas. Ao ler na reportagem “Lei Maria da Penha ‘pegou’, mas ainda falta sensibilizar juízes, afirma CNJ” (Cotidiano, 9/8) que o marido não a deixa sair de casa, penso que essa mulher nem devia ter entrado. Há que se construir um entendimento: em um relacionamento não têm que existir agressões verbais e, muito menos, as físicas.
Anete Araujo Guedes (Belo Horizonte, MG)


Colunistas
Contardo Calligaris se superou no texto “Injustiçados e ressentidos” (Ilustrada, 8/8). O texto deveria ser considerado de utilidade pública e distribuído pelas ruas. No meu questionamento atual em manter a assinatura do jornal (cujo início foi há cerca de 30 anos), a leitura do que ele escreve ajuda na decisão de continuar assinante.
Jussara Helena Beltreschi (Ribeirão Preto, SP)

Luciano Salles/Folhapress
Luciano Salles/Folhapress - Luciano Salles/Folhapress


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Análise correta de Pedro Passos (“Selo de aprovação”, Mercado, 9/8). Já perdemos muito tempo com incompetência e ideologias várias. Educação e desenvolvimento econômico travam, com eficiência, arroubos autoritários e populismo.
Rogério de Mendonça Lima (Goiânia, GO)
 


Desigualdade
Com pertinência, Fernando Schüler traz para a mídia um tema acadêmico muito antigo e muito interessante, “Combater a pobreza ou os mais ricos?” (Poder, 8/8). Mas traz juntamente um falso dilema: não é preciso optar por um dos dois combates, pois estão imbricados e merecem análise simultânea. Afinal, os Estados estão aí pra isto, para equilibrar essa balança teórica.
Alexandre Hecker (São Paulo, SP)
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Desigualdade nunca pode ser coisa normal ou corriqueira (“Em mundo imprevisível, desigualdade não é questão filosófica”, Mundo, 8/8). É inadmissível normalizar fome e miséria. O capitalismo está mais para aquele “menino mimado” que não admite que perdeu a brincadeira.
Wladimir de Oliveira Braga (Belo Horizonte, MG)


PCC
Cheirinho de armação no ar (“Integrante do PCC diz que facção criminosa tinha diálogo com o PT e temia Moro”, Cotidiano, 9/8). É a velha tática da cortina de fumaça para encobrir a decadência e os escândalos revelados pelo Intercept. 
Luiz Lima (Recife, PE)

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É incrível, para a ala radical do PT, os diálogos divulgados pelo The Intercept têm valor e os da Polícia Federal são armação.
Antonio Silveira (Sorocaba, SP)
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Investigue-se tudo. Como vimos, tudo é possível no Brasil —até armações. Se for verdade, com qual liderança havia “diálogo”?
Luciano Neder Serafini (Ribeirão Preto, SP)


Primeira infância
Crianças na primeira infância dão muito trabalho (“Primeira infância”, Opinião, 9/8). É mais fácil entregá-las a terceiros e ir para o trabalho, mesmo que o salário seja inferior ao pagamento da creche. Crianças que recebem a quantidade certa de proteínas têm pais com bom nível de instrução, moram em bairros com estrutura e terão sucesso escolar. Infelizmente, isso não se dá com a maioria dos brasileiros.
Maria Tereza Kowalski Juraszek (Curitiba, PR)


João Gilberto
O que João Gilberto teve de genialidade na música não teve na vida pessoal (“Herdeiros de João Gilberto estão em pé de guerra por indenização milionária”, Ilustrada, 6/8). Pelo visto, não soube administrar bem seus ganhos —que não foram poucos— em prol de uma velhice tranquila e na paz. Mas sua genialidade nos trouxe êxtase ao ouvi-lo.
Marly Pigaiani Leite (Ubatuba, SP)


Igreja Universal
Conheço a Igreja Universal do Reino de Deus pela TV e pelas críticas nos meios de comunicação. Que surpresa boa saber das ações junto ao povo abandonado por nossos governantes (“Universal expande ação social e ocupa espaços ignorados pelo poder público”, Poder, 10/8). 
Adilson Augusto de Lima (São Paulo, SP)

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