Preconceito racial está entranhado em nosso subconsciente, diz Fábio Konder Comparato

Para Cloves Oliveira, nossos políticos angelicais rejeitam cassinos mas não se incomodam com jogo do bicho

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Pele negra
Muito pertinente o artigo da advogada Monique Rodrigues do Prado ("A doutora da pele preta", 21/10), que revela a ancestralidade secular do "corpo suporte" em nossa sociedade (empregada doméstica, segurança, babá, gari, sambista, passista). Sou negro e em frequentes voos internacionais saindo do Brasil, brancos, ao puxarem conversa comigo, fazem-no em inglês. E muitos se surpreendem de ver moças louras executando serviços de limpeza em Santa Catarina. Conclusão: eu te aceito, mas no teu devido lugar.
José Roberto Machado (São Paulo, SP)


Parabéns à advogada Monique do Prado. É indispensável que os brasileiros em geral, mas sobretudo os das classes alta e média, tomem consciência de que o preconceito racial, ainda que não explícito, está entranhado em nosso subconsciente.
Fábio Konder Comparato (São Paulo, SP)


Jogo com regras
Sou contra o Estado controlar a atividade de jogos (editorial "Jogo com regras", 20/10). O jogo deve ser liberado, e cada um que arque com as consequências. Afinal, como diz o outro editorial na mesma edição, "a vítima decide".
Eduardo Leivas Bastos (Novo Hamburgo, RS)


A polêmica sobre cassinos é hipócrita e se resume à obsessão do governo de manter o monopólio sobre jogos. A CEF mantém dez tipos diferentes de opções de jogos e não vê com bons olhos uma eventual concorrência, mais atrativa e elegante. Quase toda cidade importante no mundo tem cassinos, exceto o Brasil. Enquanto o jogo do bicho continua sem ser incomodado, nossos políticos angelicais rejeitam os cassinos com unhas e dentes.
Cloves Oliveira (Valinhos, SP)

Foto do antigo cassino da Urca, no Rio de Janeiro - Divulgação

FGTS
Parabenizo a Folha por convidar Persio Arida para compartilhar sua larga experiência com os leitores. Seu artigo "O FGTS e a liberdade econômica" é primoroso (Ilustríssima, 20/10), com sugestões simples e irretocáveis: liberdade para o trabalhador sacar e aplicar o dinheiro que é seu e acabar logo com o adicional de 10% --aprovado em 2001 para pagar uma dívida que foi toda paga em 2004. Estarei sempre atento aos textos do Persio.
José Pastore, sociólogo, professor da USP (São Paulo, SP)


Um dos pais do Plano Real, Persio Arida vem trazer novo alento ao debate econômico na Folha, com sua prosa clara e sua conceituação audaciosa, mas simples. Só achei confuso o parágrafo em que, justamente, explica as razões pelas quais foi criado o Fundo de Garantia. Será um prazer reencontrá-lo por aqui.
Jaques Brand (Curitiba, PR)

O economista Persio Arida - Mathilde Missioneiro/Folhapress

Dados do cidadão
Ruy Castro, como sempre brilhante, tem toda razão em se preocupar com o Cadastro Base do Cidadão ("Arranha-céu de vidro", 21/10). Há pouco, antes de saber que meu pedido de aposentadoria fora aprovado pelo INSS, já era bombardeado com ofertas de empréstimo consignado. Ou seja, há gente dentro do órgão em conluio com agentes financeiros. Imagine com o novo decreto.
Carlos Dränger (São Paulo, SP)



Violência contra a mulher
O veto de Bolsonaro ao projeto que obrigaria unidades de saúde a notificar a polícia sobre agressões contra a mulher traz luz a uma questão pouco discutida. Mesmo com evidência de grave agressão, é imprescindível que a mulher possa decidir se quer ou não fazer denúncia.
Macer Nery Filho (Campinas, SP)


O artigo de Mariliz Pereira de 17/10 ("Bolsonaro está certo") e o editorial "A vítima decide" (20/10) dizem que é da mulher a decisão de fazer a denúncia, mas alegam que a vítima pode ter dependência financeira e psicológica do agressor. Como uma pessoa traumatizada, dependente e sem ter para onde ir pode pensar e decidir com clareza? Nessas horas, é, sim, necessário alguém de fora para avaliar e aconselhar a melhor ação.
Sergio Aparecido Nardelli (São Paulo, SP)

Ensaio do grupo de teatro "Entre Elas", de Belo Horizonte, formado por mulheres que saíram de situação de violência doméstica - Alexandre Rezende - 6.mai.2019/Folhapress

Combustíveis
Sem nenhum planejamento, tal como está sendo proposta pela ANP, a verticalização do setor, na prática, irá se traduzir no aumento do preço final dos combustíveis --como efeito da concentração de mercado-- e em ainda mais desemprego (nota "Tanque", Painel S.A., 21/10).
Francisco Soares de Souza, presidente do Sindicato dos Frentistas de Campinas (Campinas, SP)

Posto de combustível em São José dos Campos - Folhapress

Governo Bolsonaro
A um espetáculo de baixíssimo nível estamos assistindo: filhos de Bolsonaro trocando insultos com membros do partido, em atitudes arrogantes e infantiloides. A literatura brasileira, especialmente em Jorge Amado, não nos relata nenhum prostíbulo com tamanha esculhambação. As invariantes nesses bate-bocas são a defesa exclusiva de interesses pessoais e o desprezo pelos rumos do país.
Clarilton Ribas, professor aposentado da UFSC (Florianópolis, SC)


Não acredito na fala falsa de candidatos e tenho muito chão pisado para acreditar no discurso inflamado dos que usam até as cores da bandeira nacional para amealhar votos. Recuo alguns anos e me vem à mente a figura de Jânio Quadros, com seu jeito inconsequente, a fala arrogante e a vassourinha anticorrupção que a muitos encantou. E deu no que deu. Sem querer criar comparações, mas já criando, o que ele queria era ser o dono do país. 
Teresa Fernandez (Belo Horizonte, MG)


Cristo e indígenas
A ideia da evangelização que a Igreja Católica impõe aos indígenas desde que aqui chegou com as caravelas, substituindo suas crenças pagãs pelo batismo em Cristo, pouco difere do que propõe a política indigenista deste governo.
Luís Roberto Nunes Ferreira (Santos, SP)


Doria
Em "Doria turbina imagem pública com atos privados e anúncios duplicados" (Poder, 21/10), a Folha omite a natureza de 90% das ações e se atém aos 10% restantes. Omite que a implantação das empresas citadas foi viabilizada com participação direta do estado, por meio da "Desenvolve SP" e "InvestSP". No caso do IncentivAuto, o governo anunciou medidas emergenciais pelo iminente fechamento de fábricas e corte de milhares de empregos. A Folha omite ainda que as medidas não podiam ser proteladas.
Hélia Araujo, secretaria de Comunicação do Governo do Estado (São Paulo, SP)


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