A fala de Eduardo adiciona ao totalitarismo o vínculo à célula familiar, diz César Caldas

Para Joás Silva, se parlamentares têm amor à própria pele, devem cassar Eduardo

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Eduardo e o AI-5
A fala de Eduardo Bolsonaro deixa claro o propósito de seu grupo político: implantar o regime que Hannah Arendt definiu como totalitário do tipo nazi-fascista ("Eduardo Bolsonaro diz que, se esquerda se radicalizar, resposta pode ser 'um novo AI-5'" (Mônica Bergamo, 31/10). Adiciona, porém, o ingrediente central do absolutismo, no clássico conceito do teórico francês Jean Bodin: o vínculo à própria célula familiar. O poder do rei (como o presidencial no AI-5) não encontra limites. Nas palavras de Luís 14: "O Estado sou eu!".
César Caldas (Curitiba, PR)

Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) em entrevista no YouTube - Reprodução

Se os parlamentares têm algum amor à própria pele, devem, no mínimo, cassar Eduardo Bolsonaro. Para os que não tiveram peito de dar voz de prisão quando seu pai homenageou em plenário um torturador, está aí a oportunidade de podar essa família que continua a envenenar a democracia.
Joás Santiago Silva (Campinas, SP)

Tão infantil esse joguinho autoritário. Cria-se um quadro delirante para "justificar" uma medida fora da institucionalidade. Manjado, foi largamente utilizado pelas ditaduras. Enquanto isso, no mundo real, 14 milhões de desempregados, 43 milhões de empregos informais, crescimento econômico pífio... Empresários investirão neste país de "democracia estável e pujante"?
Monica Damous Duailibe (São Luís, MA)

Olha a cortina de fumaça aí, gente! Estão tentando encobrir o caso do porteiro!
Rangel Angelotti (Matinhos, PR)

foto de satélite do Condomínio Vivendas da Barra, bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro
Condomínio Vivendas da Barra, condomínio onde Bolsonaro tem casa - googlemaps

Bolsonaro no caso Marielle
Não entendi por que a Folha publicou a reportagem "Grupos de esquerda convocam protestos contra o presidente" (Poder, 1/10), baseada em declarações falsas atribuídas ao malfadado porteiro. E políticos de esquerda querem proteção especial para ele. Ora, o sujeito é criminoso; mentiu duas vezes à Justiça. Precisa ser inquirido pela Polícia Federal.
Antônio Carlos Romeu Fogaça (São Paulo, SP)

Os jornais mostram que milicianos estão infiltrados nas forças de segurança do Estado do Rio, tiveram participação direta no assassinato de Marielle e cultivam algum nível de relação com a família Bolsonaro. Lemos também que o governador Witzel depende, em boa medida, dessas forças de segurança para fortalecer seu capital político. No governo Bolsonaro, o inimaginável está se tornando plausível.
Luiz Oliveira (São Paulo, SP

Daniel Silveira (à esquerda), Rodrigo Amorim (ao centro, com a placa quebrada) e Wilson Witzel (à direita) em comício em Petrópolis - Reprodução

Imagine se o Adélio tivesse visitado o condomínio do Lula uma hora antes da facada?
Alexandre Santos Gonçalves (São Paulo, SP)


Educação
O editorial "Esforço integral" (31/10) afirma que o modelo de ensino integral do estado "implica acabar com o período noturno". Não é verdade. Hoje, 10% das escolas de ensino integral têm turmas no noturno onde há demanda. E a resolução SE 44/2019 é explícita quanto à manutenção do ensino médio noturno nas unidades que quiserem aderir ao modelo. Escolas com maior vulnerabilidade social têm prioridade para ingressar no programa visando reduzir a desigualdade.
Caetano Siqueira, Coordenadoria Pedagógica da Secretaria de Educação do Estado (São Paulo, SP)
 


Bolsonaro e a Folha
Para quem não se deixou enganar nas eleições, como eu, Bolsonaro não está surpreendendo ("Bolsonaro determina cancelamento de assinaturas da Folha no governo federal", Poder, 31/10). Na verdade, está só começando a manifestar seu lado de ditador. É muito pior que Maduro e Chávez.
George Carlos da Silva (Mossoró, RN)

Pode cancelar a assinatura, pseudopresidente, não fará falta. Nós, leitores pensantes, continuaremos contribuindo com um dos últimos oásis de serenidade e intelectualidade brasileiros e manteremos nossas assinaturas. Eu, agora, com mais gosto ainda.
Sidmar Garcia (Aspásia, SP)

Bolsonaro em transmissão no Facebook - 31.out.2019/Reprodução

Como leitor, tenho críticas pontuais à Folha. Porém, diante dessa escalada autoritária de Bolsonaro, todos devemos nos unir em defesa do jornal. Do contrário, só teremos veículos dóceis ao governo e notícias feitas sob medida nos gabinetes do Planalto.
Gustavo Carvalho (Rio de Janeiro, RJ)

À exceção dos textos de ordem econômica, nos quais a Folha não apresenta diversidade de correntes, pois adota linha ideológica adepta do mercado financeiro, entendo que este jornal é o meio de comunicação mais plural e aberto deste país de mentalidade colonial extrativista.
Alexandre Oliveira (Vassouras, RJ)

A Folha tem sido um bastião da informação transparente e plural. Ao ordenar o cancelamento das assinaturas do jornal, o presidente Bolsonaro demonstra sua intolerância com a liberdade de imprensa e a democracia.
Caio Magri, diretor-presidente do Instituto Ethos (São Paulo, SP)


Bolha branca
Obrigado, Cida Bento ("Equidade e diversidade nas instituições", 31/10). Teu texto é, nestes "tempos de cólera", um "ensaio sobre a lucidez", sobre como o racismo e o machismo em empresas e instituições se (re)produzem meio "sem querer". É fundamental que nós, brancas e brancos, atentemos para nossas percepções, concepções e práticas e, em autocrítica, tenhamos a lucidez necessária sobre uma questão tão presente.
Jones Dari Goettert (Dourados, MS)

Não adianta nada ter méritos se os departamentos de RH das empresas excluem os negros de suas contratações. Dizer que não existe racismo no Brasil é querer tapar o sol com a peneira. Mesmo sendo formados por universidades federais de ponta, os negros sentem a exclusão nos empregos, sendo preteridos por brancos menos qualificados. A colunista tem razão. Devemos expor essa ferida para que haja uma inclusão justa.
José Fernando Marques (Brasília, DF)

Polícia
O Governo do Estado reafirma o compromisso de valorizar os policiais e elevar seus vencimentos aos melhores do país até 2022. Não há encolhimento da promessa ("Doria encolhe promessa, anuncia reajuste de 5% e frustra policiais em SP", 31/10), mas um processo de reajustes conforme a realidade fiscal. Apesar do déficit do governo anterior, a atual gestão pagou os bônus que estavam atrasados e reforçou o policiamento, com a compra de armas e equipamentos e a autorização para a contratação de mais de 20 mil policiais.
Vinicius Traldi, assessor de imprensa da Secretaria de Segurança Pública (São Paulo, SP)


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