Honduras, Paraguai, Brasil e, finalmente, Bolívia. Golpes de Estado? Não, imagina, diz Hermes Espíndola Júnior

Para Barbarella Duran, Brasil está se tornando pródigo em reconhecer as autoproclamações

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Bolívia
Zelaya (Honduras), Lugo (Paraguai), Dilma (Brasil), Chávez (arrancado e devolvido ao poder) e, finalmente, Evo (Bolívia). Golpes de Estado? Não, imagina.
Hermes Espíndola Júnior (São José, SC)

É engraçado. O Brasil está se tornando pródigo em reconhecer as autoproclamações. Reconheceu o autoproclamado presidente da Venezuela. Reconheceu a autoproclamada presidenta da Bolívia. Reconheceu a autoproclamada embaixadora da Venezuela. Acho que eu vou me autoproclamar general e ocupar um quartel. De preferência aquele perto do Ibirapuera.
Barbarella Duran (São Paulo, SP)

Invasão à embaixada
As disputas entre oponentes venezuelanos viraram briga de rua em Brasília ("Depois de 12 horas, aliados de Guaidó deixam embaixada da Venezuela em Brasília", Mundo, 13/11). O Brasil deve manter distância política e evitar o pior, através do policiamento.
Nacib Hetti (Belo Horizonte, MG)

Trabalho
Ricardo Patah descortina um cenário preocupante ("Novo mundo do trabalho", Tendências/Debates, 13/11). Alerta-nos para a incapacidade do atual governo de colocar em perspectiva os impactos sociais e econômicos negativos decorrentes de um mercado de trabalho alcançado pela disputa entre aqueles que têm robô e os que têm apenas a força de trabalho para oferecer.
Luiz de Souza Arraes, presidente da Federação Estadual dos Trabalhadores em Postos de Combustíveis (Osasco, SP)

Partidos
Ruy Castro, você é um filósofo! Seu texto, irretorquível, e suas palavras, geniais ("Partidos sem sentido", Opinião, 13/11)!
Letícia Moreira Dias Kayano (São Paulo, SP)

Brilhante a decisão de apartar num só partido radical os defensores do regime militar e da evangelização institucionalizada para o nosso país ("Nova sigla de Bolsonaro mescla militarismo e religião; meta é atrair dissidentes de fora do PSL", Painel, 13/11). Nossa labuta em favor da democracia será mais fácil assim.
Caetano Estellita Pessoa (São Paulo, SP)

Vice
É preciso lembrar à Folha que não há monarquia no Brasil, muito menos príncipe ("Bolsonaro perguntou se príncipe era gay antes de desistir dele como vice, diz Frota", Mônica Bergamo, 13/11). O jornal não usa a definição correta ao chamar de príncipe o deputado Luiz Philippe de Orléans e Bragança, sem pôr aspas nem sequer acrescentar um "autoproclamado", tal como é feito com Guaidó. Se ele é príncipe, eu sou barão da Vila Clementino.
Daniel Dieb (São Paulo, SP)

O deputado Luiz Philippe de Orléans e Bragança (PSL-SP) discursa enquanto membros do movimento negro erguem os braços em protesto - Pedro Ladeira - 14.mai.2019/Folhapress

Violência
Fico a pensar no silêncio daqueles que moram na zona sul do Rio de Janeiro e apoiam a política de Estado de Wilson Witzel ("No Rio, menina de cinco anos morre ao ser atingida por bala perdida a caminho da escola", Cotidiano, 13/11). Ninguém consegue fazer a simples relação e ver que nenhuma das mortes de crianças foi na zona sul e que nenhuma criança era branca? É por isso que as missas de Nossa Senhora de Copacabana serão coroadas com músicas lindas, regadas a hóstias que transformam almas, mas não humanizam.
Baltasar Gomez Júnior (São Paulo, SP)

Ketellen Umbelino de Oliveira Gomes, de 5 anos, que morreu depois de levar um tiro na tarde desta terça-feira (12) em Realengo - Reprodução

República
A República foi declarada no país para que as elites políticas se livrassem da família real portuguesa. Os republicanos mantiveram a monarquia sob o disfarce de República. Trocaram os títulos nobiliárquicos, mas mantiveram as prerrogativas e a hierarquia da corte. Os prédios governamentais continuaram a ser palácios, o rei virou presidente, cercado de vice-reis na Câmara e no Senado, além dos 11 do Supremo. Todos com poderes imperiais, imunes e inalcançáveis pelas leis. Os duques, marqueses, condes e barões são nossos governadores, ministros, generais. A plebe banca a boa vida da nobreza.
José Tadeu Gobbi (São Paulo, SP)


Bolsonaro x imprensa
"Globo perde participação em verba oficial de publicidade sob Bolsonaro" (Poder, 12/11). Essa notícia serve como um verdadeiro atestado de burrice a quem boicota meios de comunicação que não se curvam ante pressões. Este é um bom momento para quem produz e contrata propaganda nos melhores meios de comunicação assumir uma posição de dignidade e continuar programando os meios boicotados. Talvez assim esses Torquemadas de plantão aprendam alguma coisa. Trabalho em propaganda há mais de 60 anos e nunca vi tanta falta de respeito com o setor.
Humberto Mendes (São Paulo, SP)


Reformas
As reformas tidas como indispensáveis pelo governo estão sendo implementadas. E quando é que as nossas autoridades terão coragem suficiente para enfrentar os poderosos banqueiros, que há décadas têm lucros exorbitantes em nosso país?
Roberto Fissmer (Porto Alegre, RS)

Uma pergunta que não quer calar: congressistas e funcionários do Parlamento também estarão submetidos à reforma da Previdência? E os Legislativos estaduais e municipais? E o Judiciário, em todos os níveis? O Legislativo promulgou a reforma, iniciativa do Executivo. E agora Bolsonaro deverá sancionar a medida que ele próprio gerou. Pode isso?
João Coelho Vítola (Brasília, DF)

Urnas
Em "Desinformação: um risco à democracia" (Tendências/Debates, 13/11), a assessora do TSE Ana Cristina Rosa escreve que o processo eleitoral brasileiro, embora marcado pela celeridade na divulgação dos resultados, tem sido colocado em suspeição, a ponto de criar graves perturbações que põem em risco a nossa democracia. Exagerou. Em nenhuma eleição foi colocada em risco a nossa democracia. Pelo contrário, ela tem se fortalecido. Quanto às urnas eletrônicas, a certeza de que elas são confiáveis é o fato de as pesquisas de boca de urna, na grande maioria da vezes, serem confirmadas pelo resultado final das eleições.
João Henrique Rieder (São Paulo, SP)

Urna eletrônica em seção eleitoral no centro de São Paulo - Folhapress

DPVAT
Bolsonaro vai acabar com o DPVAT, valor que representa um pouco mais de R$ 40 ao proprietário do veículo. O presidente poderia aproveitar a oportunidade e extinguir também o IPVA (cujo valor que representa 4% do preço do veículo), que foi criado com a finalidade de melhorar as estradas mas acabou sendo desviado para outras despesas.
Francisco Stanguini (São Caetano do Sul, SP)


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