Trabalho aos domingos
Maria Cristina Peduzzi, futura presidente do TST, defende o trabalho aos domingos de forma indiscriminada e diz querer “testar a nova realidade”, mesmo reconhecendo que isso não beneficia o trabalhador (“Vamos acabar não distinguindo mais segunda de domingo”, Entrevista da 2ª, 16/12) . Ministros do TST também trabalharão aos domingos? Ou a nova realidade só será testada no lombo do trabalhador?
Luiz Fernando Schmidt (Goiânia, GO)
Absurdas as ideias da nova presidente do TST, para quem não vai ser mais possível distinguir segunda-feira de domingo. Pelo visto, vai endossar, com casca e tudo, a reforma do governo antitrabalhador Bolsonaro.
Carlos Antonio Barroso Mourão (Belo Horizonte, MG)
Com impressionante objetividade, e ancorada em uma pletora de fatos concretos, Maria Cristina Peduzzi justificou a necessidade de se ajustar continuamente a CLT, de 1943, às transformações meteóricas do mercado de trabalho. É isso mesmo, não podemos enfrentar as mudanças do século 21 com a mentalidade do século 20 e as instituições do século 19.
José Pastore, professor de relações do trabalho da USP (São Paulo, SP)
“Vamos acabar não distinguindo mais segunda de domingo”, diz a futura presidente do TST. Vamos quem? A ministra trabalhará aos domingos?
José Marcos Thalenberg, médico (São Paulo, SP)
Excelente a posição da nova presidente do TST. Lembro que, no Brasil, recebemos 14 salários para trabalhar 11 meses.
José Fernandez, aposentado (São Paulo, SP)
Obscurantismo
Sim, um espectro ronda a pós-modernidade: o espectro da volta ao passado (“‘Terrivelmente’ cristãos”, Contardo Caligaris, Ilustrada, 5/12). A ciência ousou projetar um mundo sem obscurantismo, mas o sonho vai se acabando aos poucos. Os terrivelmente fiéis às suas crenças parecem encontrar teto propício para seus devaneios. E, entre falsas notícias e verdades de plantão, novas torturas e fogueiras nunca estiveram tão próximas.
João Luiz Muzinatti (São Paulo, SP)
Mais um ano
Mais um ano termina sem as votações das reformas política, administrativa e tributária. O Congresso está em ritmo de férias, e os parlamentares viajam para suas casas. Nesta reta final, os esforços foram para elevar o fundo eleitoral para R$ 3,8 bilhões. Tudo como se o Brasil tivesse dinheiro sobrando e baixo desemprego. O mais importante para os políticos é garantir muita verba para as campanhas de 2020.
José Carlos Saraiva da Costa (Belo Horizonte, MG)
Teatro
Nós, da Cia. dos Atores, nos espantamos com o equívoco no artigo “Um ciclo virtuoso que deve persistir” (Ilustríssima, 15/12), que noticiava o fim do grupo, em atividade há mais de 30 anos. Em 2020, faremos turnê pelo interior de SP e estrearemos nova montagem no Rio. Nossa sede tem oficinas, espetáculos e mostras para todos os segmentos. Fomentamos a cena num contexto de futuro incerto, e tal erro requer esclarecimentos.
Cesar Augusto, ator e diretor (Rio de Janeiro, RJ)
Brasil e Chile
Sensacional e de humor requintado o quadrão de Luiz Gê publicado na Ilustrada desta segunda (16/12). O Brasil virando o Chile enquanto Paulo Guedes faz suas manobras de arrocho. Parabéns, Luiz Gê.
Thomaz Vita Neto (São José do Rio Preto, SP)
Carnaval
Os repasses para as escolas de samba no Rio de Janeiro vêm do bolso de cidadãos que não se importam com o Carnaval. Esse financiamento deveria ser espontâneo, originário de um sentimento autêntico: quem quiser que o faça com recursos próprios ou por meio de vaquinhas entre amigos (“Moradores do Rio apoiam corte de verba pública para escolas de samba”, Cotidiano, 16/12).
Mário Negrão Borgonovi (Rio de Janeiro, RJ)
Porta dos Fundos
Convenhamos que seria melhor se o grupo Porta dos Fundos usasse sua capacidade e seu humor para denunciar os novos vendilhões do templo, que usam Jesus Cristo para tirar o suado dízimo de seus seguidores.
Luiz Fernando Elias (Cajuru, SP)
Não entendo essa gritaria de religiosos contra o colunista e integrante do Porta dos Fundos Gregorio Duvivier (“Desculpem meu aramaico”, Ilustrada, 11/12). E se Jesus Cristo tivesse sido gay, qual seria o problema? Por acaso a mensagem que ele deixou de amor ao próximo e de compaixão estaria invalidada?
José Valcir da Silva Rodrigues (Rio de Janeiro, RJ)
COP-25
Chantagem do mais baixo nível foi o que o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e sua delegação foram apresentar na COP-25, em Madri, bloqueando negociações importantes na tentativa de arrancar algum dinheiro a mais para o Brasil. Mais uma vergonha para o nosso país, um escândalo (“Após obstrução brasileira, Cúpula do Clima fracassa e adia decisões”, Ambiente, 15/12).
Márcio Peixoto Lauretti (Socorro, SP)
Corrupção
Ao contrário do que afirma o ministro do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli, a operação Lava Jato não destruiu nenhuma empresa. As empreiteiras corruptas continuam atuando normalmente. A JBS também vai muito bem. Os partidos políticos, que são verdadeiros responsáveis pelos desvios de dinheiro público, estão todos aí, corruptos como sempre e agora desfrutando dos bilhões do fundo eleitoral. Ainda falta muito para o Brasil ganhar a guerra contra a corrupção.
Mário Barilá Filho (São Paulo, SP)
Chuvas
Diferentemente do publicado em “São Paulo não tem plano de risco para temporada de chuva” (Cotidiano, 14/12), a prefeitura lançou o plano Chuvas de Verão 2019/20, em 5 de novembro, com cinco novos piscinões, investindo R$ 107,8 milhões. Os investimentos contra enchentes cresceram —R$ 600,8 milhões (2019); R$ 375,1 milhões (2018); R$ 370,7 milhões (2017). O Mapa de Risco foi atualizado, e o sistema de alertas, ampliado, com avisos nas estradas e no aplicativo São Paulo+Segura.
Marcus Sinval, Secom (São Paulo, SP)
Resposta do repórter Thiago Amâncio - O texto mostrou que a cidade não tem o Plano Municipal de Redução de Riscos e por isso é investigada pelo Ministério Público. O plano Chuvas de Verão é outra coisa. Os valores citados são os empenhados, mas que a prefeitura não gastou.
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