Ana Primavesi foi a primeira a dizer que o solo tem vida, lembra leitora

Para leitor, poucos se indignam com a situação do Cristo real

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Ana Maria Primavesi
Morreu a maior cientista de solos tropicais do mundo (“Valorizou o solo, o campo e a vida alternativa”, Cotidiano, 9/1). A primeira mulher a dizer que o solo tem vida (isso na década de 1950), a engenheira-agrônoma que desvendou a vida microscópica dos solos e que até hoje se destaca por seu brilhantismo (e por isso ganhou o prêmio considerado o Nobel da agricultura, o One World Award). 
Virgínia M. Knabben, geógrafa, escritora e professora (São Paulo, SP)

Retrato de Ana Maria Primavesi em parque
A pesquisadora Ana Maria Primavesi, pioneira da agroecologia no Brasil - Reprodução/Facebook

Porta dos Fundos
Como cristão, fico perplexo ao ver tantos cristãos indignados com a situação de um Cristo imaginário e fictício, criado na cabeça de um humorista, e tão poucos indignados com a situação do Cristo real, Aquele que habita corpos nus e maltrapilhos que perambulam pelas ruas das grandes cidades. Corpos famintos, pobres, pretos ou brancos, enjaulados nas masmorras medievais que são as prisões brasileiras. Cristo nu, faminto e preso? Está em Mateus, 25:35-40.
Darcio de Souza (São Paulo, SP)

Não vi associações cristãs repudiarem obscenidades verdadeiras, como as mortes de crianças por balas perdidas e os assassinatos da vereadora por milícias cariocas e de indígenas que resistem à invasão de suas terras. Preferem enxergar obscenidades no reino da ficção. Na versão do Porta dos Fundos, o cristianismo é homossexual e hedonista. Na de tais associações, esvaziado, é mero verniz de civilização de quem pretende impor ao país um caminho que só pode ser percorrido em marcha à ré.
Alceu de Andrade Martins (Carlópolis, PR)

Como é usual em nosso país, desconhece-se a Constituição: o art. 221, IV, determina a todos “os meios de comunicação eletrônica” (art. 222, § 3º) “respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família”. Não é “censura”, mas dever, sempre a posteriori, é claro, conforme art. 5º, IX, numa interpretação sistemática da Constituição (“Supremo derruba censura a especial de Natal do Porta dos Fundos”, 9/1).
Maria Garcia, professora associada livre-docente na PUC-SP e procuradora do estado de São Paulo (São Paulo, SP)


Feliciano
Mais pastor Feliciano em “Tendências / Debates” (“Razão e sensibilidade”, 9/1)? O que a Folha tem contra seus leitores? É um texto pedestre, de um representante do que há de mais atrasado, obscurantista e retrógrado na política brasileira. Não é difícil encontrar no campo conservador nomes de políticos ou de intelectuais com as credenciais necessárias para escrever na Folha sem agredir a inteligência dos leitores. Falar em abstinência sexual no século 21 é de um anacronismo inexplicável.
Luthero Maynard (São Paulo, SP)


Marco Feliciano, em vez de discorrer sobre abstinência sexual, poderia fazer explanações sobre procedimentos odontológicos, assunto do qual tem pleno domínio após investir R$ 157 mil do nosso dinheirinho num simples implante dentário.
Claudio Viveiros (São Paulo, SP)


Merenda
Parabéns à Professora Bebel pela análise pertinente e esclarecedora sobre a questão da merenda na rede estadual de ensino de São Paulo (“Merenda como política de Estado”, “Tendências / Debates”, 9/1). O texto repercute a visão míope e manca do governo do estado sobre a educação, repetida em mais de 25 anos de gestão.
Jonas Nilson da Matta (São Paulo, SP)

A deputada estadual Professora Bebel (PT-SP) - Charles Sholl/Folhapress

Projetos
Bolsonaro continua falando mal do PT porque isso é tudo o que ele sabe fazer (“Mas e o PT?”, Mariliz Pereira Jorge, Opinião, 9/1). Mergulhado no ódio e no ressentimento, não tem projetos para o futuro do país, não tem ideais, mal consegue raciocinar. Simplesmente patético.
Teotimo Júnior Lara  (Belo Horizonte, MG)


Portugal
Excelente a reportagem “Atrações ficam não muito longe dos olhos e bem perto do estômago” (Turismo, 9/1), sobre o norte de Portugal, com detalhes que não se encontram nos guias de turismo. Com reportagens como essa do caderno Turismo —que eu criei há mais de meio século e que é o único que sobreviveu entre todos os cadernos—, a Folha se diferencia do que normalmente se lê sobre turismo.
Horácio Neves, jornalista português (Itu, SP)

Energia solar
Estranho o editorial “Populismo solar” (Opinião, 9/1). Para cada R$ 1 de custo da energia solar fotovoltaica, o setor devolve mais de R$ 3 em benefícios elétricos, econômicos, sociais e ambientais
—com mais arrecadação, geração de emprego e renda (em 2019, foram 92 postos criados por dia) e investimentos em projetos. O dinheiro economizado na conta de luz do consumidor é reinjetado na economia. Um módulo fotovoltaico gera 17 vezes mais energia do que consome em sua produção.
Ronaldo Koloszuk, presidente da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (São Paulo, SP)


Abstinência sexual
Fui evangélico e passei por abstinência até de namoro no início da juventude. Diziam que era para não cair em tentação. A vida e entrevistas com dezenas de jovens que iniciaram a vida sexual tardiamente —ou nunca iniciaram— me mostraram que isso leva ao onanismo, ao vício em pornografia, à zoofilia, à impotência sexual e a diversos distúrbios psiquiátricos. Conheci uma moça que engravidou porque não sabia o que era transar. Não tinha nem TV em sua casa. “Ensinar” abstinência sexual nas escolas pode aumentar o tabu. A gravidez precoce vem de outros fatores.
Rogério de Souza Pires (Umuarama, PR)


Desrespeito
A Apamagis repudia interpretações desrespeitosas sobre o Judiciário que não se atêm à realidade e citam casos pontuais (“A corrupção do Judiciário”, Conrado Hübner Mendes, 9/1). Causa espanto que um constitucionalista critique direitos advindos de trabalho prestado. A lei que prevê férias de 60 dias dita obrigações e restrições aos juízes, impõe exercício da função 24 horas por dia, 7 dias por semana e plantão. Aposentadoria compulsória é pena administrativa prevista. Para corrupção comprovada, a pena é reclusão, com perda do cargo.
Vanessa Mateus, presidente da Associação Paulista de Magistrados (São Paulo, SP)

Boas-festas
A Folha agradece e retribui os votos de boas-festas recebidos de Donata Meirelles e Nizan Guanaes, Paulo Cardim - Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, José Roberto Tadros - Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, Hu Min, conselheiro de imprensa da Embaixada da China, Ivix Value Creation e Melissa Nobre Viana (Fortaleza, CE).

Erramos: o texto foi alterado

Diferentemente do publicado na carta do leitor Alceu de Andrade Martins, a cidade de Carlópolis fica no Paraná, não em São Paulo.

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