Estudo, cultura e pesquisa são temores desse governo, diz leitor

Para leitor, reduzir juros mostra política econômica séria do governo

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Colunistas
Dois textos primorosos na edição desta quarta-feira (5) da Folha. O de Conrado Hübner Mendes ("O medo da liberdade acadêmica", Poder) e o de Gregorio Duvivier ("Brasileiros são os outros", Ilustrada). Parabéns.
José Maria Pacheco de Souza (São Paulo, SP)

Em tempos de desvarios e tramoias, o artigo de Conrado Hübner Mendes aponta para o x da questão. O estudo, a pesquisa e a cultura conduzem ao pensamento crítico, ao avanço científico e social, à liberdade. São esses os temores do governo. Já que estão fora do seu alcance, devem ser portanto cerceados, reduzidos ao sendo comum, a uma questão de fé. Precisam ser moldados e manipulados conforme os seus interesses.
Anete Araújo Guedes (Belo Horizonte, MG)

O presidente Bolsonaro e uma parcela da nossa população têm a mania enviesada de considerar a nossa gente inepta. A qualidade dos nossos produtos, a produção científica das nossas universidades, enfim, tudo o que os brasileiros produzem são, na visão dessas pessoas, inferiores aos do estrangeiro! Por ter fenótipo oriental, quando critico uma pessoa que descarta lixo na rua, sempre sou retrucado: "Você pensa que está no Japão?". Respondo que sou brasileiro nato e que vivo neste país maravilhoso, que muitos maus brasileiros tentam destruir, inclusive o mandatário atual.
Tsuneto Sassaki (São Paulo, SP)


Em comum
O que Donald Trump, Jair Bolsonaro, Luiz Felipe Pondé ("A princesa sem sexo" Ilustrada, 13/1) e João Pereira Coutinho ("Os anjos pornográficos", Ilustrada, 28/1) têm em comum? Odeiam publicamente uma menina sueca de apenas 16 anos. Freud explica!
Mário Lago Cunha (Porto Alegre, RS)

Bolsonaro e os militares
Esse coturno na cara que os brasileiros levaram com essa indecência do arranjo que o governo deu aos militares, principalmente ao alto oficialato, lembra bem o que acontece, segundo a imprensa, na Venezuela ("Ação entre amigos", Opinião, 5/2). Mas o jornal teve um ano para denunciar esse descalabro, pois todos sabíamos que ele iria acontecer. Por que só agora, com o fato consumado, o jornal denuncia essa indecência que já era pedra cantada?
Nicola Granato (Santos, SP)

Nada contra a capitalização de empresas estatais. Melhor do que vender o patrimônio público a preço de banana. Mas salta aos olhos o privilégio para a ala militar. Não está escrito em lugar nenhum que militares sejam melhores que civis. São empregados públicos, pagos e (bem) armados para defender a sociedade, não os seus próprios interesses. 
Rodolpho Motta Lima (Rio de Janeiro, RJ)

Weintraub
"Deputados apresentam pedido de impeachment contra Weintraub no STF" (Educação, 5/2). Até que enfim algo desses parlamentares. Resta saber se o plenário do Senado vai ficar mudo.
Carla Lins (Aracaju, SE)

O Congresso tem sido um esteio da democracia neste ano de trevas, mas desta vez não posso concordar com os deputados. Pedir impeachment do ministro por xingamento? Ele fez coisas muito piores!
Otavio Medeiros (Jundiaí, SP)


Marielle Franco
"Embaixador brasileiro se diz indignado com atenção da França à morte de Marielle" (Mundo, 5/2). O assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista foi o assunto levantado pelas duas parlamentares francesas. Quem tergiversou foi o embaixador brasileiro, que, por não ter explicações acerca do terrível crime cometido em praça pública contra uma legisladora brasileira, um verdadeiro crime contra a humanidade, disfarçou com indagações que nada têm a ver com o assunto. Adotou a tática do diversionismo. Acorda, Brasil! Quem foi o mandante dos assassinatos?
Orlando Gomes de Freitas (São Paulo, SP)

Juros
"Copom reduz taxa básica para 4,25% e sinaliza que juro não cairá mais" (Mercado, 5/2). Eis uma política econômica séria. Uma política que vai viabilizar o mercado, ofertando juros mais baixos para o financiamento de imóveis, veículos, equipamentos e garantir crédito para investimentos etc... Em outras palavras, vai destravar a letargia deixada pelos governos anteriores.
Glabson Coelho (Recife, PE)

O corte nos juros se deve única e exclusivamente à falta de saída do Copom diante de uma economia totalmente estagnada, quase em recessão (vide o resultado recente da indústria). Deve-se ao fato de não haver consumo (as famílias estão sem emprego e renda) e ao desemprego assustador. Não é uma política desse desgoverno, que até agora só fez desmando e não apresentou projeto nenhum para nenhuma área.
Edilson Braga (São Paulo, SP)


Dilma
"'A esquerda terá de discutir com quem defendeu Bolsonaro', diz Dilma Rousseff" (Poder, 5/2), Dilma errou com Levi, errou ao fazer concessões para os juros, errou com as isenções para os empresários, mas errou sempre tentando acertar. Já Bolsonaro erra tentando errar mesmo. Está reduzindo a República a pó.
Marcelo de Lima Sant'anna (Rio de Janeiro, RJ)

Dilma Rousseff em reunião do diretório nacional do PT - Zanone Fraissat - 17.jan.2020/Folhapress

Obesidade
A obesidade é uma doença crônica e progressiva, como o câncer, por exemplo. A estigmatização dos portadores de obesidade, como no título da reportagem "Projeto leva mulheres gordas para desfilar no Carnaval do RJ", é inadequada. Há provas cientificas de que essa inoportuna descrição dos pacientes os discrimina e leva a piores resultados no controle dessa enfermidade. Imaginem por exemplo a manchete: "Projeto leva mulheres cancerosas ao Carnaval". Não soa bem. Por favor, mudem a linguagem. Fará diferença.
Ricardo Cohen, coordenador do Centro de Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz (São Paulo, SP)

Mulheres do Projeto Plus do Samba, que busca desconstruir o corpo padrão da mulher no samba - Zô Guimarães/Folhapress

BNDES
Sobre o texto "BNDES quer concessão do esgoto e água estatal" (Mercado, 5/2), o BNDES esclarece não haver padrão predefinido na modelagem de projetos de saneamento. Após diagnóstico dos municípios, é proposto modelo com o setor privado que assegure investimentos e universalização de serviços. Assim, Acre e Amapá terão concessão plena de água e esgoto. Já nas regiões metropolitanas de Alagoas e do Rio de Janeiro, estatais continuarão a captar e tratar água, e a empresa privada fará a distribuição e o atendimento à população, além de coletar e tratar o esgoto.
Fábio Abrahão, diretor do BNDES (Brasília, DF)


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