Fala de Bolsonaro é praticamente confissão de culpa

População é incapaz de olhar os fatos e interpretá-los com isenção

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Liberdade de expressão
Se Bolsonaro não existisse, teria que ser inventado. Sua pérola mais recente foi dizer que fake news são "liberdade de expressão". Além de absurda, a fala é praticamente uma confissão de culpa —mesmo que mais uma vez ele não saiba direito o que está dizendo.
Francisco J. B. de Aguiar (São Paulo, SP)


Datafolha
("Impeachment de Bolsonaro divide o país, mas presidente mantém base de apoio, diz Datafolha", Poder, 27/4). Uma coisa a pesquisa demonstra de forma inequívoca: como a oposição está desintegrada, sem capacidade de diagnóstico, sem propostas e, o que é pior, sem líderes confiáveis. De positivo em toda essa crise, apenas a solidariedade dos brasileiros para com o próximo.
José Walter Mota Matos (Pouso Alegre, MG)

Os resultados da pesquisa indicam que grande parcela da população é incapaz de olhar os fatos e interpretá-los com isenção. E a pandemia rolando solta.
João Larizzatti (Rio de Janeiro, RJ)

Enquanto houver apoio da elite econômica, o impeachment não sai. Da média da população, 45% já desejam o impedimento. Mas isso só passa quando a elite deseja. Assim, cai por terra o conceito de democracia e sobressaem o da plutocracia e o da necropolítica.
Rafhael Jeronymo Lima Oliveira (Rio de Janeiro, RJ)

Enterro no cemitério Parque de Manaus, - www.fotoarena.com.br

Desculpa aí
A dissonância cognitiva está pegando forte nos eleitores que continuam a apoiar Bolsonaro. Prometeu-nos os melhores ministros, zero tolerância com corrupção, zero possibilidade de se candidatar à reeleição e o fim da velha política. Realidade: quatro ministros técnicos ignorados ou eliminados e ministros do naipe de Ernesto Araújo, Abraham Weintraub e Marcelo Álvaro ainda gozando da sua confiança. De seus filhos nem se fale... (lá vem a PF). Flerta com uma interpretação pessoal dos fatos, concentra todos os esforços visando 2022 e, assim, abraça multidões e os profissionais da velha política. Estamos ferrados. De minha parte, eleitor de Bolsonaro, peço desculpas.
Clive L. C. Ashby (São Paulo, SP)

STF
Celso de Mello agiu de forma absolutamente correta, pois os supostos crimes de Moro só passam a existir se, comprovadamente, ele tiver mentido em suas acusações contra o presidente ("Celso de Mello ignora possíveis crimes de Moro e manda recados só a Bolsonaro em decisão no STF", Poder, 28/4). Se ele comprovar o que disse, não há nada a investigar.
Noeli Tejera Lisbôa (Porto Alegre, RS)

Dois ilustres ministros do Supremo Tribunal Federal manifestaram-se sobre a demissão de Moro: "... é o arrefecimento do esforço de transformação do Brasil" (Luís Barroso) e "... só posso afirmar que cresceu minha admiração pelo ministro" (Marco Aurélio Mello). Datíssima máxima vênia, mas manifestações assim, emitidas por dois integrantes da mais alta corte, apenas contribuem para desmerecê-la. O que é lamentável.
Gary Bon-Ali (Rio de Janeiro, RJ)


Isolamento
Nem Cuba, nem Venezuela, nem Argentina. A continuar essa ganância e irresponsabilidade social, o Brasil será um Estados Unidos em número de mortes pela Covid-19 —e como consequência terá um elevado número de órfãos pobres ou na extrema pobreza.
Isabel Terezinha Ferronato (Blumenau, SC)


Como da primeira vez
O leitor Geraldo José Dultra ("Painel do Leitor", 25/4) lamenta nunca mais poder olhar nos olhos de Bolsonaro como da primeira vez. Um flerte que o levou a acreditar e votar nele. Faltou esclarecer se o fato se deu antes ou depois de Bolsonaro enaltecer o torturador Brilhante Ustra, reafirmando que a ditadura matou pouca gente e deveria ter matado 30 mil, incluindo FHC. Será que o leitor viu só suavidade nos olhos do capitão? Quando o diabo reza é porque quer te enganar.
Edson José de Senne (Ribeirão Preto, SP)


Vírus
O Brasil enfrenta duas pragas: a pandemia do coronavírus e a epidemia do bolsonavírus. Enquanto a primeira, que já contaminou 72 mil pessoas, está na fase de crescimento, a segunda, que contaminou 50 milhões, teve o pico no fim de 2018 e está, felizmente, em declínio, com imunidade de rebanho já comprovada. A Covid-19 ataca o pulmão e pode matar; a Bolsovid-18 ataca o cérebro e mantém o indivíduo em estado psicótico, com mania de perseguição e crenças messiânicas. Não há vacinas contra elas. E enquanto uma está sendo pesquisada pela ciência, a outra está quase pronta pela segurança pública.
Walter Celaschi (Valinhos, SP)


Enquanto
Enquanto cadáveres se acumulam em corredores de hospitais e governos estaduais e municipais compram câmaras de refrigeração para conservar corpos até que possam ser enterrados—em valas comuns e em camada—, Bolsonaro se apressa em garantir que ele e seus zeros à esquerda sejam blindados de suas maracutaias milicianas e outras mais.
Rita Lopes (São Paulo, SP)

Verdadeira cara
Enfim o presidente eleito para combater o crime organizado e a corrupção mostra sua verdadeira cara ("Bolsonaro confirma Mendonça na Justiça e Ramagem, amigo de seus filhos, na Polícia Federal", Poder, 28/4). Esse povo todo que o elegeu foi rifado. O Brasil foi rifado. Bolsonaro não se reelege, mas o estrago é grande.
Edison Gonçalves (São Paulo, SP)

É prerrogativa do presidente da República nomear ministros de Estado e o chefe da Polícia Federal. Quem gosta de ver terroristas e corruptos nomeados para cargos assim que vote no PT novamente em 2022. Até lá, que se respeite a democracia.
Olavo Cardoso Júnior (Marília, SP)

O novo ministro da Saúde, Nelson Teich - Lucio Tavora/Xinhua

Nos desenhos do Scooby-Doo, Fred sempre desmascara o malfeitor, que quase sempre é alguém já conhecido de todos. E desta vez não foi diferente. Parabéns à turma do Scooby-Doo e a João Montanaro por nos presentear com a ótima lembrança na sua excelente charge.
Josenir Teixeira (São Paulo, SP)

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