Leitor elogia editorial da Folha que critica Weintraub

Incrível que no séc. 21 tenhamos que defender a ciência, diz leitor sobre cloroquina

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Lorpa
Gosto de ler esta Folha por vários motivos, mas destaco o aprendizado diário da complexa língua portuguesa. Nada mais adequado que o uso do adjetivo "lorpa" para descrever o ministro da Educação (editorial "Um caso clínico", 7/4). Fui ao dicionário: "lorpa = que ou aquele que demonstra ser pouco inteligente, que ou aquele que é desprovido de vivacidade, de vigor; imbecil, idiota, palerma".
Luiz Antonio Pereira de Souza (São Paulo, SP)

É surreal. De um lado, um esforço monumental para combater uma pandemia --apesar da enorme pressão de empresários e de membros do próprio governo, a começar pelo presidente da República. Do outro lado, um moleque xenófobo, irresponsável e que cria problemas com o único fornecedor dos equipamentos de que precisamos neste momento —e que é o nosso maior parceiro comercial. E o primeiro é que corre risco de demissão...
Luiz Henrique de Andrade Costa (Rio de Janeiro, RJ)

Abraham Weintraub, ministro da Educação - Adriano Machado - 15.mai.2019/Reuters

Cloroquina
Bons estudos são randomizados, duplo cegos e controlados com placebo para ter evidência real ("Taxa de mortes com cloroquina equivale à de quem não usa, diz estudo preliminar da Fiocruz", Mônica Bergamo, 7/4). Quero ver alguém assinar autorização para fazer parte do grupo de controle neste momento.
Eitan Berezin (São Paulo, SP)

Problema, hipótese, testes, testes e mais testes. Se for preciso, repita o procedimento. Isso é o básico do básico do processo científico. Mas os bolsonaristas nunca vão entender, ainda estão na Idade Média, achando que penitência —"remédio" prescrito para problemas da alma (mas só para quem acredita, que fique claro)— resolve também doenças do corpo. Incrível que em pleno século 21 tenhamos que defender a ciência.
Samuel Correa Duarte (Grajaú, MA)

Comprimido de hidroxicloroquina - Saulo Angelo/AM Press & Images/Folhapress


O fato é que existe luz no fim do túnel com o uso da hidroxicloroquina. Não temos tempo para esperar que testes clínicos sejam publicados. Podemos estar perdendo a chance de salvar milhares de vidas. Essa discussão tem que ser feita de maneira desapaixonada e sem nenhum cunho político. A droga é usada há 70 anos e é bem conhecida. Não se trata de um mero achismo. Se tivermos 1% de chance de salvar uma vida, por que não tentar?
Carlos Sidney V. Lins (Manaus, AM)


Aluguel
Existe um grupo social, esquecido pelos governos, do qual eu faço parte. Atualmente vivo do aluguel de dois imóveis comerciais, que estão fechados por conta da pandemia. Meus inquilinos, para cumprir as leis de preferência, pagaram tudo, menos o proprietário, como deve estar acontecendo com muitos iguais a mim. Mas eu também preciso comer, pagar luz etc... Esta parcela da população está a deriva.
Roberto Moreira da Silva (São Paulo, SP)

Dois almoços
Brilhante e impecável o arrazoado filosófico do colunista Hélio Schwartsman em "Domingo almocei duas vezes" (Opinião, 7/4). Parabéns!
João Guizzo (São Paulo, SP)

Hélio Schwartsman poderia poupar e respeitar os cristãos na coluna de 7/4. Parei de ler nas primeiras linhas, quando o ilustre jornalista disse que, se existe um "deus" —com letras minúsculas mesmo—, a culpa pela epidemia era dele. A culpa por tantas mazelas que acontecem no planeta é do próprio homem, que usa seu livre-arbítrio de forma errada.
Claudio Fernando Pizzi (Santos, SP)


Dia do Jornalista
Meus sinceros cumprimentos a quem exerce a profissão com competência e verdade, apesar das circunstâncias nem sempre favoráveis. Parabéns, jornalistas, pelo dia 7 de Abril
Rosana Garcia (São Paulo, SP)


Bolsonaro x Mandetta
O cara tinha tudo na mão para fazer um governo no mínimo regular. A sua equipe (há algumas exceções) é boa e técnica. Acho que seria uma questão de tempo, de boca fechada (incluindo filhos) e de ouvidos atentos para que as coisas se arrumassem. Enfim, agora o que nos resta é assistir a essa comédia ("Em reunião, Bolsonaro e Mandetta expõem divergências, e ministro se recusa a assinar decreto", Poder, 7/4).
Guilherme Ruther (São Paulo, SP)

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta - Pedro Ladeira/Folhapress



A recusa de Mandetta em aprovar a hidroxicloroquina é repugnante. Vai assassinar milhares de pessoas por causa de um medo de que o remédio não faça o efeito prometido, e não porque o remédio não seja seguro --ele existe há 70 anos. Quem tem plano de saúde ou dinheiro para pagar um hospital do nível do Albert Einstein vai se salvar. O pobre vai morrer pelo SUS.
Douglas Ferreira Bykoff (São Caetano do Sul, SP)

"David Uip se recusa a responder se tomou cloroquina contra coronavírus" (Saúde, 7/4). Neste ponto Uip tem razão: o que ele tomou ou deixou de tomar só diz respeito a ele. Cabe a cada um decidir.
Jackson de Moura Ferro Silva (Itajaí, SC)

O coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus em SP, David Uip - Governo do Estado de Sao Paulo


Isso não tem importância nenhuma. O que um determinado médico usou num tratamento não pode servir de parâmetro para políticas públicas de saúde. Política de saúde não se faz assim. Isso é populismo barato.
Claudio O. L. Carvalho (Rio de Janeiro, RJ)


Mera ficção
Thiago Amparo é brilhante. Com rara ironia, pôs o dedo na ferida ("Guia Covid-19 para milionário", 6/4). Que esperar de um país cujos lucros e dividendos não pagam Imposto de Renda e o assalariado é descontado na fonte? Que dizer então dos cortes nos vencimentos dos servidores públicos? Acasos são responsáveis pela pobreza do Brasil —com o vírus ou sem ele? O Brasil está condenado a continuar um país pobre porque é dominado pela plutocracia. O povo é mera ficção.
José Rubens Barbosa Júnior (São Paulo, SP)

Muito bom o texto do colunista Thiago Amparo. Somente os pobres fazem sacrifícios. E os ricos, muito ricos? Somente agora, com o coronavírus, o governo, os ricos e a imprensa descobriram que a estrutura da nossa pirâmide social é de uma pobreza crônica? Seria piada, se não fosse trágico. O problema maior foi quando empregadas domésticas começaram a viajar para a Disney...!
Giane Maria de Souza (Joinville, SC)


Jejum
Ótimo o artigo de Marcos Nogueira ("Cheerleaders de Cristo avacalharam o jejum, eu não", Poder, 6/4). Este leitor riu muito e agradece ao colunista por fazer este começo de semana, que seria santa, de forma mais amena em meio ao horror e à iniquidade que assolam este nosso país.
Carlos Alberto de Lima (Natal, RN)

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