Leitores criticam médico por texto sobre cloroquina

Autor vê solução milagrosa para problema que é muito complexo, diz leitor

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Cloroquina
Respeitosamente, falta ao biólogo Paolo Zanotto o conceito fundamental que se aprende na primeira aula do curso de medicina: "primeiro, não fazer mal". Falta ainda respeito à importância da medicina baseada em evidências ("Numa guerra, não faz sentido aguardar publicações científicas", Saúde, 8/4).
Guilherme Ludovice Funaro (São Paulo, SP)

Nos países onde as pessoas estão morrendo aos milhares, como nos Estados Unidos, não estão usando em massa? É a prova de que não é esse milagre todo --mas, como teste, ok.
Hercílio Silva (Brasília, DF)

Lia com bastante interesse o artigo do dr. Paolo Zanotto sobre o emprego da hidroxicloroquina até deparar com a afirmação de que o comportamento do dr. Mandetta no assunto é "vergonhoso e criminoso". Então parei e pensei comigo: existe tratamento para o ódio?
Luiz Carlos de Souza (São Paulo, SP)

Não é preciso ser um especialista para entender que o artigo de Paolo Zanotto vê uma solução milagrosa para um problema que é muito complexo. Medicamento, quem decide, é o médico, para cada paciente. Transformar isso numa política pública não faz sentido. Numa situação como essa, toda patente em discussão deveria ser quebrada a priori. Alguém poderia dizer que a expectativa do lucro poderia incentivar a descoberta da cura, mas o risco do engodo e seus possíveis danos fazem não compensar esse jogo.
Cristiano Jesus (Americana, SP)

Realmente, o fanatismo é cego. Bastou haver um alinhamento ao que o presidente da República defende para que incompetentes na matéria, de uma hora para outra, tornassem-se Nóbeis em medicina, com autoridade para atacar o autor do artigo e ofendê-lo. Não necessitam cloroquina, mas, sim, de tratamento psiquiátrico. Respeitar discordâncias denota inteligência, mas nem todos a têm.
Marcos Serra (Porto Alegre, RS)

Livre-arbítrio
Os leitores da Folha, acostumados que estão à pluralidade de ideias expostas no jornal, deveriam respeitar o pensamento agnóstico de Hélio Schwartsman (Opinião, 7/4) em vez de culpar o livre-arbítrio do ser humano pelas mazelas que ocorrem no mundo ("Painel do Leitor", 8/4). Que livre-arbítrio? Aquele que tem o sem-teto, no último degrau da escada humana? O que tem aquele que é doutrinado desde o nascimento em templos que prometem fortuna financeira aos fiéis?
Gésner Batista (Rio Claro, SP)


Favela
O governo está jogando todas as fichas nas próximas duas semanas, dificultando ao máximo a liberação da exorbitante quantia de R$ 600 para obrigar os escravos modernos a voltarem ao trabalho ("Com comida no fim, moradores de favela contestam Bolsonaro", Cotidiano, 8/4).
Maria Amália Couto dos Santos (Taquari, RS)


Colunistas
Fiquei muito feliz ao ver que o doutor Esper Kallás é novo colunista ("Um tratamento da Covid-19 pelo sangue", Cotidiano, 8/4). Mesmo não sendo da área da saúde, acompanho seu trabalho há algum tempo e admiro muito a maneira como tenta fazer a medicina inteligível aos leigos. Certamente lerei sua coluna semanalmente.
Juliana Souza Silva (São Paulo, SP)

Esta pandemia passará, e outras virão. Não tenhamos dúvidas a respeito disso. Mas parabenizo Ilona Szabó de Carvalho, que consegue pensar não só no depois desta tempestade mas em como devemos nos preparar para as próximas ("Ninguém pode ficar para trás", Saúde, 8/4).
Rogério de Mendonça Lima (Goiânia, GO)

Espero ansiosamente toda quarta para ler Gregorio Duvivier. Rir, refletir, chorar e me deitar em posição fetal enquanto choro e penso que o mundo é o Titanic afundando e não tem bote para todos ("Desiste do 'Rei Lear'", Ilustrada, 8/4).
Larissa Geovanna Alves de Oliveira (Manaus, AM)

O texto de Marcelo Coelho foi um sopro de sanidade ("Gurus da esquerda deliram, e não de febre", Ilustrada, 8/4). Delírios não são privilégios da direita, e a tentativa de entendimento de um fenômeno histórico e social complexo como a atual pandemia não pode ser feita a toque de caixa. Suportamos com dificuldade a imprevisibilidade. As tentativas de retomar rapidamente o entendimento sobre o que está acontecendo e o que virá a seguir devem se sobrepor às crenças aos fatos.
Paulo Fernando Pereira de Souza (São Paulo, SP)

Brilhante a coluna de Conrado Hübner Mendes ("Pandemia escancarou campanha permanente de Bolsonaro contra o Estado", 8/4), que representa uma perfeita radiografia do governo Bolsonaro. Mostra que a balela de acabar com o toma-lá-dá-cá não passou de uma justificativa para cooptar as Forças Armadas, um dos aspectos da destruição do Estado brasileiro.
Cesar Augusto da Conceição Reis (Belo Horizonte, MG)

Destruição
Não bastasse Weintraub destruir as universidades públicas e a educação, esse despreparado e inconsequente, como seu chefe, não tem o direito de querer destruir as relações comerciais com a China, o que trará sérias consequências para a população. Aonde esses loucos querem chegar? Vão disputar quem conta mais cadáveres? Que se tire esse senhor desse importante ministério antes que seja tarde demais. Que se deixe só Bolsonaro, mas como rainha da Inglaterra.
Henrique Ventura dos Reis (Rio de Janeiro, RJ)

Concessões em SP
Como assim a Ecovias se compromete a devolver R$ 650 milhões aos cofres públicos sendo R$ 450 milhões destes em obras? A empresa não está obrigada a investir em obras nas rodovias das quais é concessionária?
Antonio Carlos Orselli (Araraquara, SP)

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