'Nada temos a temer exceto as palavras': leitor relembra frase de Rubem Fonseca

'Vamos ler Rubem Fonseca. Vamos ouvir Moraes Moreira', invoca leitor da Bahia

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Rubem Fonseca
Que notícia triste. Morreu o maior contista brasileiro. Meus sentimentos à família e aos amigos. Nós, leitores, também estamos de luto ("Rubem Fonseca, criador de livros precisos e brutais, morre aos 94 anos", Ilustrada, 15/4).
Jarbas Vasconcelos (Fortaleza, CE)

Rubem Fonseca, em 1987 - Folhapress



Há uma frase indelével de Rubem Fonseca em "O Caso Morel": "Nada temos a temer exceto as palavras". Ela vai ao encontro do célebre brocardo britânico: "Careless words costs lives".
Alberto A. Neto (Fortaleza, CE)

Puxa, ontem mesmo olhei meu "Bufo & Spallanzani" na estante... Grande perda.
Aparecido Guedes Ferreira (Curitiba, PR)

Rubem Fonseca, em 1975 - Paulo Moreira/Agência O Globo


Vamos ler Rubem Fonseca. Vamos ouvir Moraes Moreira. Nossa realidade é infinitamente mais chocante do que a arte e a ficção.
Malcom Rodrigues (Feira de Santana, BA)


Mandetta
Mandetta, não peça demissão ("Formulador da estratégia de combate ao coronavírus pede demissão do Ministério da Saúde", Poder, 15/4). Deixe o presidente arcar com o ônus da sua saída. Ele está perdido no tempo e no espaço. Já apoiei este governo, mas ele perdeu o meu apoio e o de muitos.
José Edmar (Maceió, AL)

O presidente disse na campanha que todos seus ministros seriam "técnicos e competentes" em suas áreas e que ele obedeceria as decisões. Não está cumprindo. Meu colega de profissão já deveria ter saído, assim como os outros bons ministros. Ficar neste governo? Como? Espero lideranças arejadas na próxima eleição, ou estaremos condenados a sempre votar contra alguém, e não a favor do melhor.
João Aris Kouyoumdjian (São José do Rio Preto, SP)


Lá e cá
Na terça, a Folha publicou o discurso que Macron fez aos franceses sobre as medidas que iria tomar contra o coronavírus; em outra matéria, mostrou que Bernie Sanders declarou apoio a Joe Biden nos EUA. São textos que nos permitem perceber a distância abismal que separa aquelas manifestações das do nosso atual presidente. Haja vergonha (e inveja).
Paulo Silveira (São Paulo, SP)


Medicamentos
"Governo diz que testará remédio contra coronavírus com 93,4% de eficácia em ensaios com células" (Saúde, 15/4). Notícias ótimas, mas, mesmo com um tratamento eficiente, é preciso lembrar que o teste está sendo feito com cinco dias de tratamento mais nove de acompanhamento. Se cada doente grave ficar cinco dias num hospital, não haverá leitos suficientes para todos. O aumento da testagem é uma solução necessária para acompanharmos o número real de casos.
Diego Rodrigues Azevedo (Brasília, DF)

O mundo inteiro está pesquisando, e aí vem o pessoal deste governo, composto quase que exclusivamente por pessoas de pouco intelecto (para usar um eufemismo), descobre uma cura milagrosa e já sai testando. Não sou da área médica, mas tenho certeza de que não é assim que funciona. Onde o estudo foi publicado? Quem pesquisou? Em menos de dois meses eles conseguiram algo tão inédito que já pode ser testado em humanos?
Ana Archer (Joinville, SC)

À margem
É uma pena que se fez necessária uma pandemia para valorizar profissionais que estão na linha de frente dos cuidados com pacientes. Agradeço a deferência do doutor Drauzio Varella em "As enfermeiras" (12/4), em que relata a importância desses profissionais, que historicamente sempre estiveram à margem do reconhecimento na cadeia assistencial.
Cristina Ramos Rodrigues, enfermeira (São Paulo, SP)


Cloroquina x quarentena
A reportagem "Guerra entre 'cloroquiners' e 'quarenteners' reinventa polarização na pandemia" (Poder, 15/4) erra ao tentar analisar um fenômeno social complexo. Ao tachar como polarizado um contexto complexo, alimenta a ideia de que somos regidos por um sentimento dicotômico. Expressões toscas como quarenteners e cloroquiners ajudam a rebaixar a linguagem e, consequentemente, todo o debate.
Diego Navarro de Barros (São Paulo, SP)

A Folha poderia fazer uma pesquisa sobre o "nível" de conhecimento sobre a Covid-19 --e seu impacto na saúde pública mundial e brasileira-- entre os favoráveis à cloroquina e os favoráveis à quarentena para revelar em números a ignorância daqueles em relação a estes.
Matheus Felipe da Silva (Londrina, PR)


Digital
Quando a Receita vai lembrar de prorrogar o vencimento dos certificados digitais? Os empresários têm a obrigação de validar anualmente o certificado NFE e, a cada três anos, o e-CNPJ e o e-CPF, todos com datas distintas. Parece que o governo se esqueceu da Covid-19 e de que existem empresários no grupo de risco. Tudo o que pedimos é um adiamento de três meses.
Martins Tumkus (São Paulo, SP)


Mensalidade escolar
No debate promovido pela Folha sobre mensalidades de escolas ("Tendências / Debates", 11/4), faltou dizer que as instituições privadas de ensino superior estão mantendo a estrutura de horários e de professores, adaptando cursos presenciais para formatos online e ao vivo, com investimentos em novas tecnologias, e ainda apoiando os alunos em dificuldades financeiras para continuar a oferecer educação superior a toda uma geração de brasileiros.
Rodrigo Capelato, diretor-executivo do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo (São Paulo, SP)


PGR
A lista tríplice em que os próprios procuradores indicam aquele que acreditam ser o mais preparado para gerir a instituição só foi amplamente respeitada durante os governos Lula e Dilma. Até Michel Temer escolheu a segunda mais votada da lista. Jair Bolsonaro ignorou totalmente a lista e colocou na Procuradoria Geral da República alguém em total acordo com suas ideias obscurantistas e antidemocráticas --e foi muito pouco questionado à época da escolha. Dizer agora, em editorial ("De braços cruzados"), que o procurador-geral se omite diante das atitudes irresponsáveis de Bolsonaro é constatar que ele está fazendo o papel para o qual foi destinado desde o início.
Márcio Cristiano Alexandre (Londrina, PR)

O editorial "Braços cruzados" afirmou que Augusto Aras "defendeu a competência do governo federal, tomando o partido do presidente" contra estados e municípios no combate à Covid-19. O PGR defendeu perante o STF que União, estados e municípios definam medidas de forma conjunta e coordenada. Aras afirmou que o presidente não pode afastar atos de governadores e prefeitos. Tal equívoco compromete o editorial, pois demonstra a atuação independente do PGR.
Layrce de Lima, secretária de Comunicação da PGR (Brasília, DF)

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