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Pintar a casa todo dia um pouquinho; o que leitores da Folha fazem para esvaziar a mente na pandemia

Cozinhar, desenhar e meditar são algumas das estratégias relatadas para não pirar com o isolamento social

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São Paulo

Em um momento como o que estamos vivendo, de isolamento social por causa da pandemia do novo coronavírus, é comum que a saúde mental fique perturbada. É importante, portanto, cuidarmos dela para diminuir os possíveis impactos.

Nesse contexto, a Folha quis saber dos leitores qual técnica estão usando para esvaziar a mente em meio à pandemia.

Além de assistir a vídeos e séries, eles citaram cozinhar, desenhar, ler, estudar e ouvir música. Praticar exercícios físicos, fazer meditação e ioga também foram mencionados.

Houve até quem aprendeu trabalhos manuais e resolveu fazer máscaras por aí.

Leia a seguir os relatos de leitores da Folha.

Cerca de 18,6 milhões de brasileiros sofrem de ansiedade
Cerca de 18,6 milhões de brasileiros sofrem de ansiedade - Flickr

“Como estou de home office, eu passo o dia um pouco ocupado. De qualquer forma, o volume de trabalho diminuiu muito nesse momento, então, procurei um curso on line sobre um conteúdo que me agradava. Nos horários sem trabalho, assisto ao curso e vou aprendendo.

Ao finalizar meu horário de trabalho, eu acabo levando meu cachorro para passear porque ele tem ansiedade e precisa andar um pouco, caso contrário, nem sairia de casa também. Ao voltar, leio por uma hora um livro e depois vou tocar bateria.

Na últimas horas do meu dia que sobram, eu jogo um pouco de videogame com meus amigos, onde posso conversar e rir um pouco. É o que mais me distrai. Assim como, nos finais de semanas, assistimos algum filme em serviço de streaming juntos, usando chamadas pelo computador. Vamos comentando, conversando e rindo. Distrai e mato um pouco a saudade dos amigos!”. (Guilherme de Paulo Almeida, de São Paulo, SP).

“Passo os meus dias de confinamento fazendo máscaras para pessoas carentes. Também leio meus livros favoritos, assisto a filmes alegres e cuido da minha casa. Mas nada se compara à alegria de saber que estou ajudando quem realmente precisa. Sei que vai chegar a hora em que as pessoas não vão ter o que comer, então vou acrescentar cestas básicas para doação. É o mínimo que podemos fazer”. (Ana Marques, de Jundiaí, SP).

“Minha técnica para esvaziar a mente em época de pandemia? Pegar minhas canetas e fazer o que mais gosto! Desenhar!” (Antônio Lisboa, do Ceará).

“Logo no início, em março, fazia todos os dias um pouco de ioga pela manhã, ouvia muita música, dançava, via e lia muito noticiário, lia diversas opiniões de jornalistas e especialistas, participava dos panelaços, fazia bolo dia sim dia não.

Tentei ler dois livros, mas a ansiedade foi ficando enorme e não conseguia me concentrar em mais nada.

Diminuí o noticiário, escolhi um horário do dia para acessar qualquer notícia. Virei voluntária em uma causa social, que me tomou muito tempo, pois é um trabalho e quando vi estava mais ansiosa ainda.

Continuei a ioga, a fazer bolos, diminui drasticamente as redes sociais e noticiário, me mantive na causa, mas diminuí a intensidade e horas de dedicação e, na paralela, aprendi dois trabalhos manuais que antes nunca tive saco. Aprendi a usar minha máquina de costura parada há anos e comecei a fazer máscaras de tecido para doação. Fiz mais de 100 para moradores de rua.

Também aprendi a tricotar. Fiz mantas para meus gatos. Percebi que estas duas atividades manuais que exigiam atenção, mas eram simples e repetitivas, me fizeram relaxar, não pensar em mais nada e a ansiedade diminuiu”. (Christiane V Calil).

“Nesse momento, eu comprei tintas, enquanto estava aberto as lojas de materiais de construção, para pintar aqui em casa. Comprei tinta para parede, para madeira e para ferro, então, todo dia eu pinto uma grade, uma porta e vou criando assim meu passatempo, além de ser uma ótima terapia”. (Max Baraúna, de Itacoatiara, AM).

“Em tempos desafiadores fortaleço minha mente com orações, leituras edificantes, ioga, desenho, jogo e brincadeira com minha filha de 12 anos. Brinco com minha cadela Mel, faço e testo receitas, canto e toco com minha filha. Elevo o pensamento e não vibro no medo.

E, acima de tudo, faço exercício diário de gratidão. Assim, caminho tentando passar mais rápido pelos momentos de sentimentos ruins e freando nos momentos de sentimentos felizes”. (Mônica Andrade, de Juiz de Fora, MG).

“Olá, meu nome é Antonio Vergani, tenho 70 anos completos em 07/11/2019 e moro sozinho. Sou gaúcho e resido em São Paulo desde o ano 2000. Tenho dois filhos, um casado com um casal de filhos de 3 e 5 anos, que mora em Porto Alegre (RS), outro que faz um MBA em Chicago, nos EUA, e uma filha que mora em Florianópolis (SC).

Tenho ocupado minha mente nestes tempos de confinamento em virtude do Covid-19 na cozinha. Elabora pratos caseiros de comidas variadas que vão de um simples risoto com moela de frango a uma feijoada. Registro todos os passos em vídeo e depois mando para os filhos, netos e amigos. E assim o tempo passa e eu me divirto e divirto a quem recebe meus vídeos.

Não podemos nos entregarmos para o vírus de maneira alguma!” (Antonio Vergani, de São Paulo, SP).

“As minhas técnicas para esvaziar a mente em meio à pandemia é: estudar, cozinhar, assistir a documentários, criar playlists no Spotify e praticar mindfulness”. (Marcella Aline Toledo, de São Paulo, SP).

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