Leitores comentam o ato de domingo em São Paulo

Protestos nos EUA são alvo de comentários

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Queremos mais
Nesta segunda-feira (1º), o dia amanheceu radiante; o primeiro caderno da Folha gritava para avisar que a democracia no Brasil, que parecia estar encurralada, começava a despertar. Viva Celso de Mello, viva a torcida do Corinthians, viva a torcida do Palmeiras; saudemos a chuva de manifestos. Queremos mais. Tal como em 1984, lotemos as ruas e praças: desta vez, para aprendermos a escolher melhor nossos representantes e afastar ameaças à democracia orquestradas por um grupo de radicais celerados.
Paulo Silveira (São Paulo, SP)

Bolsonaro
As instituições democráticas devem acionar os organismos internacionais para que observem as manifestações no Brasil. E devem observar especialmente as polícias militares, que, ao que parece, se posicionaram como polícias políticas neste domingo.
Ricardo Vieiralves (Rio de Janeiro, RJ)

Assim como fui contra o impedimento de Dilma, sou contra o de Bolsonaro também --a não ser que ele queira implantar uma ditadura. Presidente eleito tem que terminar o seu mandato.
Valdeci Prado de Oliveira (Mogi das Cruzes, SP)

O ato não será contra o governo, mas, sim, a favor da democracia e contra o golpe de Estado. Nenhuma pessoa eleita por voto direto deveria considerar a pauta contra o governo.
Fernando José da Costa Brito (Rio de Janeiro, RJ)

O cavalo sem cavaleiro, como queria Mário Quintana - Fabio Berti/Adobe Stock

Bolsonaro ginete fez-me lembrar de uma frase singela e linda do poeta Mário Quintana: "Como seriam belas as estátuas equestres se constassem apenas dos cavalos".
José Roberto Machado (São Paulo, SP)

Bolsonaro é a crise. Sua atuação está retardando a reabertura econômica. Quando essa ficha cair para o empresariado, Bolsonaro cai. Frente ampla já. Impeachment já.
Nilson Alves dos Santos (Brasília, DF)


Pela democracia
Em sua análise nesta segunda-feira sobre as manifestações pró-democracia na avenida Paulista ("Confusão com torcidas é tudo o que o presidente queria neste momento", Poder, 1º/6), Igor Gielow comete um grande equívoco e uma enorme injustiça ao escrever que as torcidas organizadas são os bolsonaristas com uma camiseta de time. Estive lá com a camisa do tricolor. Palmeirenses e são-paulinos estiveram juntos com a Democracia Corinthiana numa confraternização pacífica pela democracia. E, além disso, o coronel Camilo, em entrevista à CNN, informou que foram os bolsonaristas que começaram o tumulto.
Odilon Guedes (São Paulo, SP)


Cinema
Ruy Castro brilha até na nostalgia ("Ex-maior do que a vida", Opinião, 1º/6). Materialmente, a minoração do cinema iniciou-se quando um salão foi transmudado em três salinhas cheirando a pipoca rançosa. O glamour da ida ao "movie" foi então para o brejo, desbancado pela televisão pelo videocassete e que tais. Fica a saudade. Parabéns, cronista.
M. Inês de Araújo Prado (São João da Boa Vista, SP)


Racismo
Donald Trump está entre os fidelizados, e a realidade que se coloca diante dele é o mesmo caminho que Jair Bolsonaro criou por aqui ("Governadores devem prender manifestantes ou vão parecer 'babacas', diz Trump", Mundo, 1º/6). A visão nos extremos se torna bastante estreita e radicalizada. Acho difícil que saia de lá ou daqui carisma, confiança e mudanças efetivas de pacificação ou de comportamento.
Marília Maia (Belo Horizonte, MG)

"Casa Branca fica às escuras em nova noite de violência nos EUA" (Mundo, 31/5). O prefeito de Washington diz que o sentimento é legítimo, mas a forma de se manifestar não. Ele queria o quê? Que as minorias oferecessem rosas para os seus opressores?
Victoria da Silva (Brasíl Brasília/DF)

Deixou há muito de ser um protesto de cunho racial. O documentário "Uma Nação Estressada", da HBO, é um estudo médico sobre as raízes da decadência norte-americana e mostra que a esperança de vida de negros e brancos se aproxima cada vez mais e que drogas, álcool e suicídios destroem corações e mentes. Trump se tornou a última fronteira de um esquema que não se sustenta mais. O pensamento único se esfacela como um castelo de cartas.
Sérgio José Dias (Rio de Janeiro, RJ)

É o declínio do império americano em franca efervescência. Não bastassem as muitas faces insanas do capitalismo, os norte-americanos ainda elegeram um insano para governá-los. Está aí para todo o mundo ver, e sem essa de culpabilização rasteira dos comunistas, como se faz pelas bandas de cá. O pior de tudo é que o líder da caterva que nos governa reverencia Donald Trump e suas macaquices de modo solene, com direito a prestar continência à bandeira norte-americana.
Paulo Watrin (Belém, PA)

É muito interessante verificar o processo dialético social acontecendo. É preciso colocar na cabeça das elites que as coisas não são imutáveis. Elas mudam de uma maneira ou de outra. No caso brasileiro, não é humano que a absurda desigualdade social permaneça. A Revolução Francesa deu fim à realeza e o mundo evoluiu socialmente. Ou esse capitalismo selvagem muda para melhor ou será destruído. Vejam suas consequências no Brasil.
José Roberto Martins Filho (Belo Horizonte, MG)


Pandemia
Bolsonaro deve estar feliz da vida. Agora temos a segunda posição, somente atrás dos EUA do seu amado Trump ("Brasil ainda não chegou ao pior da pandemia, diz OMS", Saúde, 1º/6). Este é o país da zona, todo mundo na rua, transporte público lotado e a volta do caos no trânsito. Uma maravilha... Vírus? Que vírus? É só uma gripezinha, e daí?
Paulo Celso Vaz Marques (Porto Seguro, BA)

Seremos os primeirões em tudo logo logo. Será quando chegarmos ao pico, e o pior também terá então chegado.
Jorge André dos Santos Fischer (Tremembé, SP)


Prefeitura de São Paulo
Em relação à nota "Atrito" (Painel, 30/5), a Prefeitura de São Paulo repudia tentativas de vincular ações de combate ao avanço do coranavírus na cidade ao calendário político-eleitoral e nega qualquer descontentamento com o governo estadual. Foi justamente a harmonia entre os governos municipal e estadual, pautada nos protocolos de saúde pública, que garantiu o atendimento à população e evitou a perda de pelo menos 30 mil vidas na cidade.
Marcus Sinval, secretário municipal de Comunicação (São Paulo, SP)

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