Leitores comentam racismo, revisionismo e mortes por coronavírus

Censurar objetos históricos por não se enquadrarem em certos padrões é obscurantismo atroz, diz leitor

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40 mil

Brasil supera 40 mil mortes por Covid-19, revela consórcio jornalístico” (Saúde, 11/6). O Brasil vai na contramão do mundo. Bolsonaro é o semeador da morte e do ódio. As 40 mil mortes não são o suficiente para ele. Bolsonaro quer mortos espalhados pelo chão. Este desgoverno não tem caráter e não está nem aí para o povo. Bolsonaro é desqualificado, despreparado, mentiroso, sem moral, sem ética... É uma vergonha para o povo brasileiro. É o pior presidente que este país já teve. E é também um perigo para o saúde do povo.

Edson Carlos Morotti (Curitiba, PR)

Segundo um jornal europeu, 70% dos novos casos concentram-se em apenas oito países. Adivinhem quem é disparado o pior de todos?

Cristiano Jesus (Americana, SP)


Racismo

Douglas Garcia, deputado estadual, bolsonarista, negro, disse que o Brasil não é um país racista. E completou: os próprios negros são racistas! Essa figura deve ser uma daquelas que se dizem “negros de alma branca”. Sou branco e me senti enojado com essa entrevista (“‘TSE pode representar ameaça à democracia’, diz bolsonarista”, Poder, 11/6). Imagino a reação dos irmãos negros.

Marcelo Silva Carvalho (Belo Horizonte, MG)


Revisionismo

Parabéns a Roberto Dias pelo texto "O passado do futuro" (Opinião, 11/6). Lembro mais dois episódios do revisionismo tabajara: Em 1951, Getúlio Vargas voltou ao poder pelo voto. E estourou no Carnaval a marchinha que dizia “Bota o retrato do velho outra vez, bota no mesmo lugar”. Muitos anos depois, em ato da mais abjeta sabujice, o notório Paulo Salim Maluf alcunhou de “Elevado Presidente Costa e Silva” o viaduto que polui a paisagem urbana de São Paulo. O povo, indiferente, continuou a chamar de “minhocão”. Vai daí que os revisionistas decidiram mudar o nome. Só que, em vez de “Presidente João Goulart”, o povo segue a tratar de “minhocão”.

Flávio Flores da Cunha Bierrenbach (São Paulo, SP)

Estátua de Jefferson Davis, militar americano que defendia a manutenção da escravidão nos EUA, foi derrubada em Richmond, na Virgínia - Parker Michels-Boyce - 10.jun.20/AFP

Parabéns a Roberto Dias pelo texto! Nem mesmo o nacionalista Monteiro Lobato passaria pelo crivo dos revisionistas.

José Arnaldo Favaretto (Ribeirão Preto, SP)

Livros, filmes, pinturas, esculturas e outras manifestações artísticas são também, muitas vezes, registros históricos de uma determinada época e de uma determinada sociedade. Censurá-los ou destruí-los por não se enquadrarem nos parâmetros da moral, dos bons costumes ou do conceito do politicamente correto é de um obscurantismo atroz.

Luís Roberto Nunes Ferreira 
(Santos, SP)


Representatividade

Discordo do senhor Vasco Azevedo (Painel do Leitor, 11/6). Aquela “infiltrada” me representa. Votei em Bolsonaro e faço questão de escrever aqui e fazer-lhe cobrança toda vez que ele exagera. De que adiantam tanto preparação para concursos se é para simplesmente dizer “sim senhor” a toda sandice do chefe do Planalto. Militar não sabe diferenciar o certo do errado? Sou reservista, com meus dados sempre atualizados, e tenho coragem, sim, para servir meu país caso seja solicitado.

Sergio A. Nardelli (São Paulo, SP)


Editorial

O jornal The New York Times está certíssimo (“O erro do New York Times”, Opinião, 11/6). Quem erra, até hoje, é a Folha ao confundir tolerância a discursos preconceituosos com liberdade de expressão. É por essas e outras que chegamos a este pesadelo. Cría cuervos y te sacarán los ojos.

Alex Fabiano Nogueira (São Paulo, SP)

Sede do jornal The New York Times - Angela Weiss - 6.set.18/AFP

Editorial corajoso, em um tempo no qual os grupos extremistas querem silenciar seus oponentes.

Thiago Henrique Martins Marchesan 
(São Bernardo do Campo, SP)

Hipocrisia. O jornal que corretamente critica quem pede intervenção militar diz que a liberdade de expressão é um direito absoluto? Todo direito tem limites. O culto cego à liberdade de expressão e o isentismo da imprensa contribuíram para alçar ao poder protofascistas como Bolsonaro e Trump.

João Ricardo Oliveira (Recife, PE)


Instituições

Muito bem contextualizado o artigo da professora Maria Hermínia Tavares (“Sem ar”, Opinião, 11/6). Analisa realisticamente os impasses institucionais que o país terá de enfrentar para sair do negacionismo em que o desgoverno atual nos afunda.

Jonas Nilson da Matta (São Paulo, SP)


O apetite do centrão

Para satisfazer o apetite pantagruélico do centrão, garante da permanência de Bolsonaro na Presidência, teremos até o final do ano uns 30 ministérios para fingir que comandam o país.

Antonio Carlos Orselli (Araraquara, SP)

“Vou me afastar da velha política, do toma lá da cá”. “Combaterei incansavelmente a corrupção”. “Diminuiremos o tamanho do Estado. Teremos no máximo 15 ministérios”. Bolsonaro mentiu, e eu, inocente, acreditei.

Maurilio Polizello Júnior (Ribeirão Preto, SP)


À brasileira

“Engraçadinhos” os autores do texto “Por que assistimos a uma volta do fascismo à brasileira” (Ilustríssima, 9/6). De fato, aí estão os fatos. Mas eu pergunto: na visão dos autores, a lambança e o desperdício da maior oportunidade que este país já teve, promovidos pelas ditas esquerdas, nada têm a ver com isso que aí está? O profundo descontentamento que o lulismo causou ao país não deu origem ao resultado da eleição? A culpa é da Lava Jato?

Dalton Matzenbacher Chicon (Florianópolis, SC)

Análise rasa. O integralismo reuniu nomes do quilate de Goffredo da Silva Telles, José Lins do Rego, Câmara Cascudo, San Tiago Dantas, dom Hélder Câmara, João Cândido (o Almirante Negro), Abdias do Nascimento, Vinícius de Morais. Sem juízo de valor, teve grande apelo entre intelectuais importantes e foi um dos primeiros a darem espaço a mulheres e afrodescendentes. Nada que se compare ao que se vê agora.

Paulo Taufi Maluf Júnior (São Paulo, SP)

O artigo aborda de maneira lúcida alguns dos aspectos que nos levaram a este pesadelo que vivemos. A eclosão do bolsonarismo se deveu muito aos inúmeros erros cometidos pelo lulopetismo, em especial a negação em fazer uma autocrítica de seus quase 15 anos no poder.

Luiz Augusto Fernandes Fanini 
(São Paulo, SP)


Faca na caveira

Já dizia um falecido militar da Aeronáutica que a diferença intelectual entre as três Forças Armadas era que, enquanto a turma da Aeronáutica precisa saber pilotar aviões e a da Marinha, conduzir navios, o pessoal do Exército só precisa marchar para a frente.

Dina Elisabete Uliana (São Paulo, SP)

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