Leitores criticam presidente da Fundação Palmares

Sara Winter não deve ser chamada de ativista, mas de neonazista, diz leitor

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Racismo ocultado
Em que mundo bizarro essa escória vive? É um mundo de negação ("Fundação Palmares censura biografias de lideranças negras históricas em seu site", Ilustrada, 15/6). Os ministros e secretários desse desgoverno odeiam tudo aquilo para o que foram designados. Meio ambiente, educação, direitos humanos e agora esse infeliz que nega a sua origem e ofende a sua história. Que os seus dias estejam realmente contados para nos livrarmos dessa quadrilha.
Leny Manzatti Rodrigues (São Paulo, SP)

O presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo - Pedro Ladeira/Folhapress

Agora vejam: eu, por exemplo, sendo chamado a dirigir o Museu Imperial de Petrópolis, a primeira coisa que mando fazer é retirar a estátua de Pedro 2º. É surreal, é inacreditável. Melhor seria criar uma Secretaria de Antirreparação Racial para tentar reescrever a história. E punha-se esse capitão do mato lá.
José Freitas (Salvador, BA)


Sara presa
"Ministro do STF manda prender Winter e mais cinco em inquérito sobre atos antidemocráticos" (Poder, 15/6). Ela não deveria ser identificada como "ativista", e sim como neonazista.
Thales Alves (São Paulo, SP)

Só não entendi por que Bolsonaro ainda não foi indiciado com base na Lei de Segurança Nacional, pois ele já infringiu vários artigos dessa lei.
Manoel Raimundo Alves (Caetité, BA)

Discordo do emprego do termo ativista para essa baderneira. Tal terminologia adequa-se a pessoas que enfrentaram e enfrentam causas justas, legais, jamais para infratores da lei.
Francisco José Bezerra de Menezes (Fortaleza, CE)

Sara Winter, que foi presa nesta segunda - YouTube

A corda e a pseudodemocracia
"General Ramos nega risco de golpe militar, mas alerta oposição para 'não esticar a corda'" (Poder, 12/6). Quem estica a corda o tempo todo é o próprio Bolsonaro ao testar e corroer as instituições republicanas. O golpe já foi dado, lá em 2016. Agora são mais de 2.700 militares nos primeiros escalões do governo. Esticar a corda? Quem? A oposição? Isso é uma ameaça à nossa pseudodemocracia.
Gustavo Felício Moraes (Rio de Janeiro, RJ)


Interpretação
O ministro Dias Toffoli precisa nos dar a definição do que entende por "ameaça velada, indireta ou direta" e também pelo advérbio "jamais" ("STF jamais se sujeitará a nenhum tipo de ameaça, diz Toffoli", Poder, 15/6). A corte, assim como o Congresso, tem sofrido todo o tipo de acusação e de ataque explícito desde que este governo iniciou seu mandato. Fica portanto a dúvida de quando esta corte encontrará algum ilícito nessas falas. Se não o fizer, corremos o risco de, como tudo o que abarca o juridiquês, ficar no campo da interpretação.
Arlindo Carneiro Neto (São Paulo, SP)

Enquanto o capitão-mor lança estultices à porta de seu castelo, seguido pela turba ignara, milhares de brasileiros/brasileiras, de todas as idades, morrem nas frentes de batalha, como em uma guerra medieval. Tivesse ele mais sensibilidade com as mazelas do seu povo, ouvisse mais e falasse menos, não viveríamos essa situação calamitosa.
Valter Roberto Lopes Marcondes D'Angelo (Arujá, SP)


IPTU
A crise financeira, agravada pela pandemia, expôs um IPTU injusto e difícil de pagar. Fiz cobrança sobre o assunto aos 55 vereadores da cidade de São Paulo e apenas quatro responderam, e de forma evasiva. A pandemia expôs também o total desprezo que os vereadores têm pelos seus eleitores. Pergunto: para que precisamos de tantos vereadores?
José Carlos Costa (São Paulo, SP)


Ditaduras
Gonzalo Sánchez, ex-militar que integrou um centro de tortura na Escola de Mecânica da Armada, na Argentina, foi extraditado do Brasil para seu país em maio. Naquele local, cerca de 5.000 pessoas foram brutalmente assassinadas ou levados para os voos da morte, para serem lançadas no rio da Prata. Que sua prisão sirva de exemplo para outros que continuam foragidos pelo Brasil. E também para aqueles que estão pensando em reproduzir uma ditadura por aqui.
Carlos Roberto Penna Dias dos Santos (Rio de Janeiro


Universidades
"Doação a universidade-símbolo para negros mostra abismo racial nos EUA" (Mundo, 15/6). Fui estudante da Howard em 2006. Cheguei lá por um convênio com a USP financiado pela Capes, numa época em que o ministro da Educação não tinha viés ideológico contra as ciências humanas. Pela primeira vez na vida estudei com professores e professoras negros, rodeado por uma maioria de colegas negros e negras, num lugar onde se estudam as sequelas da escravidão e do racismo na produção das desigualdades sociais. A Howard prova cotidianamente, há quase um século e meio, que a juventude negra precisa apenas de oportunidade para brilhar.
Thiago Molina, doutorando em educação pela Faculdade de Educação da USP (São Paulo, SP)

O ex-presidente Barack Obama discursa na Universidade Howard em 2016 - Joshua Roberts/Reuters

Mais um
"Incêndio atinge prédio anexo do Museu de História Natural da UFMG" (Cotidiano, 15/6). Fomos surpreendidos nesse dia com mais um incêndio de um museu brasileiro. A bola da vez foi o Museu de História Natural da UFMG. Será que não vamos aprender nada com a maior tragédia nessa área, que ocorreu com o incêndio do Museu Nacional da UFRJ em 2018? Será que nós não conseguimos fazer diferente e cuidar com zelo do patrimônio científico e cultural do nosso país? Expressamos a nossa solidariedade aos colegas de Belo Horizonte e estamos a disposição para ajudar.
Alexander Kellner, diretor do Museu Nacional-UFRJ (Rio de Janeiro, RJ)

Museu de História Natural da UFMG, em Belo Horizonte, atingido por incêndio nesta segunda-feira (15/6) - CBMMG/Divulgação

Charges
"Por charges críticas, entidade de PMs interpela a Folha e quatro cartunistas" (Poder, 13/6). A irritação que causava a omissão da Folha no período pré-eleitoral só era minimizada pelos cartunistas, verdadeiras --e únicas-- peças de resistência do jornal à época. Que os cartunistas não se deixem intimidar pela retórica violenta da PM de São Paulo.
Anísio Franco Câmara (São Paulo, SP)

Charge Laerte publicada na Folha no dia 03 de dezembro de 2019, título Infernópolis, traz um labirinto redondo com várias entradas. Em todas elas há policiais segurando cassetetes ou bombas de efeitos moral.Encurralados nos corredores e no centro do labirinto, muitos tentam fugir com expressão de pavor. No meio do local diversas pessoas amontoadas
Charge de Laerte publicada na Folha em 3 de dezembro de 2019. - Laerte

Educação
A reportagem "Queda de arrecadação e falta de apoio emergencial empurram educação para colapso" (Educação, 13/6), embora se refira ao momento de pandemia, não traz exatamente uma novidade. Professores relatam há muito um contexto de restrições materiais e pedagógicas decisivo para os resultados decepcionantes das escolas da rede pública estadual paulista. A situação atual deve ser enfrentada com medidas emergenciais, mas também com soluções estruturais, como a revogação da Emenda Constitucional 95 e a aprovação do Fundeb permanente.
Professora Bebel, presidenta da Apeoesp, deputada estadual pelo PT (São Paulo, SP)

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.