Era tudo menos o PT; então ficamos com tudo isso, diz leitora

Walter Salles lamenta a morte de Alfredo Sirkis

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Tudo isso aí, ok?
A que conduzem esses movimentos em favor da democracia diante da urgência de medidas que contenham esse genocídio e a destruição acelerada de um país sem rumo? A frente ampla proposta em 2018 por Haddad no segundo turno, esta sim, evitaria a tragédia prenunciada com a eleição de Bolsonaro. Mas era “tudo menos o PT”. Então ficamos com tudo isso, tá ok?
Anete Araújo Guedes (Belo Horizonte, MG)


Bolsonaro infectado
Aquele que desvia dinheiro da merenda escolar não está desejando a morte de várias crianças? E o que desvia verba destinada a combater a pandemia? Compras com valores superfaturados não são sentenças de morte aos que seriam destinatários dessas verbas? Ah, mas o jornalista Hélio Schwartsman é mais vilão do que Vossas Excelências... Afinal, ele não goza de foro privilegiado. Meu Deus, como somos hipócritas!
Rubens Sayegh (São Paulo, SP)

Hélio Schwartsman diz que é o consequencialismo que o norteia (“Esperando o japonês da Federal”, Opinião, 10/7). Chega a ser cândido. Os únicos capazes de discurso de ódio são, claro, o presidente e seus seguidores. A desfaçatez continua...
Arnaldo Alves da Costa Neto (São Paulo, SP)


Novos modelos
A pandemia acabou de vez com o contrato de trabalho baseado no paradigma do cartão de ponto e da CLT. Precisamos de novos modelos para esses contratos, especialmente para as oportunidades que surgem quando a pessoa não consegue ou prefere não ter um emprego. Essa realidade já se impôs. Falta dar a esses trabalhadores reconhecimento e uma proteção mínima, que não é a da CLT. Talvez a do INSS (Previdência/SUS + renda mínima). Paulo Guedes até tenta, mas empregados e servidores sempre torcem o nariz.
Elias Eduardo Rosa Georges (Araraquara, SP)

Entregadores
Muito adequada a pergunta deste sábado na seção Tendências / Debates (“Entregadores de aplicativos devem ter contrato de trabalho?”, Opinião, 11/7). Mas o personagem mais visto na paisagem das nossas cidades não pode ser ignorado nesse debate. Ficou faltando exatamente a sua opinião. Li nesta semana na Folha uma reportagem com um representante dos entregadores, o Galo, que tem uma opinião diferente da de outros colegas. Por que não ouvi-lo e confrontar ambas essas posições? Seria democrático, não?
Maria Silvia Mariutti (São Paulo, SP)


É preciso denunciar o cinismo com que os detentores do capital tentam nos convencer de que os trabalhadores de aplicativos não devem ser registrados. É a velha balela de que eles devem ter liberdade para escolher para quem querem trabalhar e fazer seus horários. Hoje eles estão asfixiados pela realidade, que lhes impõe um regime de semiescravidão e falta de perspectivas. Tudo para gerar lucro para empresas estrangeiras.
José Elias Aiex Neto (Foz do Iguaçu, PR)


Cidadania
Como Ruy Castro, eu também deixei de votar nos últimos anos (“Bolsonaro não quer compaixão”, Opinião, 10/7). Aos 79, o tempo é precioso. Bastou-me comparecer a algumas sessões na Câmara Municipal de minha cidade para ver o ambiente de badalação, agressividade, descaso e promessas vãs, sem mencionar o “comparecimento” intempestivo ou as faltas com justificativas de araque. Infelizmente, poucos políticos fazem jus ao nosso voto. Mais me vale exercer a minha cidadania em campos menos contaminados.
Maria Inês de Araújo Prado (São João da Boa Vista, SP)



Transporte público
Para falarmos de transporte público pós-pandemia, é inevitável discuti-lo na era pré-pandemia. Como sabemos, a caixa-preta do transporte público nunca foi aberta. Licitações suspeitas, cartel, veículos danificados, problemas trabalhistas, obras superfaturadas no metrô, VLT inacabado, vans sem regularização, grupos criminosos subjugando motoristas... Não é possível nenhuma discussão do ponto de partida da pandemia. O transporte público já é em si uma pandemia de erros e ineficiência. Temos que começar do zero.
Arlindo Carneiro Neto (São Paulo, SP)

Surpreende a afirmação das companhias de ônibus de que estão com déficit. Mentira deslavada! Levam fortunas da prefeitura para manter latas de sardinha sobre rodas. Se não podem prestar um serviço decente, que devolvam as concessões. Aí sim quero ver os prejuízos.
Sandra Regina Rizzo (São Paulo, SP)


Sirkis
Alfredo Sirkis deixa um imenso vazio (“Ex-deputado Alfredo Sirkis morre no Rio em acidente de trânsito”, 10/7). O Brasil perde um idealista e um homem de uma rara coerência. Sua trajetória como líder estudantil, combatente, escritor e ambientalista é a de um homem que soube se manter fiel aos seus princípios e ao seu tempo. "Os Carbonários" é um livro que me marcou profundamente e que me permitiu entender toda a extensão do terror vivido durante os anos de chumbo. Na sua casa no Cosme Velho, conheci Cohn-Bendit e outros amigos de Alfredo, que, como ele, viram na luta ambientalista o meio de deixar um mundo melhor para as gerações futuras. No nosso último encontro, Alfredo nos ajudou a entender os eventos por trás do desaparecimento de Rubens Paiva, que com sua mulher, Eunice, estão no centro de uma adaptação cinematográfica do livro "Ainda Estou Aqui", de Marcelo Rubens Paiva, que estamos planejando. Nesse dia, ele foi o mesmo Alfredo generoso, incisivo e sensível que conheci há 30 anos e sempre revia com alegria. Acima de tudo, Alfredo era uma pessoa amiga e afetiva, bem-humorada e com um raro calor humano. Era daquelas pessoas inesquecíveis. Os caras legais estão indo embora. Ficam os bárbaros. Que tempos. .
Walter Salles, cineasta (Rio de Janeiro, RJ)

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Alfredo Sirkis, em 2018 - Pedro Ladeira/Folhapress

Queiroz
Como o presidente do STJ não se declarou impedido de julgar o caso —por ser cotado para o STF—, o pleno daquela corte deveria analisar logo o habeas corpus concedido a Queiroz e à sua esposa ex-foragida. Se não for feita justiça, que vá ao STF. Nesse caso, veremos se Rosa Weber confirma o que já sabemos: ladrão de xampu de R$ 10 e idosa com HIV e hipertensa ficam presos. Já miliciano que participa de rachadinha na Assembleia vai para casa porque é amigo do rei e para não botar a boca no trombone.
Sérgio Aparecido Nardelli (São Paulo, SP)


A saúva
O botânico francês August de Saint’Hilaire dizia que o grande mal do país é a saúva. Tão voraz como essas cortadeiras são as pragas que se alimentam de recursos públicos. A corrupção aqui é endêmica e sistêmica, ora mais à esquerda, ora mais à direita. Esse formigueiro não tem fim.
Lauriberto A. Duarte (São Carlos, SP)


Ministro pastor
O novo ministro da Educação é pastor —mais um—, assim como o próximo indicado ao STF também deverá ser terrivelmente evangélico. O governo virou uma igreja evangélica.
Marcos Barbosa (Casa Branca, SP)

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