Descrição de chapéu STF

Para leitor, STF é menos organizado hoje que facções criminosas

Mortes por Covid, bugio calcinado e editorial da Folha são temas comentados por leitores

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O STF e o PCC
A diferença entre o Estado e o crime organizado deveria ser o cumprimento da lei. Um ministro ou desembargador não pode atuar como policial ou justiceiro (“Fux determina que chefe do PCC volte à prisão”, Cotidiano, 11/10). Hoje, o STF tem menos organização e coerência do que as facções criminosas que ele julga, vide o convescote de Toffoli com Bolsonaro.
Francisco Barbosa (Guarapuava, PR)

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Meu Deus! Esse prende e solta está enchendo o Brasil e os brasileiros de vergonha.
Marco Antonio Barbeito dos Santos (Campinas, SP)

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A nossa Justiça está mais para política do que para o nosso país (“Decisão de Fux de mandar chefe do PCC para prisão ‘é um horror’ e ‘adentra hipocrisia’, diz Marco Aurélio”, Cotidiano, 11/10).
Maria Esterlita Tavares Jose (São Paulo, SP)

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Independentemente do que pensamos sobre este chefe do PCC, que é sério risco à sociedade, não é bom para ninguém que membros do Judiciário utilizem do imenso poder da toga para retirar a liberdade de indivíduos sem respeitar o processo legal, sem que a ação esteja respaldada pela Constituição. Não é bom para o país que pessoas apoiem magistrados, que, com seus atos, busquem agradar à sede de sangue da sociedade. É retrocesso civilizatório.
Claudio L. Rocha (São Paulo, SP)

André de Oliveira Macedo, conhecido como André do Rap, líder do PCC, ao ser detido em Angra dos Reis
André de Oliveira Macedo, conhecido como André do Rap, líder do PCC, quando foi detido em Angra dos Reis - Arquivo pessoal

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É simples, a legislação brasileira foi feita para escritórios de advocacia e não para fazer justiça (“Moro diz que foi contra artigo usado para libertar chefe do PCC por temer soltura de criminosos”, Cotidiano, 11/10).
Vanderlei Nogueira (Itapecerica da Serra, SP)


150 mil mortos
Pode-se não saber as dimensões de mortes e casos, mas sabemos que disputamos com os EUA os primeiros lugares (“Brasil chega a 150 mil mortos sem estimar Covid”, Saúde, 11/10). Compreensível nós termos presidentes que lutaram para conseguir esse destaque. E, claro, os dois países dispõem de um rebanho numeroso, o que garante a eficácia de seus governantes.
Francisco Eduardo de Carvalho Viola (São José dos Campos, SP)

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É muito triste saber que mais de 150 mil vidas foram perdidas por conta do coronavírus. Isso mostra que não podemos deixar de nos cuidar.
Maria Eduarda Bonomo Pedro (São Paulo, SP)

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Num país ditatorial, comandado por militares, a primeira baixa é a autenticidade das informações. Estamos no escuro e vamos continuar assim. É preciso que forças conscientes da realidade assumam o poder nas próximas eleições.
Ana Maria Marques (Jundiaí, SP)

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O Brasil fez trabalho absolutamente ineficaz na testagem e rastreamento, pois mais da metade dos exames positivos do Brasil foi em testes rápidos, dado pouco informado e discutido, mas que está disponível no Ministério da Saúde. Isso leva nossa letalidade, se levarmos só os RT-PCR em conta, a quase 7%. Não há protocolo de tratamento e diagnóstico disseminado e se mudou critérios ao bel-prazer, sem base. Nós já misturamos diagnóstico efetivo com inquérito epidemiológico.
Wagner Santos (Ribeirão Preto, SP)


Wal, do Açaí e do Bolsonaro
Dados falsos, incorretos, distorcidos são especialidades desse senhor que infelizmente é nosso presidente (“Bolsonaro repete dado falso mais uma vez e faz vídeo pedindo votos para Wal do Açaí”, Painel). Pinóquio fica no chinelo.
Edson Carlos Morotti (Curitiba, PR)


Bugio calcinado
A capa da Folha deste domingo (11/10) é exemplar. Lado a lado estão cenários que marcam o Brasil dos últimos tempos. A destruição levada a efeitos pelas queimadas criminosas, com o pobre bugio como a implorar da Terra. Ao lado, os dados reais da Covid mostram as unidades da federação em suas respectivas escalas de riscos de contrair a doença. DF é o caso mais grave. E, acima, nossa ineficiência: somos campeões no crescimento dos gastos públicos em relação ao PIB. Isso explica muita coisa.
Edvaldo Santana (Brasília, DF)

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Corpo de um macaco bugio calcinado por um incêndio florestal que atingiu a fazenda Santa Tereza, na região da Serra do Amolar, no Pantanal, em Mato Grosso do Sul
Corpo de um macaco bugio calcinado por um incêndio florestal que atingiu a fazenda Santa Tereza, na região da Serra do Amolar, no Pantanal, em Mato Grosso do Sul - Lalo de Almeida/ Folhapress

O bugio da foto / Somos nós / Demorou a sentir o perigo / Correu para se salvar / Morreu de joelhos.
Maria Rita Kehl, psicanalista e escritora (São Paulo, SP)


Editorial
Urge defenestrar todo o governo atual (“Salles precisa sair”, 11/10). Não só pela sobrevivência da flora e da fauna mas também da população. Dos 150 mil atingidos fatalmente pelo coronavírus, com certeza mais de dois terços poderiam ter sido poupados, não fosse a inconsequência do pseudo presidente e seus asseclas. A agravar, o aumento da pobreza com as reformas trabalhistas e previdenciárias.
Julio Shiogi Honjo (Arapongas, PR)

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De novo? Artigo sem novidade, e depois de todo estrago já feito, boiada passada, perda de tantas dádivas ambientais seculares e acordo Mercosul com a União Europeia após 20 anos de espera. Tem que avançar, mostrar os motivos para manter o modus operandi destrutivo. Observem que o clima está esquentando muito e ocorre falta crônica de água há anos, consequência do negacionismo e da ação destrutiva sobre o meio ambiente.
Guilherme Herzog Neto (Rio de Janeiro, RJ)


‘Boi bombeiro’
A ministra Tereza Cristina é forte concorrente ao prêmio Ignóbil, para referendá-la acrescento que os verdadeiros responsáveis pelas queimadas são vaga-lumes, pirilampos, peixe elétrico, estrela cadente e, claro, o Boitatá (“Para ministra da Agricultura, ‘boi bombeiro evitaria queimadas”, Ambiente, 10/10).
José Roberto Machado (São Paulo, SP)


A caixa de PanDoria
Parabéns, aos políticos que rejeitaram incluir universidades e Fapesp no PL 529 (“Doria recua e desiste de tirar recursos de universidades e da Fapesp”, Cotidiano). Mas há séria ameaça aos recursos da Fapesp, o inconstitucional PL 627. Não são recursos para autogestão ou salários, apenas pesquisa. A caixa de PanDoria difere da de Pandora por sabermos o que nos reserva. Mas, semelhante a ela, ao ser aberta, mesmo que depois fechada, o mal já terá se espalhado irreversivelmente. Sr(a)s. deputado(a)s, é essencial manter fechada a caixa de PanDoria!
Francisco R. M. Laurindo, professor, médico e pesquisador do Incor, FMUSP (São Paulo, SP)

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