Para leitor, é preciso cobrar quem se beneficia do racismo

Leitores comentam sobre a morte de Beto Freitas no Carrefour

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Beto Freitas e racismo

Bolsonaro ignora o caso, diz que é ‘daltônico’ e que todos no país têm a mesma cor” (Cotidiano, 22/11). Quem nega o nosso passado de colonização, extermínio dos povos nativos, escravidão dos povos africanos e desigualdade social —esse sim é que deve ir para o lixo.

Anna Amélia (Uberlândia, MG)

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Jairo Malta foi certeiro em seu artigo (“A gente não tem um minuto de paz”, Cotidiano, 21/11). O compromisso de ser antirracista não é apenas postar nas redes sociais frases contra o racismo para receber likes. É preciso também uma atitude de enfrentamento, de falar sobre o racismo em todos os espaços. E acrescento mais uma: de cobrar em todos os espaços e locais quem se beneficia disso, direta e indiretamente.

Geraldo dos Santos Júnior (São Paulo, SP)

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João Alberto Silveira Freitas foi assassinado por um único motivo: era negro. Humanização rima com educação. A sala de aula, desde o processo mais básico, deve enfatizar temas como empatia, diversidade, propósito, ética e solidariedade. Cada um de nós é uma mídia: todos somos responsáveis por conscientizar a sociedade sobre a importância de sermos diversos, inclusivos e tolerantes.

Mauro Wainstock (Rio de Janeiro, RJ)

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Beto foi pai precoce, filho presente e marido errático” (Cotidiano, 22/11). Nada justifica a atitude dos seguranças. Mas a vida da vítima, narrada nesta reportagem, nos mostra um ciclo de violência muito profundo em nossa sociedade. Além do racismo evidente, a violência doméstica também está entre os principais cânceres que precisam ser execrados da nossa realidade. Vidas negras importam da mesma forma que vidas femininas importam.

Fábio Lopes (Marília, SP)

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O ‘novembrismo’ pós-Floyd” (Ombudsman, 22/11). Que mulher sensata, coerente e inteligente é você, Flavia Lima! Parabéns pelo texto e por colocar o dedo na ferida: o racismo estrutural precisa ser explicado em suas muitas dimensões e colocado com centralidade no debate público. Não apenas no mês de novembro, senão a gente fica só na “pedagogia do evento”.

Riler B. Scarpati (Ipatinga, MG)

Agressão

A reportagem com o título “Vice de Bruno Covas foi acusado pela esposa de violência doméstica” (Poder, 16/10) não condiz com a realidade. Não publicaram na íntegra carta que enviei esclarecendo que não houve violência. Desde então, adversários políticos do meu marido estão usando o texto para atacar um homem que sempre foi um excelente marido e pai, com quem sou casada há mais de 20 anos. Confiante no jornalismo da Folha, que se guia por justiça e equilíbrio, solicito a publicação desta.

Regina Carnovale Nunes, esposa do vereador e candidato a vice-prefeito Ricardo Nunes (MDB) (São Paulo, SP)

Resposta dos repórteres Artur Rodrigues, Rogério Pagnan e Thiago Amâncio: Na referida reportagem, publicada em 16 de outubro e baseada em boletim de ocorrência registrado na polícia pela própria missivista, todos os argumentos de sua carta foram publicados integralmente pelo jornal.


Charge

Em dezembro de 2019, o chargista desta Folha João Montanaro explicitou que o preço da carne vermelha estava muito caro, mas que havia no mercado opções de baixo custo (Opinião, 9/12/2019). O Carrefour seguiu fielmente os conselhos do cartunista e provou que ele estava certo. Por favor, republiquem a charge de Montanaro. Ela está, infelizmente, atualíssima.

José Machado (São Paulo)

Na ótima charge de 21 de novembro, de Alexandra Moraes (Opinião), faltou um personagem registrando acreditar em Papai Noel e na cloroquina.

Roberto Suarez (Brasília, DF)


Rudy Giuliani

Giuliani foi de símbolo de NY a testa de ferro da narrativa de fraude” (Mundo, 22/11). Giuliani parece ter se esquecido do passado de glória política após enveredar para o conservacionismo populista de Trump. Não só como porta-voz das acusações de fraude e mentiras, mas principalmente por enfraquecer a estrutura social dos EUA. O vexame protagonizado no filme “Borat 2” e as manchas da tinta capilar no rosto sugerem que o envelhecimento exige transformação, do conservadorismo não-laico acumulador de desigualdades para o progressismo da tecnologia, da sustentabilidade e da equidade.

Fernando Cordeiro Cavalcanti (São Paulo, SP)

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Giuliani é um exemplo de decadência de um homem público e protagonista de uma biografia a ser estudada com cautela por quem cogita subir numa carreira burlando as regras. Há uma fronteira tênue entre o sucesso altamente recompensado e o fracasso duramente castigado por quem toma esse caminho.

Rafael Calegari (Porto Alegre, RS)


Pragmatismo

O argumento do “pragmatismo” de Malvino Salvador é de uma conveniência estarrecedora (“Meu voto em Jair Bolsonaro foi pragmático”, Mônica Bergamo, 22/11). Curioso observar que o discurso de ódio, de defesa de torturadores e contra a cultura, o meio ambiente, as minorias e os direitos humanos ao longo de décadas não tenha sensibilizado seu pragmatismo de consciência na hora do voto.

Rodrigo Veloso (São Paulo, SP)

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