Leitores criticam falta de empenho do governo federal na busca pelas vacinas

Bolsonaro afirmou que laboratórios é que deveriam vir atrás do Brasil

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Vacina
“Para Bolsonaro, laboratórios é que deveriam ir atrás do Brasil” (Saúde, 29/12). O ministro Paulo Guedes poderia ter ensinado ao presidente que a lei da oferta e procura não pode ser revogada por ninguém, nem mesmo pelo seu ministro Kassio Nunes. Comprar vacinas no auge de uma pandemia não é como comprar banana na feira. Declarações como essa revelam a total incapacidade de Bolsonaro para o exercício do cargo máximo da República.
Fernando Hintz Greca (Curitiba, PR)

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O presidente Zero-Zero é patético. O mundo correndo atrás de laboratórios pelas vacinas, e o inconsequente manda os laboratórios correrem atrás do Brasil? Insano, passível de tratamento psiquiátrico.
Luís Cláudio Marchesi (São Paulo, SP)

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O governo informa que nenhuma vacina solicitou autorização da Anvisa. Ouvindo essa afirmativa o povo fica com a impressão de que o atraso na vacinação por aqui é culpa das empresas detentoras das vacinas. A verdade é que a imunização ainda não começou aqui por pura incompetência do governo, que não comprou as vacinas antes, como fizeram os países que já estão vacinando ou vão iniciar a imunização, como está acontecendo em países da América Latina muito mais pobres que o Brasil.
Reinaldo Oliveira (Rio de Janeiro, RJ)

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A americana Pfizer mostra desprezo e falta de compromisso com o Brasil ao não apresentar pedido de autorização emergencial e/ou registro definitivo de sua vacina contra a Covid-19 para a Anvisa. Os poderes constituídos da República deveriam se unir para que a empresa apresentasse as documentações necessárias.
Osvaldo César Tavares (São Paulo, SP)

Gol na Vila
A imagem do presidente Bolsonaro fazendo um gol na Vila Belmiro pode ser analisada sob uma perspectiva simbólica. É evidente que tanto o time dele quanto o rival prepararam a jogada, com escancarada ajuda do goleiro. Com a possibilidade de impeachment praticamente afastada, o que o Brasil precisa fazer nos próximos dois anos é o que aconteceu no jogo: os demais poderes conduzirem o país, com, sem e apesar de Bolsonaro, fazendo dele um mero fantoche que só empurre a bola para o gol.
Luciano Harary (São Paulo, SP)

Presidente Jair Bolsonaro marca gol e cai em jogo beneficente na Vila Belmiro
Presidente Jair Bolsonaro marca gol e cai em jogo beneficente na Vila Belmiro - Amanda Perobelli/Reuters

Ano-Novo
Medidas planejadas para o Réveillon do Rio fazem lembrar o indivíduo que trancou a casa, mas deixou a janela aberta para o ladrão entrar. Acesso à orla bloqueado —mas quem vier de táxi pode passar. É proibido aglomerar —mas os hotéis podem dar festa, e os quiosques, funcionar. Agente entrevistado diz que confia na consciência da população. Lavam as mãos, enfim, as autoridades. Se depender da tal consciência, vamos mesmo é ouvir a marchinha de Haroldo Lobo e Milton de Oliveira, sucesso na voz de Jorge Veiga no Carnaval de 1947: “Eu Quero É Rosetar”.
Patricia Porto da Silva (Rio de Janeiro, RJ)

Ano velho
O artigo “Feliz Ano Velho”, de Cristina Serra (Opinião, 29/12), é uma aula de como se faz uma síntese. Ali está, em poucas linhas, o que um presidente da República foi capaz de dizer sobre uma pandemia que já matou quase 200 mil brasileiros em menos de um ano. Eu me pergunto: será um pesadelo? Alguém poderia imaginar tamanha tragédia? E ainda não acabou.
Avelino Antônio Correa (Garopaba, SC)

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As bobagens que Jair Bolsonaro diz já entraram para o anedotário nacional, assim como seus efeitos deletérios, como apontado pela articulista. Neste momento, o que preocupa, na verdade, são esses quase um quarto de negacionistas da vacina que ainda não entenderam que a imunidade coletiva ante a Covid só virá com a vacinação em massa.
Geraldo Cassales Izaguirre Júnior (São Vicente, SP)

Hidroxicloroquina
É perfeitamente legítimo que o senhor Emerson Kimura tenha sua opinião sobre a efetividade de hidroxicloroquina como tratamento precoce para Covid-19 (Tendências / Debates, 29/12). No entanto, a argumentação dele é exatamente o contrário do que é dito no artigo do BMJ, por ele citado. Fazer uma citação tirando frases de contexto é um procedimento muito usado pelos mercadores da dúvida mencionados no artigo, entre os quais o senhor Kimura deve ser incluído. Ele nega resultados obtidos em inúmeros testes, tentando sugerir controvérsia onde há consenso. Ciência se faz com fatos, não com opiniões.
Leandro R. Tessler (Campinas, SP)

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Enfim um pouco de sensatez no debate do que devia ser uma questão técnica, sem despertar paixões contra ou a favor. Como Donald Trump falou bem da droga, a imprensa automaticamente ficou contra. Para piorar, existe de fato um certo risco na associação de hidroxicloroquina com azitromicina —combinação que se mostrou eficaz em alguns estudos, desde que usada precocemente. E esse risco levou à suspensão de muitos ensaios.
Paulo César de Oliveira (Franca, SP)

Sucessão na Câmara
“Bloco de sucessão na Câmara é sinal forte sobre aliança de 2022” (Poder, 29/12). Rodrigo Maia (DEM-RJ) poderia fazer um último gesto de elegância política e, antes de sair da presidência da Câmara, colocar em votação um dos 42 pedidos de impeachment contra Jair Bolsonaro. Só para ver o que acontece e para ter repercussão mundial. Sem seu mestre Donald Trump, Bolsonaro não é mais ninguém.
Fabrizio Wrolli (São Paulo, SP)

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Maia engavetou uma pilha de pedidos de impeachment, pautou a aprovação da quase totalidade da agenda do governo genocida, fingiu independência e conquistou os corações de partidos que outrora foram de esquerda. Maia é mais do mesmo de um sistema que sempre massacrou o povo, que perdeu o protagonismo político, mas que nunca deixou o poder e, agora, se articula para retomá-lo.
Francinezio Amaral (Manaus, AM)

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