'Em meio à devastação pandêmica, Pazuello vai flanar', diz leitor

Para leitor, governo atual aparelha Estado tanto quanto o PT

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General sem máscara

Eduardo Pazuello passeia sem máscara em um shopping de Manaus - Jaqueline Bastos no Instagram

A foto de Pazuello no shopping vai ter lugar de destaque na galeria de horrores deste governo miliciano. Em meio à devastação pandêmica, que em nosso país tem a marca registrada de mãos genocidas, entre as quais as suas, o ex-ministro vai flanar num dos mais críticos locais de transmissão.
Remy J. Fontana (Florianópolis, SC)


Meio ambiente
"Delegado que denunciou Ricardo Salles discute com colega da PF durante audiência pública" (Painel, 26/4). A Amazônia e o restante do Brasil agradecem ao doutor delegado. Mantenha-se firme e não titubeie. Continue dando Saraivadas nesses depredadores e fraudadores do meio ambiente.
Milton Barbosa Cordeiro (Belém, PA)

Esse infeliz desgoverno federal que temos, e que tanto falava de aparelhamento do Estado pelo PT, faz exatamente o mesmo. Está destruindo, de acordo com seus interesses pessoais corruptos, as diversas instituições públicas.
Daniel Souza Medeiros (São Paulo, SP)

Solar
Gostaria de agradecer a Folha pela publicação do artigo "Energia solar: a quem interessa frear o seu avanço no Brasil?" (Tendências / Debates, 27/4). Um texto feito de forma justa e baseado em fatos. É desse tipo de jornalismo que precisamos para expor com clareza uma questão estratégica tão importante.
Arthur Gambin Santini (São José do Rio Preto, SP)

Será apenas apontando os holofotes para as obscuras falácias contadas pelos lobistas das grandes corporações contra a energia solar que conseguiremos avançar como nação e deixar de ser o eterno país do futuro. Parabéns pelo texto.
Alysson Camilo (São Paulo, SP)


Nem caquinhos
Estamos muito além de um estado quebrado. O Brasil atualmente depende da China e da Índia para a produção das vacinas. E Paulo Guedes, que nada entende de saúde, cria atritos com nosso maior parceiro comercial, com uma visão torta, preconceituosa e completamente desnecessária ("Guedes diz que 'chinês inventou o vírus' e tem vacina menos eficiente do que os EUA", Saúde, 27/4). Logo não sobrarão nem caquinhos para serem colados.
Humberto Freire (Rio de Janeiro, RJ)

Para quem ainda tinha dúvida, Paulo Guedes abre a caixa de ferramentas e mostra outra vez quem é a que veio. Não à toa é apreciado apenas pela confraria dos parasitas da banca e do mercado e pelos analistas econômicos. Gente boa essa, que não está nem aí para as mortes, para o empobrecimento da classe média e o trágico regresso de dezenas de milhões de brasileiros à pobreza extrema. "Perdemos" o Pazuello, mas o da Economia continua firme.
Celso Balloti (São Paulo, SP)

O Brasil sempre foi governado por corruptos. Continuam sendo corruptos, mas agora acrescentaram a exigência de burrice no currículo.
Francisco Neto (Uberlândia, MG)

Bolsonaro misturou a capacidade do Pazuello com a inteligência do Onyx Lorenzoni e pariu a eficiência do Guedes.
Vicente P. Oliveira (Maceió, AL)

Impressionante este governo. Como se não bastassem a incompetência e o descaso com a pandemia, a educação, a cultura, a ciência, as relações exteriores, o meio ambiente... ufa, ainda temos que digerir as bobagens ditas diariamente, quando não pelo presidente e seus filhos, por um ministro.
Hélio Moritz (Florianópolis, SC)


Renda básica
A Folha trouxe nesta terça (27) uma grande notícia: "STF manda governo criar programa de renda básica para pessoas em extrema pobreza" (Mercado). Até que enfim. A União Geral dos Trabalhadores defende esse projeto desde quando foi criada, em 2007. Os países escandinavos já implantaram a medida. Aqui, com essa tragédia de pandemias (coronavírus, falta de vacinas, fome e desemprego), a renda básica está chegando tarde. Muito louvável a atitude do STF.
Ricardo Patah, presidente da UGT (São Paulo, SP)


400 mil holofotes
Foi dito que os senadores querem holofotes na CPI da Covid. Com certeza haverá holofotes. Serão quase 400 mil deles, representando aqueles que já não estão entre nós; que perderam a batalha pela vida em consequência dos desmandos dos políticos que tinham os instrumentos e a obrigação de agir de maneira organizada a fim de impedir a maior tragédia que o povo brasileiro já sofreu.
Rodolpho Odair Sverzutti Cava (Cafelândia, SP)


Sputnik
"Diretor de fundo russo chama Anvisa de antiprofissional e mentirosa por barrar Sputnik V no Brasil" (Saúde, 27/4). O que de fato se quer é impedir que essa vacina chegue às mãos de governadores que, eventualmente, poderiam ser bem mais eficientes que os milicos incrustados no Ministério da Saúde, aqueles da turma do "ele manda, a gente obedece".
Carlos Roberto de Moura Costa (Aracaju, SE)

Num país em que centenas morrem por falta de oxigênio, respiradores e médicos, a sofisticadíssima Anvisa, com argumentos dignos de discussão de sexo de anjos, nega permissão a uma vacina aprovada por dezenas de agências de outros países. É muita canalhice com nossos milhares de moribundos.
Alfredo Azevedo (Campos dos Goytacazes, RJ)

Lava Jato
Achei parcial e grosseira a coluna de Cristina Serra de 24/4 ("Sergio Moro no lixo da historia", Opinião). Ao contrário dos desejos da colunista, de corruptos de todas as gamas, de Lula e outros políticos investigados e de alguns bolsonaristas, Moro passará à história como o líder de um grupo que conseguiu melhorar a Justiça no Brasil. Pena que por um tempo curto. A exemplo da Operação Mãos Limpas na Itália, a Lava Jato vai para a história.
Marco Antonio S. Oliveira (São Paulo, SP)


Turquia e Armênia

Escrevo-lhes a respeito do artigo "Armênia reconhecida", do senhor Mathias Alencastro.

No seu artigo, o autor refere-se aos acontecimentos de 1915 como um "genocídio" e enumera esses acontecimentos entre outros genocídios da história.

Gostaria de abordar alguns pontos a respeito dos acontecimentos de 1915, para que seus leitores tenham um melhor entendimento sobre o assunto.

Do ponto de vista legal, o genocídio é um crime claramente definido no direito internacional. Não é uma palavra genérica a ser usada para descrever alguma atrocidade grave. Para que qualquer caso seja qualificado como genocídio, a existência de condições específicas estipuladas na Convenção sobre o Genocídio de 1948 deve ser provada inequivocamente com evidências diretas, como no caso do Holocausto e dos genocídios no Ruanda e em Srebrenica.

Definir os acontecimentos de 1915 com base em preconceitos e opiniões é simplesmente desrespeitar a lei.

Além disso, não há consenso para descrever os acontecimentos de 1915. A questão é objeto de debate. Juntamente com estudiosos que defendem as reivindicações armênias, muitos outros não concordam a tese de genocídio. O Tribunal Europeu de Direitos Humanos confirmou claramente a natureza controversa dos acontecimentos de 1915. A compaixão torna-se problemática se for seletiva.

A natureza dos acontecimentos de 1915 não muda de acordo com as atuais motivações políticas dos políticos ou considerações políticas internas. Tal atitude serve apenas a uma distorção vulgar da história.
Neste contexto, permitam-me abordar brevemente os antecedentes dos eventos de 1915.

Os últimos anos do Império Otomano foram um período trágico para todos os povos que constituíam o Império. Turcos, armênios e muitos outros sofreram imensamente. Aquele período precisa ser compreendido na sua totalidade.

A partir da segunda metade do século 19, o apoio dado por algumas influentes organizações armênias às políticas da Rússia czarista destinadas a enfraquecer e dividir o Império Otomano foi considerado uma grande preocupação de segurança.

Durante a Primeira Guerra Mundial, os grupos radicais armênios não hesitaram em unir forças com o exército invasor russo para criar uma Armênia etnicamente homogênea. Isso levou às tentativas de limpeza étnica dos otomanos muçulmanos por parte dos armênios.

Em resposta, em 1915, o governo otomano decidiu que a população armênia residente na zona de guerra ou nas áreas estratégicas próximas deveria ser deslocada para as províncias otomanas do sul, longe das rotas de abastecimento e das linhas de transporte do exército russo em avanço.

Embora o governo otomano tivesse planejado a proteção e alimentação dos armênios deslocados, o seu sofrimento não pôde ser evitado nas circunstâncias da época. Condições de guerra exacerbadas por conflitos internos, grupos locais em busca de retaliação, banditismo, fome e epidemias, tudo combinado para produzir uma tragédia dolorosa que estava além de qualquer contingência esperada.

Vale a pena mencionar que não houve claramente nenhuma intenção genocida. Centenas de evidências de arquivo mostram que o governo otomano emitiu numerosos regulamentos para a segurança da recolocação, 67 oficiais otomanos foram executados devido aos seus atos ou omissões contrárias à regulamentação. Além disso, os armênios residentes em Istambul, Izmir e Aleppo não foram sujeitos a realocação.

Em 2005, a Turquia propôs a criação de uma Comissão Conjunta de História composta por historiadores turcos e armênios e outros especialistas internacionais para estudar os acontecimentos de 1915 nos arquivos da Turquia, Armênia e países terceiros, para alcançar uma memória justa à luz dos fatos históricos desse período.

Embora a Armênia nunca tenha respondido a essa proposta, ela ainda está valida.

Turcos e armênios devem trabalhar para reconstruir a sua amizade histórica sem esquecer os períodos difíceis do seu passado comum. No entanto, neste esforço, todas as partes devem ser honestas e ter a mente aberta.

Os países terceiros podem contribuir para isso, apoiando o processo de normalização entre a Turquia e a Armênia e resistindo àqueles que querem que a sua versão da história seja adotada como verdade incontestável.

Atenciosamente.

Murat Yavuz Ateş, embaixador da República da Turquia

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