É millennial e passou por burnout? Mande seu relato à Folha

Livro 'Não Aguento Mais Não Aguentar Mais' pensa por que essa geração está à beira do esgotamento

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

A semana acabou de começar e você já não vê a hora de chegar o fim de semana? Quando o dia do merecido descanso finalmente bate à porta, a ansiedade por não estar sendo produtivo o impede de relaxar? Suas horas de lazer são preenchidas por rolagens eternas nas redes sociais que, de alguma forma, parecem deixá-lo ainda mais cansado e incapaz de desligar?

Se sua resposta à maioria das perguntas acima foi afirmativa, é possível que você esteja passando pela síndrome de burnout. Se, além disso, sua data de nascimento está compreendida entre os anos de 1980 e 1995, fica aqui uma palavra de consolo: você não está sozinho. Para a jornalista e pesquisadora Anne Helen Petersen, a exaustão extrema ligada ao trabalho é a característica definidora da geração millennial.

É o que ela defende no livro “Não Aguento Mais Não Aguentar Mais”, escrito após um esgotamento pelo qual passou —e que, como é comum, ela relutou em reconhecer como burnout. “Eu achava que estava trabalhando como sempre trabalhei”, diz ela. “Não entendia por que começava a chorar quando minha editora ligava, reagi mal quando ela sugeriu que eu estava esgotada.”

Obra de Adriel Visoto
Obra de Adriel Visoto materializa a exaustão da geração millennial - Reprodução

É millennial e também já passou por burnout? Mande seu relato para a Folha. Para participar, basta preencher este formulário com seu desabafo e os dados solicitados.

Agradecemos desde já sua participação. Aliás, já temos o primeiro relato.

Assim como Petersen, esta millennial cringe que vos fala também demorou para entender, há quatro anos, que estava passando por uma crise de burnout. Embora meu corpo se esforçasse para mostrar que não aguentava mais, minha mente estava determinada a me convencer que, entre o TCC, as 12 horas diárias de trabalho e os afazeres domésticos, eu ainda não estava produzindo o suficiente.

Só fui aceitar que precisava de fato descansar quando, ao me encontrar trabalhando feito um robô, sem me dar conta das lágrimas que escorriam ininterruptamente pelo meu rosto, minha gestora juntou minhas coisas, encaixou a bolsa no meu ombro e me colocou dentro do elevador —não sem antes enfrentar minha resistência, afinal, eu tinha uma página para fechar até as 18h.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.