Exótico e louco
No futuro, quando alguém quiser saber como foi o 7 de Setembro de 2021, terá dificuldade em entender o Brasil que estamos vivendo. Em meio à maior pandemia dos últimos cem anos, com quase 600 mil mortos, crise hídrica sem precedentes, desemprego recorde e inflação em alta, milhares vão às ruas, aglomerados, sem máscaras, para dar aval a um presidente negacionista e despreparado, que não respeita as leis do país que governa. O Brasil não é só exótico, é louco mesmo.
Luiz Thadeu Nunes e Silva (São Luís, MA)
Como disse Tim Maia: este país não pode dar certo, pois aqui prostituta se apaixona, cafetão tem ciúme e traficante se vicia. Podemos acrescentar: um país onde golpista fala em nome da liberdade de expressão.
Perdedor
A Folha finalmente usando o adjetivo correto —bolsonarista— para definir quem apoia esse desgoverno racista, misógino, preconceituoso, homofóbico, negacionista, obscurantista e golpista (editorial "Bolsonaro é o perdedor", 7/9). Vê-se então que o maior entrave para deixarmos de ser o eterno pais de um futuro reside em grande parte no comportamento dessa parcela da população que agora tem quem a represente.
Cássio Antonio Leardini (Mauá, SP)
A Folha sai com maestria e assertividade em seu editorial: Bolsonaro é o perdedor. Defensor da democracia e do Estado de Direito, este jornal desmascara a farsa bolsonarista, que usa uma data cívica para promover a arruaça, a desordem e uma pseudoinsurreição golpista. Está nação não permitirá que as cores de nossa pátria se tornem a bandeira ideológica de um conservadorismo reacionário e golpista. Não há e não haverá espaço neste país para isso. Parabéns à Folha e aos brasileiros de bem!
Marcelo Rebinski (Curitiba, PR)
Esperava mais clareza desta Folha no editorial —pela data e pelo fato de estar na primeira página. Precisa ficar mais evidente o "que esta Folha defende". Quando Dilma foi destituída, editorial de primeira página defendia a cassação da chapa Dilma-Temer. O editorial desta terça poderia estar na página A2 mesmo. Só ocupou espaço na primeira.
Diogo Molina Gois (Itajubá, MG)
Diante dos "descalabros em curso" —na verdade em curso desde que os europeus puseram os pés nestas terras—, é muito pouco o que a Folha está cobrando do "topo da íngreme pirâmide social brasileira". E de nada adianta esperar qualquer atitude da "elite política", presa que está umbilicalmente ao "topo". A Folha sabe que nossa elite aceita —e continuará aceitando e até estimulando— o "descalabro" enquanto isso a favorecer —ou, pelo menos, enquanto não mexer com seus interesses.
José Zimmermann Filho (São Paulo, SP)
Cadê o povo?
Um verdadeiro soco no estômago a coluna de Cristina Serra ("Réquiem para o 7 de Setembro", Opinião). Onde está o resto do povo?
Jussara Helena Beltreschi (Ribeirão Preto, SP)
Direita
Quem não gosta da esquerda tem todo o direito de apoiar a direita. Nela há muitos políticos que respeitam os cargos que ocupam, são bem educados, admiram a arte, a ciência, a cultura, o meio ambiente, não tem filhos apreciadores das milícias e das rachadinhas, não dizem "e daí?" para os quase 600 mil mortos pela Covid, não dizem a uma mulher que não a estupram porque ela não merece, não apoiam a ditadura e a tortura... São, enfim, cidadãos de bem. Escolha um deles e vote nele. Contribuirá para livrar o Brasil dessa desgraça que se instalou no Palácio do Planalto.
Túlio de Azevedo (São Paulo, SP)
Nas ruas
Quem foi às ruas apoiar Bolsonaro endossou a corrupção, a mentira, o autoritarismo, o fisiologismo, as centenas de milhares de mortes por Covid, o desemprego, a estagnação econômica, o desmatamento, o extermínio de indígenas, a homofobia e o desmonte da cultura.
Márcio Peixoto Lauretti (Socorro, SP)
O bolsonarismo realmente está muito forte. TODOS os seus seguidores foram às ruas ontem.
Wajngarten
A Folha abre espaço perigoso ao criminoso Wajngarten, investigado pelo Ministério Público por mentir à CPI da Covid ("O Brasil, o presidente e o 7 de setembro", Tendências / Debates, 7/9). Ele já enganou famosa revista, desdizendo o que fora publicado, e agora cava um espaço no jornal. Não basta fazer editorial contundente contra Bolsonaro e deixar de lado o mea culpa do quanto apoiou o tresloucado em 2018 e, agora, alegando a fictícia independência jornalística, dar espaço a criminoso em dia tão emblemático para o país.
Adilson R. Gonçalves (Campinas, SP)
O artigo de Wajngarten é um delírio sádico. O desejo de "shaná tová", fazendo referência ao ano-novo judaico, causa revertério nos setores da comunidade judaica que não abrem mão de seus princípios éticos e sempre se posicionaram com firmeza contra o atual presidente e sua necropolítica.
Gabriel Douek, colaborador do Instituto Brasil Israel (São Paulo, SP)
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