No PL
Bolsonaro voltou de onde nunca saiu. Nas entrelinhas, chamou boa parte de seus eleitores de idiotas, pois acreditaram que o capitão enfrentaria o sistema. Aprenderão?
José Marcos Thalenberg (São Paulo, SP)
Orçamento secreto
O roubo do nosso dinheiro é caso de polícia. Já não basta o calote nos precatórios? Nossos deputados agora acham normal roubar e ainda fazem leis para ficarem impunes. O MP, a PF e a AGU estão comprados pelo capitão terrorista.
Rui Versiani (São Paulo, SP)
Proposta indecente no STF
Diante da gravidade do que é proposto pelo presidente, a reação tem sido fraca e escassa. Os grandes jornais deveriam ter feito forte campanha denunciando tamanho absurdo. O presidente apresenta seu escolhido para o STF com o motivo escancarado de pôr ali, para tomar decisões de caráter estritamente jurídico e interpretar a Constituição --a Constituição, não a Bíblia--, um cidadão "terrivelmente evangélico". Coisa assim só é possível num país terrivelmente atrasado.
Magda Wagner (Porto Alegre, RS)
O touro da Bolsa e as ruas
O senhor Ricardo Dias dos Reis (Painel do Leitor, 30/11), ao elogiar o touro dourado, vê uma obra de arte linda, mas se incomoda com a sujeira deixada pelos sem-teto no centro da cidade. Também lamento a retirada da estátua, mas porque ela berrava a nossa desigualdade, a cada dia maior e mais profunda.
Renato Alessandro da Silva (Sumaré, SP)
Conclamo as pessoas privilegiadas —como nós, leitores da Folha— a se colocarem no lugar da população, cada vez maior, que se vê obrigada a viver em barracas nas ruas e a disputar ossos para matar a fome. Fico indignada quando leio manifestações preconceituosas, como se morar na rua fosse uma opção. Empatia é o mínimo necessário.
Beatriz Telles (São Paulo, SP)
Pela ciência
Solidarizo-me com os pesquisadores e professores e aplaudo o pedido de demissão coletiva na Capes ("Mais de 50 pesquisadores da Capes pedem renúncia coletiva", Educação, 30/11). Vejo com tristeza e raiva o que um governo ignorante, sabotador e cercado pela escória acadêmica em cargos decisivos pode fazer para destruir um dos melhores programas de educaçao já construídos no país. Instituições científicas sérias, posicionem-se! O silêncio não é resposta.
Maria Ester de Freitas, professora-doutora aposentada da FGV (Guarujá, SP)
Moro e Lava Jato
"Moro acerta contas com Bolsonaro e defende legado da Lava Jato em livro" (Poder, 30/11). Ahhh, por favor! Moro vai defender o legado onde? Uniu-se ao (des)governo atual e fingiu demência diante dos desmandos do presidente e seus pupilos. Agora lança livro dizendo que "descobriu" coisas horríveis? Bastava ler o noticiário. Mais um salvador da pátria fajuto para a coleção nacional.
Ana Trigo (São Paulo, SP)
O Brasil vai ser passado a limpo com Moro sendo julgado pelos absurdos cometidos, alguns até confessados no livro.
Acertar contas? Quais contas? Ele saiu porque viu que não formava parte da turma dos terrivelmente evangélicos e estava fora dos planos de virar ministro do STF, como tinha sido combinado.
Guilherme Torres Godoy (Paranaíba, MS)
Na magistratura, um juiz ser considerado parcial é uma das mais infames e desmoralizantes condenações que ele pode sofrer. Moro foi considerado parcial pelo STF nos processos contra Lula. Apesar disso, mantém a empáfia de moralizante e combatente da corrupção.
Alcione Malheiros dos Santos (Lajeado, RS)
Não adianta negar os fatos: mais de 150 corruptos presos e cerca de R$ 4 bilhões devolvidos aos cofres públicos. A Operação Lava Jato sob a coordenação de Sergio Moro foi um momento raro na história do combate à corrupção. Só resta aos lulistas e minions o desespero pela subida nas pesquisas do digno juiz.
Carlos Vereza (Rio de Janeiro, RJ)
Terceira via
"Terceira via nunca foi tão improvável, nem tão necessária" (Joel Pinheiro da Fonseca, 30/11). O fato é que os dois principais nomes da chamada terceira via participaram ativamente para a vitória de Bolsonaro. Isso é imperdoável. O primeiro conseguiu rachar ainda mais o PSDB: como conseguiria montar um governo de coalizão? O outro rasgou o Código de Processo Penal, manipulou a opinião pública e foi omisso no Ministério da Justiça. Quem garante que não vai rasgar também a Constituição?
Genivaldo Bazílio dos Santos (Itapevi, SP)
O problema do falso paralelo entre Lula e Bolsonaro é que, em sua superficialidade, inviabiliza a crítica devida ao PT.
Bolsonaristas e lulistas estão com os pelos eriçados com a possível ascensão de um "tertius". Lula e Bolsonaro sabem que um segundo turno que não seja um contra o outro é morte certa para os dois.
Hermes Yaly (Cordeirópolis, SP)
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