Descrição de chapéu mudança climática

Leitores dizem se o Brasil pode recuperar protagonismo na questão climática

Chega à reta final a COP26, que reuniu países para discutir a crise climática

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A COP26, conferência da ONU para mudanças climáticas, reuniu países para regulamentarem pontos do Acordo de Paris, como o mercado de carbono e o aumento do financiamento climático. A Folha perguntou aos seus leitores se o Brasil pode recuperar o protagonismo na questão climática. Leia abaixo algumas das respostas.


Não com este governo.
José Fernandes de Lima Júnior (Salvador, BA)

Jogamos fora uma imagem de luta ambiental construída durante mais de dez anos de fiscalização e combate ao desmatamento e ao garimpo ilegal, além da introdução de tecnologias limpas para a geração de energia. Recuperar isso vai ser muito difícil.
Sérgio Dias Canella (Rio de Janeiro, RJ)

Sim, desde que no próximo ano se retire esse grupo que está no governo. A incompetência e o controle de grupos empresariais sem nenhum compromisso com agendas positivas, como as ambientais e climática, no atual governo impedem o protagonismo natural do país.
Jane Santos da Silva (Rio de Janeiro, RJ)

Sim, com fiscalização do desmatamento, fim dos produtos plástico —todos— e despoluição dos rios e baías.
Rid dos Santos (Florianópolis, SC)

Não. Infelizmente o país adotou uma atitude que não condiz com o tamanho de nossa responsabilidade com o meio ambiente, o clima e a sustentabilidade. Tal posição coloca à frente dessa discussão o viés econômico na sua forma mais primitiva e agressiva. Nem mesmo internamente o país tem um discurso que se sustenta. Vivemos o nosso pior momento na área ambiental.
Aloísio Francisco (Cuiabá, MT)

É possível, desde que a população perceba que a bioeconomia gera renda e empregos sofisticados (sobretudo na Amazônia) em uma economia ainda acostumada a exportar commodities. Quando a sustentabilidade for vista como responsável por encher o prato do brasileiro, as pessoas vão entendê-la e aderir a ela. Consequentemente, governo nenhum vai ousar mudar os rumos da política ambiental brasileira.
Maril Del Ferro Caieiro (São Paulo, SP)

Por enquanto não. Tínhamos um ministro representante das ideologias do presidente, que é totalmente avesso à preservação ambiental e ao desenvolvimento sustentável. Com a mudança do quadro político, poderemos retomar o protagonismo como nação que utiliza seus recursos naturais de modo consciente.
Júlia Maria França Espírito Santo (São Miguel Arcanjo, SP)

O Brasil certamente pode e deve recuperar esse protagonismo. A questão climática deve ser vista como oportunidade para o país criar novos mercados, desenvolver-se tecnológica e socialmente e ampliar a sua importância no mundo. Basta olhar a produção de energia eólica e fotovoltaica para ver o quanto o Brasil pode se beneficiar com esse protagonismo. O mercado é competitivo e temos condições de competir e garantir o nosso espaço.
Hélio A. Duarte (Belo Horizonte, MG)

Ativista protesta durante a COP26 contra a pesca em profundidade - Andy Buchanan/AFP


Um item que poderia ajudar a recuperar parte desse protagonismo seria um pagamento para propriedades que preservassem uma parte significativa da mata natural. Isso funcionaria muito bem como argumento para angariar recursos.
Matheus M. Borges dos Santos (Recife, PE)

Claro que pode. Mas é preciso acima de tudo querer. Não é o que parece que acontece no atual momento.
Osvaldo Missiato (Pirassununga, SP)

Pode e deve. O poder público precisa assumir suas obrigações na Amazônia, atualmente com regiões dominadas pelo crime organizado, com garimpo ilegal, extração ilegal de madeira, grilagem de terras, reservas indígenas saqueadas... Com ordem dos Poderes, a legalidade irá se impor e cessará o desmatamento, o grande problema do Brasil.
Pedro de Camargo Neto (São Paulo, SP)

O Brasil nunca foi protagonista na questão climática.
Luiz Felipe Alhadas de Sales (Juiz de Fora, MG)


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