Buracos nas calçadas são tortura para leitor cadeirante

Reportagem sobre infralegalismo autoritário é elogiada por risco às instituições

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Buracos no caminho
Moro na avenida Brigadeiro Luís Antônio, em São Paulo, e uso cadeira de rodas elétrica. Vou à avenida Paulista em média cinco vezes por semana. A situação das calçadas é de filme de guerra. Cada deslocamento é uma aventura. A situação fica um pouco mais decente nas proximidades da Paulista, mas, no resto do percurso, é de dar medo. É urgente que Legislativo e Executivo, além de cuidar dos reparos de ruas e avenidas, também vejam as nossas necessidades, os PCDs.
Gustavo Souza Silva (São Paulo, SP)

Gustavo Souza Silva na calçada da av. Brigadeiro Luiz Antonio, em São Paulo
Gustavo Souza Silva na calçada da av. Brigadeiro Luis Antonio, em São Paulo - Arquivo pessoal

Infralegalista
Excelente a reportagem "‘Infralegalismo autoritário’ afeta quatro áreas-chave" (Poder, 14/1). Além das quatro áreas abordadas no texto, cabe incluir o desmonte explícito da Política Nacional de Saúde e Segurança do Trabalho, por meio da revisão apressada e manipulada das Normas Regulamentadoras (NR). Em suposto tripartismo, a bancada deste governo, em aliança íntima com a bancada patronal, impõe à bancada de trabalhadores o que bem deseja, ou melhor, o mal destrutivo que deseja.
René Mendes (São Paulo, SP)

O modus operandi bolsonarista para corroer as instituições e impor a agenda pessoal do presidente vem demonstrando que é possível violar as leis dentro da lei e que os limites legais não importam. Aliás, o STF também é useiro e vezeiro em forçar hermenêutica de modo a beneficiar seus afetos. Num país onde as leis são relativizadas por quem tem o dever de defendê-las, fica tranquilo para políticos obscenos e de baixo clero também maculá-las.
Ângela Luiza S. Bonacci (São José dos Campos, SP)


Mais um retrocesso
"Brasil assume liderança de aliança internacional antiaborto" (Tendências / Debates, 14/1). É triste ler isso. E na mesma semana em que a Folha publicou reportagem sobre o documentário "Já que Ninguém me Tira para Dançar" (7/1), sobre a revolucionária dos costumes Leila Diniz. Um lamentável retrocesso esse do Brasil de Leila para Damares —mas em breve vai passar.
Jonas Nunes dos Santos (Juiz de Fora, MG)


Ouro Preto e o patrimônio
Preservação? No Brasil? Leio que desde 2012 imóveis tombados no centro histórico de Ouro Preto vêm sendo destruídos. Depois da catástrofe o Ministério Público Federal abriu procedimento para apurar as causas. Passaram-se dez anos e nada foi cobrado dos governantes de Minas Gerais —governadores e prefeitos. O mesmo aconteceu com o Museu Nacional. É assim. Ninguém cobra e depois, quando a tragédia acontece, vão apurar o que aconteceu.
Tania Tavares (São Paulo, SP)]

OURO PRETO, MG - 13/1/2022 - U m casarão histórico foi destruído devido a um deslizamento de terras na cidade de Ouro Preto, na região central de Minas Gerais. Segundo a Defesa Civil Municipal não há vítimas. O acidente ocorreu no Morro da Forca, no centro histórico de Ouro Preto. (FOTO: Ane Souz) - Rodrigo Câmara/Acervo Pessoal

Vacinas
O colunista Renato Terra, com muita inteligência, descreve um quadro surreal sobre a atuação do governo na administração das vacinas ("Operação da PF prende Zé Gotinha", Ilustrada, 14/1). O trágico é que o que pareceria ser uma ficção engraçada é a triste realidade.
Marcos Fortunato de Barros (Americana, SP)



Mofo
Ótimo o editorial "Cheiro de mofo" (Opinião, 14/1). De fato, já se está tornando enfadonho ver Bolsonaro com o mesmo script de exterminador do povo brasileiro. Vai começar aquela lenga-lenga de atacar o STF, pôr em dúvida a lisura das urnas, demonstrar uma baita indiferença diante das mazelas que fazem o povo sofrer etc. etc. Afinal, já deu para conhecer muito bem tanta monstruosidade. Não precisava repetir a dose.
Eliana França Leme (Campinas, SP)


Aos 100
Parabenizo mais uma vez os responsáveis pela coluna "Como Chegar Bem aos 100 Anos", desta vez pelo tema "Atual momento da pandemia é tragédia anunciada", abordado pela doutora Maisa Kairalla (Corrida, 13/1). Conteúdo atual e desafiador, convocando o leitor a refletir sobre o momento que vivemos desta pandemia.
Marília Viana Berzins (São Paulo, SP)


Thiago de Mello
Em tempos que flertam com a escuridão, Thiago de Mello fará muita falta. Ele era o galo que, com seu canto, lutava por uma nova aurora. Que o canto e a luz de Thiago continuem sendo fonte de alento e inspiração.
José Roberto Machado (São Paulo, SP)

homem branco idoso sem camisa em barco
O poeta amazonense Thiago de Mello é retratado no rio Andirá em 2015 - Rodrigo Sombra

Quando perdemos um poeta, o mundo fica mais desumano e mais frio. Precisamos ler seus textos com frequência para manter os sonhos presentes e os corações aquecidos.
Wlander Kwasniewski (Campinas, SP)


2022
Sergio Moro, o ex-juiz parcial, fugiu do debate sobre o sistema de Justiça proposto pelo coordenador do grupo Prerrogativas ("Grupo Prerrogativas desafia Moro para debate; ex-juiz diz que só aceita com Lula", painel, 14/1). Será que ele vai seguir os passos de seu ex-chefe, o despresidente, e fugir de todos os debates?
Beatriz Telles (São Paulo, SP)

Moro disse em 2017. "Não seria apropriado da minha parte postular qualquer espécie de cargo político, porque isso poderia, vamos dizer assim, colocar em dúvida a integridade do trabalho que eu fiz até o presente momento". Ele próprio já se declarou culpado.
Paul Muadib (Rio de Janeiro, RJ)

O grupo Prerrogativas está interessado apenas em dar continuidade à longa história da impunidade para ricos e poderosos no Brasil.
Paulo Souza (Belo Horizonte, MG)


A seleção
Há muito tempo, o ótimo colunista Ruy Castro já escreveu que a torcida brasileira está cada vez mais longe da seleção. Não sou atleticano, mas me estranha o campeão brasileiro não ter nenhum jogador na seleção. Mas o Leeds United tem, o Lyon tem, o Tottenham tem... Esses times, se disputassem o Campeonato Brasileiro, cairiam para a segunda divisão. Um combinado com jogadores de Atlético Mineiro, Palmeiras e Flamengo seria um time melhor e traria a torcida de volta. Enquanto isso não acontece, torço contra!
Paulo Roberto Silva Marcondes César (Pindamonhangaba, SP)

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