Leitores relatam perigos em viagem de lazer

Falta de orientação, medidas e equipamentos de segurança foram relatados por leitores

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A Folha perguntou nesta semana a seus leitores se já se sentiram em perigo durante uma viagem de turismo. Veja abaixo algumas respostas.


Sim. Nas dunas em Natal (RN), com buggies sem cinto de segurança nem oferta de capacete. Nos quadriciclos em Porto de Galinhas (PE). Nas trilhas mal sinalizadas em Fernando de Noronha (RN). Nas passarelas sobre a água em Foz do Iguaçu (PR). Nos barcos e balsas no rio Negro (AM). A conta é enorme.
Eulalia Moreno (São Paulo, SP)

Em Arraial do Cabo (RJ), fila de barcos para acesso à Gruta Azul e passageiros sem colete salva-vidas - Secretaria Municipal de Turismo ( SMT ) / Divulgaçao



Em décadas viajando, não encontrei pior lugar para o turismo que o Cairo. Nas pirâmides, as pessoas cercam o carro e batem na lataria para nos acompanhar (pagando-lhes, é claro). Balançam o carro e forçam a porta para entrar e cobrar. Os guias trocam socos para disputar turistas que querem andar de camelo
Dalmo S. Amorim Júnior (Vitória, ES)

Para chegar ao topo da Pedra do Baú, em Campos do Jordão (SP), é necessário escalar 200 degraus prensados no paredão de pedra. Não vi nenhum esquema de segurança, nenhum alerta quanto ao risco. Lembro-me de como minhas pernas tremiam. Em alguns trechos faltava um degrau e era preciso mais força e equilíbrio para subir. E para descer foi outro drama.
Fabiana Matos (São Paulo, SP)

Alugamos em 2017 uma pequena traineira em Arraial do Cabo (RJ) para visitar a famosa Gruta Azul, onde barcos entram e manobram. Em alto mar, deparamos com grandes ondulações. Sacudiu muito. Avistamos de longe a longa fila de barcos para entrar na gruta. Mandamos retornar e, aí sim, colocamos os coletes, em razão do alto risco, e retornamos.
Edgard Barros (Rio de Janeiro, RJ)

Escadas verticais na praia do Sancho, em Fernando de Noronha. Descem dezenas de pessoas, uma em cima da outra, e a escada é 100% vertical e muito alta. Se uma cair, derruba outras dez de uma altura de uns 20 metros. E tudo rocha em volta para bater a cabeça.
Vinícius Tremocoldi Stipp (Piracicaba, SP)

Escada de ferro entre pedra
Escada utilizada para acessar a praia do Sancho, em Fernando de Noronha (PE), entre duas pedras - Vanessa Alves Baptista/Acervo pessoal



Logo na entrada do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, você é informado de que ali não existe equipe de resgate e que, se ocorrer algum acidente, você, visitante, tem que ligar para o Corpo de Bombeiros de Alto Paraíso e solicitar resgate. A segurança é precária. Todos os anos temos notícia de pessoas que perderam a vida em um atrativo da chapada.
Patrick José dos Santos (Brasília, DF)

Em um passeio de barco nas cataratas do Iguaçu (PR), em setembro de 2020. O guia chegou perto demais da queda d’água. Ficamos muito molhados e a lancha com muita água. Foi muito imprudente, e percebi que isso é rotineiro com todos os barcos. Foi aterrorizante.
Maria Melo (Hidrolândia, GO)

No sábado passado (8/1), após não conseguirmos visitar Inhotim, fechado por causa das chuvas, tivemos de pegar uma estrada vicinal para sair de Brumadinho (MG) rumo a Brasília. A pista era bem sinuosa, ladeada por barrancos íngremes, muitos deles já desmoronando. Só nos tranquilizamos quando chegamos à BR-040.
Dionyzio Antonio Martins Klavdianos (Brasília, DF)

Em visita, na semana passada, às cidades históricas de Minas Gerais, me senti em risco. Ouro Preto, Tiradentes, Bichinho, Congonhas, São João del-Rei. São cidades montanhosas, com minas ao redor e barragens de rejeitos. Não recomendo em períodos chuvosos.
Fernanda de França Leitão Paiva (Brasília, DF)

O Complexo de Couros, um dos principais atrativos da Chapada dos Veadeiros, em Alto Paraíso (GO), é bastante arriscado, especialmente em dias de chuva. Há vários trechos íngremes e escorregadios que terminam em abismos, sem guarda-corpo ou qualquer sinalização de advertência. Zero fiscalização.
Fernanda Mathias (Campo Grande, MS)

Estava em um ônibus que ia para Paraty (RJ) e tombou em Ubatuba (SP). O motorista usou uma via onde não era permitida a circulação de ônibus e ali acabou perdendo o controle do veículo. Morreram seis pessoas no acidente.
Felipe Matos (São Paulo, SP)

Sim, em 2016, no deserto de Atacama (Chile). Na região de Piedra Roja, havia um lago congelado. O guia disse que era seguro andar sobre ele, mas dava para ver que em algumas partes o gelo havia derretido. Minutos depois, o gelo cedeu e um turista afundou metade do corpo no lago. Tentei ajudá-lo e, quando estendi a mão para puxá-lo, a minha parte do gelo também cedeu e fiquei com água acima da cintura. Conseguimos sair jogando o peso do corpo em uma parte do gelo que ainda estava firme.
Leandro Penha Chaves (São Paulo, SP)

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