Descrição de chapéu machismo

Leitoras e leitores dizem de que modo o machismo afeta seu dia a dia

Leitores criticam alta nos combustíveis

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Na necessidade de ter que ficar me justificando se o meu esposo concorda sempre que saio, viajo ou faço qualquer coisa que diga respeito somente a mim. É um pouco desgastante, porque quando ele faz a parte dele, cuidando das crianças, fazendo compras e cuidando da casa, as pessoas aplaudem, como se esse não fosse o papel natural do homem. E isso o faz acreditar que é um ser especial.
Priscila Pedroso (São Paulo, SP)

Meu biotipo é de uma mulher com ancas largas e fartas. Isso me fez sofrer desde criança. Na rua, ouvia dos homens as piores barbaridades e morria de vergonha. No colégio, um professor me assediou, me prendendo na sala de aula sozinha com ele. Às vezes queria ser invisível. Tenho 63 anos e me sinto assediada desde pequena.
Odete dos Santos (São Paulo, SP)

Protesto no Dia Internacional das Mulheres, na av. Paulista, em São Paulo - Roberto Casimiro /Fotoarena/Folhapress

Em todos os atos daqueles que me envolvem: um chefe que dá funções mais simples para uma mulher apenas por ser mulher; um colega que faz sexo com uma mulher e depois espalha sua experiência para todos, sem nenhum pudor; um motorista que fala "tinha que ser mulher". Eu repreendo essas atitudes e sou visto como "mulherzinha".
Gabriel Barbosa de Almeida (Praia Grande, SP)


Eu, como homem, vejo recorrentemente casos de machismo em meu dia a dia, até mesmo na minha família. Mas sempre que vejo algum caso desse tipo o corrijo. É claro que há uma diferença física entre homens e mulheres, mas isso nunca se estendeu ao nível intelectual. E quanto maior for a diversidade de gênero em cargos de alta representatividade, mais a sociedade tem a ganhar.
Caio Massi de Souza (São Paulo, SP)

Sou mãe de uma criança de 4 anos e estou há dois anos em home office. Minha sobrecarga é totalmente invisível para meu marido e demais familiares, que deveriam ser a minha rede de apoio. Dizem que eu reclamo de barriga cheia por estar trabalhando de casa. Mas além do trabalho tenho casa, comida, roupa e filho para cuidar. A responsabilidade da criação dos filhos recai somente sobre a mãe.
Andréa Pereira (Porto Alegre, RS)

Em pleno século 21, a mulher ainda é vista como mercadoria. A gente vive com medo! Sempre tenho que pensar na roupa que usarei para sair à noite, principalmente se for usar transporte público, uber ou caminhar na rua. Se estou com uma roupa mais decotada, coloco um casaco para o deslocamento.
Daniela Franco (São Paulo, SP)
*
Afeta porque eu trabalho só com homens e não sou ouvida. Apenas me escutam quando estão me perguntando algo. Mas quando tenho alguma ideia, é como se estivesse falando para as paredes. Tratam-me como se eu não soubesse de nada.
Talita Spadaccini Sanches (São Paulo, SP)

Afeta na desqualificação da minha competência profissional, da minha sensibilidade, da minha capacidade cognitiva. No medo constante de estar sozinha e ser mulher.
Patrícia Almeida (Brasília, DF)

No trabalho, clientes homens às vezes não aceitam meu parecer e exigem falar com meu chefe. Mas eu não tenho chefe, eu sou chefe de mim mesma. Mas eles reagem bem quando o mesmo parecer é dado pelo meu funcionário, que é o único homem da empresa.
Camila Antunes da Luz (Florianópolis, SC)

Quando me posiciono assertivamente sou vista como arrogante, mas colegas homens fazem o mesmo e são elogiados. Quando digo que não quero ser mãe, sou vista como menos amorosa que outras mulheres. Mas o mais grave é ver que ocupo um cargo de maior remuneração (professora de cursinho) excepcionalmente. Sou praticamente a única mulher entre 25 homens.
Cristina Alves Barbosa Santos (Goiânia, GO)

Pratico futebol duas vezes por semana, além de várias outras atividades físicas. No verão, uso roupas curtas, como top e short de academia. O que passo usando essas vestimentas é surreal. Assobios, buzinas, falas constrangedoras, oferta de carona... Ser mulher é difícil. Mas a cada dia que passa acredito mais no feminismo e na futura igualdade de gêneros.
Letícia Beauchamp (Florianópolis, SC)


OUTROS ASSUNTOS

Combustíveis
"Líder de caminhoneiros diz que Brasil tem que parar contra aumento da Petrobras" (Mônica Bergamo, 11/3). Caminhoneiros foram usados pelo genocida, da mesma forma que os (ricos) donos de terra e gado agora estão sendo usados e vão se lascar com o preço dos insumos e grãos, da mesma forma que os religiosos também vêm sendo usados pelo "mito". E assim vamos em frente, manipulados por políticos delinquentes e corruptos.
Carlos Becker (Curitiba, PR)

Pena nenhuma de vocês! O que ganharam, de verdade, em 2018? Nada! E sabem o que ganharão do mito(mano) se repetirem aquele ano? Borracha no lombo, muita!
Ricardo Cândido de Araújo (Taboão da Serra, SP)


A cor das unhas
"Aras é criticado após dizer que mulheres têm 'o prazer de escolher a cor das unhas'" (Política, 11/3). Bom seria se, além do sapato e da cor do esmalte, as mulheres pudessem escolher também o procurador-geral da República.
Marco Antonio Zanfra (Florianópolis, SC)

O procurador-geral da República é um primitivo reforçado e acabado, completo. E, como todos os primitivos, constitui parte deste desgoverno brasiliense e brasileiro também, por que não? Gente, como foi que caímos nessa fundura? Ou melhor, quando foi que começamos a cair nessa fundura de mentes?
Eleny Corina Heller (São Paulo, SP)

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