Na capa
Lula ter saído na capa da revista Time nesta quarta-feira (4/5) deve ter deixado o presidente Bolsonaro, o ex-juiz Sergio Moro e Deltan Dallagnol morrendo de ciúmes.
Francisco José Bedê e Castro (São Paulo, SP)

"As reações nas redes à capa da revista Time com Lula" (Hashtag, 4/5). Falando sobre as reações nas redes à capa da revista Time com Lula, Nayani Real escreve que "do lado positivo, lembranças de programas assistencialistas empregados durante os mandatos do PT aparecem nas redes sociais". Penso que a adjetivação "assistencialistas" afasta o texto do caráter informativo e envereda pela exposição de opinião ideológica. Os 15 programas listados logo abaixo, num irônico formato do PowerPoint do Dallagnol, contradizem a avaliação da jornalista.
Jonas Nunes dos Santos (Juiz de Fora, MG)

Golpe
Terríveis as palavras de Mariliz Pereira Jorge ("Vai ter golpe", Opinião, 4/5). Mas ela está coberta de razão. E o pior mesmo é ver como o Legislativo e o Judiciário estão coniventes. Só operam em benefício próprio, assim como os partidos políticos. E a sociedade civil assiste a tudo isso passivamente. Onde está aquele povo que em 2013 foi às ruas? A situação era pior do que é hoje? Não se incomodam de nos terem levado a isso?
Maria Paula Twiaschor (São Paulo, SP)

Conclusão triste exposta por Mariliz Pereira Jorge. As instituições no Brasil nunca estiveram verdadeiramente fortes. Esse discurso era balela. Havendo ou não o golpe que se anuncia desde a última eleição presidencial, a democracia aqui já está fragilizada há muito tempo.
Jairo G. Guimarães (Santo André, SP)

Militares e o governo
Sensacional a coluna de Celso Rocha de Barros nesta Folha ("Exército logo se chamará Exércentrão se continuar bolsonarista", Política, 2/5). Vai ao ponto que deve ser questionado: militares são nacionalistas ou bol$onaristas? É inadmissível, no século 21, ter as Forças Armadas brasileiras nesse papel ridículo e triste, sendo fantoche no desgoverno bolsonaro.
Paulo Eduardo Alves Camargo-Cruz (São Paulo, SP)

Eleições
"Forças Armadas têm de interferir se TSE não corrigir falhas, diz deputado bolsonarista" (Painel, 4/5). Ô coronelzinho, as Forças Armadas entendem de golpe, não de eleição, sabia?
Antonio Carlos Cunha (Goiânia, GO)

Clara estratégia para desacreditar o TSE e criar justificativa para uma ação antidemocrática, já planejada. E as Forças Armadas? Como reféns ou protagonistas dessa vergonha?
Gilda Rachel Wajnsztejn (São Paulo, SP)

A Câmara dos Deputados precisa cassar imediatamente o mandato desse deputado. Ele está afrontando a Constituição brasileira.
Marcos A. R. Araújo (Brasília, DF)

Estou meio confusa. Essa urna eletrônica tão cheia de falhas é a mesma que elegeu esse senhor como deputado, além de ter servido para eleger o Jair e seus zeros por mais de duas décadas?
Helena Hawad (Rio de Janeiro, RJ)

Deputado! Onde está na Constituição e em leis infraconstitucionais essa atribuição das Forças Armadas? Ademais, o senhor é incoerente ao dizer que não confia no processo eleitoral pelo qual foi eleito.
Antonio Adélio Belmonte Ferreira de Carvalho (Belém, PA)

Guerra na Ucrânia
"Lula diz que Zelenski é tão responsável quanto Putin pela Guerra da Ucrânia" (Mundo, 4/5). O único responsável pela guerra na Ucrânia, e por todas as demais, são os EUA.
Carlos Aberto de Oliveira Joppert (Juiz de Fora, MG)

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Tirotour
Este país enlouqueceu e o estado de São Paulo pirou de vez com essa maluquice de deputado do PL querer criar o projeto do "Tirotour", criando a tiroterapia no estado ("Deputado bolsonarista propõe rota turística do tiro em SP e defende 'tiroterapia'", Painel, 4/5). Teremos até SPA! "Parabéns". Gerarão mais empregos e mais mortes, com certeza.
Antonio Sérgio de Jesus (São Vicente, SP)

Mazzucato
Críticas são sempre bem-vindas, mas escoradas em argumentos. O artigo de Deirdre McCloskey não os tem ("A economista mais perigosa", Opinião, 4/5). Faz uma série de ataques retóricos e ideológicos a Mariana Mazzucato, certamente porque a italiana sustenta que o desenvolvimento econômico deve muito à pesquisa patrocinada pelo Estado e nem tanto à empresa privada. McCloskey poderia argumentar, mas prefere ironizar. Suas motivações são ideológicas, não científicas. Lamento.
Renato Janine Ribeiro, professor titular de ética e filosofia política na USP e presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (São Paulo, SP)