Drogas
O governo, de novo, insiste na repressão, ou seja, na mesma "cloroquina" estratégica para "acabar" com a cracolândia. A literatura mais abalizada para lidar com o problema das drogas é assertiva ao afirmar que se trata de questão de saúde pública, não de polícia. Infelizmente, reincide-se no erro de sempre, tentando pintar a parede com martelo.
Marcos Antônio da Silva (Londrina, PR)
Buracos negros
"Astrônomos obtêm primeira imagem do buraco negro no centro da Via Láctea" (Mensageiro Sideral, 12/5). Um buraco negro é o centro da nossa galáxia; e o centrão é o buraco negro do Brasil.
Paulo Sérgio Arisi (Porto Alegre, RS)
Indo tão longe para procurar um buraco negro, um sumidouro de energia, quando temos no Planalto um bem presente, em carne e osso.
Consórcio Eleições
"Manifesto alarmista debaixo de fuzil" (Conrado Hübner Mendes, 11/5). É por essa e por outras que a imprensa tem urgência de criar um "Consórcio Eleições 2022", como fez com a Covid. É preciso cercar e denunciar todos os disparates deste desgoverno e da campanha suja do milico de quinta categoria que está no poder. É tardia a hora de dar um basta a essa cambada que veio do esgoto.
Antonio Carlos de A. Campos (São Paulo, SP)
Texto impecável de Vinicius Torres Freire ("Em vez de inflação e fome, Bolsonaro fala de armas e guerra civil", 11/5). Não existe primeira via, nem segunda via, nem terceira via... Existe um Lula que estende a mão, que aponta para a paz, a tranquilidade, a união; para a reconstrução do país. Em vez de armas, livros; em vez do ódio, amor. Há que reerguer o que foi demolido, coletivizar o que está individualizado, humanizar o que está desumanizado.
Anete Araújo Guedes (Belo Horizonte, MG)
Como disse Leonardo Sakamoto, a solução de Bolsonaro para inflação alta e fome é motociata. Como não tem capacidade para resolver problemas, adota "soluções" compatíveis com seu nível intelectual e consegue ludibriar boa parte de seus eleitores. Desemprego? Fome? Inflação? Crise com outros Poderes? Orçamento secreto? Corrupção familiar? Eis a solução: motociatas.
Paulo Bittar (São Paulo, SP)
Militares
Que patriotismo! Lagosta, camarão, filé mignon, uísque... E o povo morrendo de fome. Depois vieram a finasterida para calvície, o Viagra para a finalidade que sabemos e as próteses penianas. E, como a desfaçatez não tem fim, surgem os indecentes privilégios salariais dessa casta que não aguentamos mais sustentar ("Generais do governo ganham até R$ 350 mil a mais ao ano após medida de Bolsonaro", Política, 10/5). Dizem que ainda existem milicos decentes; onde estão escondidos?
Nicola Granato (Santos, SP)
Vargas Llosa e as palhaçadas
"Mario Vargas Llosa diz preferir Bolsonaro a Lula mesmo 'com palhaçadas'" (Ilustrada, 12/5). Como comentarista politico e ativista ele é um ótimo escritor.
Rodrigo S. Toni (São Paulo, SP)
Decepção total.
O mais engraçado é ver petistas chamando liberal de defensor de ditaduras. Para os petistas, quem não pensa igual a eles é considerado fascista ou bolsonarista. Eu repudio toda e qualquer ditadura, seja de esquerda, seja de direita. Mas Lula e seus pares veneram ditadores socialistas e comunistas.
Rodiney da Silva e Silva Jr. (São José dos Campos, SP)
Bolsonaro um liberal? Só se for de botequim. Bolsonaro é um tirano que só quer se perpetuar no poder. Não tem nem inteligência para compreender alguma linha ideológica, na política ou na economia
Marli Miranda Vieira (São Paulo, SP)
Aborto
O doutor André Ricardo de Souza desabona seu título ao produzir um artigo falacioso e sem base em evidências ("O desafio social de enfrentar o aborto e o suicídio", Tendências / Debates, 11/5). A falácia consiste em equiparar um evento comum, ainda que criminalizado, da vida reprodutiva das mulheres a um evento crítico da saúde mental como o suicídio, no qual há claro comprometimento da liberdade. Desconhece também o maior estudo sobre impacto do aborto na saúde das mulheres, o Turnaway Studies, que desmente mitos e mostra que é a negativa do procedimento que acarreta danos psicossociais às mulheres.
Tiago Matheus Corrêa, doutor em psicologia pela UFPE (Recife, PE)
A interrupção voluntária da gravidez é matar alguém quando a vítima ainda está no início da sua existência. É óbvio que tal procedimento deve ser tratado precipuamente na esfera criminal, pois é aberrativo considerá-lo aceitável alegando duvidosas razões de saúde pública.
João Paulo Zizas (São Bernardo do Campo, SP)
Os 500 mil abortos inseguros anuais e seu impacto na morbimortalidade materna trazem alto custo ao SUS; são portanto importante problema de saúde pública. Concordo com Marcelo Coelho (Ilustrada, 11/5) que tal argumento serve aos favoráveis e aos contrários à descriminalização. Mas aborto é cuidado em saúde; é o tratar, o acolher; é mitigar o sofrimento humano. É portanto um direito constitucional e um direito reprodutivo da mulher.
Cristião Fernando Rosas, médico tocoginecologista, coordenador da Rede Médica pelo Direito de Decidir (São Paulo, SP)
Ser antiaborto, antes de ser matéria de religião, é questão de ética e de amor a um ser vivo que é claramente indefeso. Que triste quando a mãe, que deveria cuidar e proteger, o mata.
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