Seletividade
O trecho final do artigo desta terça-feira de Preto Zezé é para não esquecer: "O naufrágio é geral, mas o afogamento é seletivo" ("Naufrágio geral", Opinião, 14/6). Vamos procurar oferecer mais boias enquanto durar esse mau tempo.
Cristina Reggiani (Santana de Parnaíba, SP)
Pró-golpe 1
"Ministro do TST, Ives Gandra aplaude Bolsonaro dizer que pode desobedecer o STF" (Mônica Bergamo, 14/6). Alguns juristas são elogiados durante um tempo, pois parecem decentes. Depois de um período, mostram sua verdadeira face, como faz agora Ives Gandra Filho. As máscaras caem, não tem jeito. Como acreditar em algo que essa pessoa disser depois dessa cena vulgar e nefasta?
Leonilda Pereira Simões (São Paulo, SP)
Eu também teria aplaudido Bolsonaro se estivesse presente.
Ives Gandra Filho é apenas mais um membro da Opus Dei, a organização religiosa que tem como um de seus ídolos o ditador espanhol Francisco Franco. Gandra nunca foi democrata e sempre menosprezou os menos favorecidos.
Maria Lygia de T. Barros (São Paulo, SP)
Uma carreira de certo modo brilhante sendo jogada no despejo de dejetos não recicláveis. No final, esse é o legado que permanecerá desse dito jurista.
Lourenço Faria Costa (Quirinópolis, GO)
Pró-golpe 2
"Heinze, do PP, defende golpe militar de 64 e diz que pode distribuir medicamentos ineficazes" (Política, 14/6). Vergonha desse sujeito... Acompanhei suas falas na CPI da Covid. Eram uma "piada". Que mentalidade atrasada.
Fabiano Antunes Miquelante (Brasília, DF)
O sujeito afirma que, se um médico que ele escolheu para sua equipe receitar um remédio ineficaz, ele ignora a ineficácia do medicamente e aprova a compra e a distribuição do remédio. Isso é crime!
Marina Gutierrez (Sertãozinho, SP)
Heinze é cara do agro(tóxico) gaúcho: reacionário, lambe-botas de milicos, racista e homofóbico. Para um estado que já sediou o Fórum Social Mundial e implantou o Orçamento Participativo, ter Heinze, Onyx Lorenzoni e Eduardo Leite entre seus candidatos com alguma chance de vitória mostra que a decadência é vertiginosa.
Maria Helena Firmbach Annes (Porto Alegre, RS)
Bruno e Dom
Novamente o Brasil está às voltas com o desaparecimento de pessoas. E novamente o poder público não dá respostas. Uma das outras vezes foi Amarildo a vítima; e seu corpo nunca foi encontrado. Agora o novo Amarildo pode saber demais sobre onde estão as vítimas e seus algozes. Esperamos que não desapareça antes de esclarecer tudo.
Maria de Fátima Brito (Belo Horizonte, MG)
Há anos perguntamos: Quem matou Marielle? Vai ser assim também com Bruno Pereira e Dom Phillips?
Ana Cláudia Galrão (Divinópolis, MG)
Moeda de troca
"Bolsonaro diz que suposto acordo com Moraes envolvia fim do inquérito das fake news" (Política, 14/6). O que põe fim a um inquérito são questões jurídicas, não um "toma-lá-dá-cá" entre um ministro do Supremo e o presidente da República. Acordos desse jaez são entre chefes de famílias mafiosas. Respeito à ordem democrática é dever de um chefe de Estado, não é moeda de troca.
Jonas Nunes dos Santos (Juiz de Fora, MG)
Unanimidade
Pau que bate em Chico... Na Câmara surgiu a brilhante (contém ironia) ideia de o Congresso poder revogar decisões não unânimes do Supremo Tribunal Federal. Aí eu pergunto: O que os nobres deputados acham de uma Proposta de Emenda à Constituição para que as decisões não unânimes da Câmara também fossem revogadas?
Ernani Terra (São Paulo, SP)
Doria
Li nesta terça-feira o artigo "Não desisti do Brasil" (Tendências / Debates, 14/6), escrito pelo ex-governador e atual "gestor" na vida pública João Doria. No texto, ele elenca seus principais feitos (na opinião dele) para povo paulista. Mas se esqueceu de citar os malefícios praticados contra os servidores do Estado e não falou de suas críticas aos candidatos à Presidência. Lembrei-me da fábula "A raposa e as uvas"; como não conseguiu alcançá-las, a raposa disse: estão verdes.
João Pastina Neto (Pereiras, SP)
Recomendo a João Doria que não desista da vida pública. Ele pode candidatar-se à Câmara dos Deputados ou ao Senado, onde poderá obter maior bagagem política (no bom sentido, espero), setor em que ainda é amador, e diminuir a sua vaidade pessoal, que é alvo de piadas. E mesmo no Executivo acho que Doria ainda tem muito a oferecer ao Brasil, com sua honestidade, sua boa vontade e sua indubitável competência administrativa.
Clive Leonard Cannell Ashby (São Paulo, SP)
João Doria foi injustiçado pelo PSDB e pelos eleitores. Isso é triste. Mais triste é a perda, para o Brasil, de um possível presidente competente e honesto. É realmente uma pena que não tenhamos esta opção.
Maria Tereza Fontana Reis (São Paulo, SP)
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