INTERAÇÃO ENCERRADA Veio à tona nesta semana a notícia de que uma menina de 11 anos recém-completados, de Tijucas, em Santa Catarina, não foi autorizada por uma juíza a fazer aborto. A criança engravidou em decorrência de um estupro quando tinha 10 anos. A prática do aborto em casos assim é prevista em lei.
Numa audiência com a menina, a juíza Joana Zimmer tenta dissuadi-la de fazer o aborto. A conversa da juíza com a menina é impressionante. Ela chega a perguntar à criança se ela gostaria de escolher um nome para o "bebê".
Não é o primeiro caso de estupro e gravidez em criança que chega ao conhecimento da sociedade e no qual os representantes da Justiça agem em desacordo com a lei.
Em 2020, uma menina do Espírito Santo, também de 10 anos, que era vítima de estupro desde os 6 anos acabou ficando grávida. O aborto foi feito em Recife, após a família obter uma autorização judicial para realizá-lo.
A Folha apurou que a ex-ministra Damares Alves, que à época chefiava o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, atuou para tentar impedir o aborto.
O que você, leitor da Folha, pensa sobre isso? Por que pessoas que têm a missão de fazer valer a lei agem em desacordo com ela? As crenças religiosas têm a ver com esses comportamentos?
Responda para nós neste link. Publicaremos algumas respostas na edição de domingo do jornal impresso.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.