Descrição de chapéu Copa do Mundo 2022

Para leitores, Pelé e Carlos Alberto Torres marcaram os mais bonitos gols do Brasil em Copas

Além de Richarlison, foram ainda citados lances clássicos de Jairzinho, Nelinho e Falcão

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Belo Horizonte

O golaço de Richarlison no jogo entre Brasil e Sérvia, realizado na última quinta-feira (24) na Copa do Mundo do Qatar, inspirou a Folha a perguntar a seus leitores: qual foi o gol mais bonito do Brasil em uma Copa?

A interação, com quase 40 respostas, terminou em empate técnico. Com seis votos cada, Pelé e Carlos Alberto Torres, o Capita, foram eleitos donos dos melhores gols brasileiros feitos em Copas do Mundo.

pelé, homem negro de cabelos curtos, está sem camisa e com o punho erguido enquanto é levantado por uma multidão que invade o campo de futebol, num estádio lotado. a foto é em preto e branco
O atacante Pelé é levantado durante comemoração do título da Copa do Mundo de 1970, após a vitória do Brasil sobre a Itália, por 4 a 1, na Cidade do México - Xinhua/Imago/ZUMAPRESS

De Pelé, os leitores destacaram o gol da final da Copa de 1958, "com chapéu no zagueiro e conclusão de primeira", como destacou o professor Marcelo Pacheco Soares, 43, do Rio de Janeiro.

À época, o Brasil bateu a Suécia por 5 a 2 na cidade de Solna, na própria Suécia, e se tornou campeão mundial de futebol pela primeira vez.

"Ainda com 17 anos, [Pelé] demonstrou uma incrível capacidade de dominar a bola com peito num lindo lançamento de Nilton Santos, chapelou Rafael Lins dos Anjos, o zagueiro, e, ainda com a bola no ar, acertou chute indefensável no canto direito do gol sueco. Pintura", escreve o empresário Rafael Lins dos Anjos, 40, de Campinas.

Para o professor Jorge Ricardo Santos Gonçalves, 70, do Rio de Janeiro, o gol foi o mais belo "por ter definitivamente resgatado a autoestima do povo brasileiro". "Afinal, a primeira Copa do Mundo será para sempre a mais difícil de todas, sobretudo após a frustração de 1950!", ele escreve.

Do Capita, foi destacado o gol feito contra a Itália na Copa de 1970, no México. O lance, segundo o engenheiro Vital Romaneli Penha, 66, de Jacareí (SP), reuniu "tática, técnica, talento, conjunto e fundamentos".

Rodrivo Vaz, 52, funcionário público de Campinas, resume a jogada que coroou o momento. "Mais que um gol que confirmou uma vitória em um jogo, mais que a conquista de uma Copa, era o Brasil assumindo a hegemonia no esporte, a conquista de uma liderança que nunca mais foi perdida. A torcida invadindo o gramado ao final, enlouquecida, fala por si. Não era mais futebol, era arte!"

"Aquela troca de passes, o jogo coletivo, a assistência de Pelé e o chute certeiro do capitão do tri resumem perfeitamente o futebol brasileiro e o futebol como um todo", complementa o professor e historiador Luigi Fernandes, 51, de São José dos Campos (SP). "Técnica e jogo coletivo. Cara do Brasil, DNA do futebol."

Esses, entretanto, não foram os únicos lances lembrados pelos leitores. Teve quem citou o gol de Jairzinho na mesma copa de 1970, num jogo contra a Tchecoslováquia, e até quem lembrou o chute de Nelinho, que marcou o segundo gol do Brasil na decisão do terceiro lugar da Copa de 1978, jogo contra a Itália. "Um petardo de fora da área que fez uma curva inacreditável até hoje", recorda o analista de investimentos Eládio Gomes, 54, que vive em Toronto, no Canadá.

Outros citados foram Falcão na Copa de 1982, Ronaldinho Gaúcho na de 2002, e, claro, Richarlison, na última quinta-feira. Afinal, com mais de duzentos gols marcados em Copas do Mundo, o Brasil acumula conquistas e jogadas a ponto de deixar qualquer outra seleção com inveja.

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