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13/12/2007 - 02h30

Dom Cappio, desocupação, CPMF, médicos, Natal, Congresso

da Folha Online

Dom Cappio

"O bem elaborado artigo do bispo Luiz Flávio Cappio ('Tendências/Debates', 12/12), com conotações do cotidiano que é o governo Lula, em todas as áreas, demonstra que o religioso está bem mentalmente. Nem parece ter sido escrito por quem deveria estar debilitado não apenas fisicamente.
Mas seria bom também que aproveitasse a ocasião para meditar quais seriam as causas de crescer a avaliação positiva do governo Lula. Não teria o bispo e a sua igreja, no passado, avaliado mal e colaborado para a ascensão dos companheiros que estão no poder, sem perceber que eram apenas um bando de 'revoltados' sem qualquer projeto factível da nação?"

PAULO MARCOS G. LUSTOZA (Rio de Janeiro, RJ)

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"Se perguntar não ofende, gostaria de saber quem é o ministro Geddel Vieira Lima.
Que moral tem para criticar o bispo dom Cappio? E será que ele não percebe que dom Cappio não está sozinho? Tem parte de um povo atrás.
O presidente Lula, do alto de sua popularidade, devia estar atento a isso. Só podemos concluir que realmente há algo de podre neste reino da transposição."

EVA MARCÍLIO (São Carlos, SP)

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Desocupação

"Caiu como um pacote bêbado atrapalhando o trânsito a medida da Prefeitura de São Paulo de despejar os moradores da favela às margens do rio Pinheiro. Pelo menos foi assim que foi noticiado pela mídia (jornais, rádios e TV) de São Paulo e do Rio de Janeiro. Em todas as manchetes, o engarrafamento provocado pelo evento teve mais destaque do que as mães caídas no chão, tentando proteger seus filhos (alguns bebês) do gás lançado pela policia.
A nossa mídia chegou a tal ponto de insensibilidade com as questões sociais que me senti humilhada como ser humano e me lembrei do filósofo Levinas, quando diz que 'é olhando para a face do outro que forjamos a nossa pessoa, uma noção mais profunda que nossa identidade'.
Levinas, que era judeu, construiu sua noção de pessoa considerando a face do outro, a alteridade, porque queria falar da indiferença que mata. Mata a pessoa que existe em nós e mata o outro.
A mídia matou um pouco mais dela mesma quando viu na face do outro um pacote bêbado atrapalhando o trânsito."

LINDINALVA LAURINDO DA SILVA (São Paulo, SP)

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"O que impede a Folha de aprender com Chico Buarque? Já havia irracionalidade suficiente em manchetes do gênero 'Morreu na contramão atrapalhando o tráfego'. Em 1971, emergiu a música que deixaria um legado das tragédias cotidianas e o posicionamento supérfluo da mídia. Ao ler 'Conflito em SP durante remoção de favela provoca trânsito recorde' ( Folha, 12/12) achei repulsiva, além de vergonhosa, a ênfase no congestionamento da cidade por parágrafos a fio. Repulsivo pensar que o fato de famílias e crianças serem despejadas em plena marginal Pinheiros, de modo desumano, não mereça uma análise mais densa além do tráfego. Por que se contentar em informar friamente os fatos e não realçar um mínimo de sensibilidade humanitária? Perde-se aqui a função da mídia como engajadora política, e estamos cada vez mais perto de um jornal puramente técnico."

DAHLIA DWEK (São Paulo, SP)

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CPMF

"Vamos parar de chamar a CPMF de 'imposto do cheque'? Esta é a tática do governo para relativizar (de preferência nas 'zelites') o imposto que incide sobre toda e qualquer operação financeira deste país. Dos cheques e da movimentação bancária dos clientes vem menos de 10%.
De uma plataforma de petróleo a uma maria-mole comprada na esquina, tudo paga CPMF. Se vergonha fosse um produto à venda, e se nossos deputados e senadores pudessem comprá-la no supermercado, pagariam CPMF."

EMMANUEL PUBLIO DIAS (São Paulo, SP)

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"Foi com enorme prazer que li a nota oficial da Associação Paulista de Medicina intitulada 'A Saúde do Brasil e a CPMF'. A Associação, muito democraticamente, expõe os motivos da não aplicação dos valores arrecadados pela CPMF, não destinados à área da saúde. O direito defendido pela associação demonstra a preocupação com os pacientes diante de um programa falido de saúde, o SUS, demonstrando que a votação da CPMF nada mais é do que uma manobra política do mais baixo nível e, com isso, deixando para frente a preocupação com o bem mais precioso do ser humano."

CARMEN MARTINS FERREIRA (São Paulo, SP)

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"Na mesma linha do que propõe a leitora Irene Sandke ('Painel do Leitor', 11/12), pergunto a todos que se levantam contra a CPMF: por que nunca antes neste país houve um movimento tão forte contra um imposto? Por que estes mesmos se omitem diante de coisas como alíquotas injustas do IR que recaem sobre os assalariados, essa parcela de contribuintes que não têm como deixar de declarar exatamente o quanto recebem e para quem a CPMF é um problema bem menor?
Por que é só a CPMF que os incomoda tanto?"

MÁYDA A. ZANIRATO (Santos, SP)

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Médicos

"A propósito do editorial ['Diplomas na UTI']":http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz1212200702.htm ( Opinião, 12/12), a adoção de um um exame de suficiência aos recém-formados, nos moldes do exame da OAB, só irá confirmar o óbvio: médicos tão malformados como os advogados. Qual a vantagem disso? Os únicos que ganham com isso são os donos de faculdades de araque. Continuam cobrando as suas mensalidades extorsivas por um diploma que não vale nada. Cria-se mais uma pseudo-solução formal com mais um diploma.
Médicos, advogados e todos os outros profissionais necessitam de formação sólida, sendo que os médicos ainda necessitam residência médica --não disponível para mais da metade dos formandos- e educação continuada. Ou eliminamos de vez as faculdades caça-níqueis ou ficamos quebrando a cabeça para tratar os sintomas, e não a doença."

CARLOS ALBERTO GATTO BIJOS (São José dos Campos, SP)

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Espírito de Natal

"Durante três dias estou assistindo TV em quatro línguas diferentes de oito países. Todos falando do Natal. Quanto se gastou em comparação ao ano passado? Quantos empregos temporários foram criados? Estas pessoas também vão gastar mais. Quanto foi gasto em importações etc. Números e números! Isto é a celebração do nascimento de Cristo? Isto é o que se chama progresso? Se Cristo ressuscitasse agora, vendo as estrelas artificiais em cima das árvores e o velho de botas num país tropical, o que ele faria? Ele se inspirou na escuridão do deserto e nas estrelas verdadeiras!"

HELGA SZMUK (Florianópolis, SC)

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Congresso

"A mídia poderia dar uma boa contribuição para a redução dos impostos se fizesse um levantamento da função dos 37 ministérios e dos quase 26 mil contratados. O que esse pessoal faz? Se realmente faz alguma coisa. Do jeito que está, sem controle dos gastos, sem a prestação de contas, só mesmo a mídia fiscalizando, pois o Congresso, na sua maioria, de algum modo deve fazer parte do esquema."

MASSASI MINAME (São José dos Campos, SP)

 
 

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