Precatórios, eleição, algemas, lei seca, e-mail, nepotismo

Precatórios

"Não temos mais a quem apelar, pois até ordem judicial o governo do PSDB não cumpre. Covas, Alckmin e agora Serra, que já foi ministro da Saúde e ainda não entendeu quanto gasta um idoso com remédios. Tenho 80 anos de idade, meu marido trabalhou quase meio século na antiga Fepasa. O dinheiro que nos foi usurpado neste governo PSDB eles não devolvem, nem mesmo com ordem judicial. Dá para acreditar? Acreditar em quem? Justiça? No Serra? Sou mais uma das centenas de pensionistas que agonizam."

NADIR CARVALHO PORTO (Ribeirão Preto, SP)

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Eleição

"Pesquisa realizada pelo Instituto Vox Populi, a pedido da Associação dos Magistrados Brasileiros, entre os dias 27 de junho e 6 de julho, acende um sinal de alerta em relação a tão propalada confiança dos brasileiros em sua democracia. Compiladas as respostas dos 1.502 eleitores, entrevistados em todo o país, ficou estabelecido, entre outras coisas, que: 1) 82% deles não acreditam que os políticos cumpram as promessas feitas durante a campanha; 2) 85% consideram a política como uma atividade que só beneficia os próprios políticos; 3) 52% dizem que os resultados das eleições não são confiáveis, por não serem alcançados de maneira limpa e/ou sem fraudes. Como se vê, a confiabilidade do nosso atual sistema eleitoral, seguramente em função da podridão que tomou conta da política brasileira, está em franca decadência. Isso pode ser perigoso, muito perigoso!"

JÚLIO FERREIRA (Recife, PE)

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Algemas

"No momento em que pululam Brasil afora as louváveis operações de combate à corrupção capitaneadas pela Polícia Federal, o Supremo Tribunal Federal edita uma súmula vinculante que impõe a justificação escrita, por parte da autoridade policial, do uso de algemas no ato da prisão dos corruptos. Qual o motivo desse inoportuno formalismo? Existe justificativa mais adequada do que o fato de que as mãos algemadas dos corruptos são as mesmas mãos que desviaram recursos públicos que resultaram na morte de milhares de brasileiros? Merece condescendência o criminoso frio e vil que assassina os seus concidadãos quando, ao praticar corrupção, acarreta a falta de merenda escolar no prato de crianças carentes e desnutridas (que quase sempre tem aí o seu único alimento diário), buracos em estradas, ausência de saneamento básico, epidemias e caos nos hospitais? O STF tem que ser o guardião da Constituição, e não da corrupção."

TÚLIO MARCO SOARES CARVALHO, professor e advogado (Belo Horizonte, MG)

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Lei seca

"Na semana passada, escutei uma entrevista no rádio, com um advogado que entrou com uma liminar contra a lei seca. Durante a entrevista, a impressão que tive era de que o entrevistador queria deixar o advogado constrangido, pelo fato de o mesmo ter conseguido a liminar, lhe garantindo o direito de, caso não sopre o bafômetro, não seja multado nem tenha a sua carteira apreendida. Na entrevista, ele declarou não ser contrário a lei, mas, sim, à forma como ela foi feita e implantada. Ele disse que a lei anterior era mais razoável que esta, já que estabelecia limites aceitáveis, e não a eliminação completa do teor de álcool no sangue. Ele só não mencionou que ela não era fiscalizada nem exercida. Concordo que as leis e as ações contra motoristas alcoolizados tenham que ser mais rígidas. Mas não podemos partir do quase zero para o tudo. Por que não se fiscalizava anteriormente e agora estão fazendo verdadeiros mutirões de fiscalização? Será porque a multa agora compensa? Ou porque os fabricantes de bafômetros estão lucrando com isto?"

WAGNER EUSTAQUIO RIBEIRO (Belo Horizonte, MG)

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e-mail da Folha

"Configurar um e-mail gratuitamente é uma excelente oportunidade oferecida pela Folha ( Cotidiano). Já sugeri aos meus alunos o cadastramento no portal, assim não terão desculpas para não conferir a abundância informativa disponibilizada aos leitores do jornal."

DORALICE ARAÚJO, professora de redação (Curitiba, PR)

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Nepotismo

"A hipocrisia e cinismo deste senador Efraim Morais não tem limites. Como é que a Folha aceita pôr como artigo (sic) a defesa que este senador faz a respeito de dar emprego(sic) aos seus parentes. Nepotismo não tem defesa possível. Esta situação não é ilegal? É. Portanto já foi vista por quem de direito. Certamente a Folha teria coisas mais importantes, sérias e honestas a publicar do que este artigo."

DANIEL WILLMER (Rio de Janeiro, RJ)

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"A propósito do artigo publicado na edição de ontem, assinado pelo senador Efraim Morais, no qual ele diz que apenas cumpre a lei ao nomear pessoas de sua afinidade, partindo da premissa que tecnicamente esses indivíduos estão aptos para o exercício das funções, pois estão dentro dos preceitos legais e o que deveria sofrer mudança seria a legislação, seria cômico se não fosse trágico, pois são os políticos que propõem as leis e as aprovam. O que vale dizer que, qualquer modificação na legislação deveria partir deles! Mesmo ele sendo corajoso ao defender esse ponto de vista, podemos afirmar, plagiando um conhecido jornalista: isto é uma vergonha! Lamentável!"

JOÃO AMÉRICO GENEZI PALLINI (Sorocaba, SP)

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"Eu fiquei me perguntando: o que é que o senador Efraim Morais quis dizer com o artigo dele? Justificar o fato de ele ter contratado parentes para trabalhar no gabinete dele? Dizer que o nepotismo é uma 'prática mundialmente aceita'? Ou virar de vez uma lenda no imaginário popular brasileiro, tal qual Severino Cavalcanti?"

DELMIR DE ANDRADE DANTAS FERREIRA JÚNIOR (Natal, RN)

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Petrobras

"Ao pretender se apoderar de uma reserva de valor ainda potencial do pré-sal, o governo tem esbarrado em equívocos lamentáveis e ao mesmo tempo preocupantes. Em primeiro lugar, está deixando de considerar que um número apreciável de brasileiros empenhou seu fundo de garantia na compra de ações da Petrobras, graças a um trabalho intenso de indução promovido pelo próprio governo. Não importa que o presidente na época era o sr. Fernando H. Cardoso, pois o fundamental foi o fato de que a promoção então desenvolvida foi realizada sob os auspícios do governo federal. Desse modo, o deslocamento das reservas do pré-sal, de domínio legítimo da Petrobras e de seus acionistas, para uma outra empresa passa a caracterizar um autêntico 'golpe' na poupança de milhares ou talvez de milhões de brasileiros que acreditaram em nossos governantes e na comprovada capacidade realizadora da nossa estatal do petróleo. Em caso de insistência no que vem sendo divulgado, as disputas certamente irão para as ruas e vão levar os conflitos para o mundo inteiro, sobretudo via internet.
Não acredito que o presidente Lula possa permitir tamanha "falcatrua"..."

BENEMAR GUIMARÃES, médico (São Paulo, SP)