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06/08/2009 - 02h30

Senado, quadrinhos, gripe, fumo, educação

da Folha Online

Senado

"Embora tenha adorado o olhar de absoluto constrangimento do sr. Sarney ao ser cumprimentado pelo sr. Collor de Mello, sei que são espelhos e concordo totalmente com Clóvis Rossi ( Opinião, 5/8) de que são imagens do lodaçal.
Com tanta lama, proponho mais uma pá do mesmo material: por que temos que pagar pelo jato da Força Aérea Brasileira utilizado pelo mesmo sr. Sarney quando de sua visita à mulher no fim de semana (visita particular e privada, portanto)?
Ponho na roda o deputado do PT, Cunha, que o acompanhava. Estes sujeitos, não bastasse terem direito (sic) a passagens (que vendem), ainda nos fazem pagar seu deslocamento pela FAB. Qual será a desculpa dessa vez?"

DANIEL WILLMER (Rio de Janeiro, RJ)

*

"O que é mais nocivo e mortal ao Brasil: a gripe suína ou boa parte dos políticos brasileiros, que cada vez mais se revelam delinquentes, especialistas em falcatruas, esquemas ocultos, desvios de verbas e outras pilantragens?
Uma frente de combate muito maior do que aquela que tenta prevenir a gripe suína deveria se levantar contra isso.
Como ter esperanças quando Lula, Collor de Mello e Renan Calheiros se unem para defender Sarney?
Bem diz o ditado: 'dize-me com quem andas e te direi quem és'.
A gripe suína é inofensiva perto de um Senado inútil, que envergonha e humilha os cidadãos de bem e é verdadeira origem de grande parte da miséria que assola as classes mais pobres. Se não fossem políticos corporativistas, estariam na cadeia."

ROMÃO ANTONIO MARTINI MARTINS, pároco da Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora (Londrina, PR)

*

"Manifesto indignação e espanto com os rumos que tomou a crise do Senado Federal no Brasil, encarnada na figura de seu presidente, José Sarney.
Não posso deixar de registrar como são 'moucos' os ouvidos de nossos políticos, insensíveis às demandas e aspirações dos cidadãos deste país.
A Folha tem apontado, de diferentes formas, o mal-estar que toda essa situação representa. Lembro o artigo do historiador Marco Antonio Villa ('Tendências/Debates', 27/7), no qual faz uma retrospectiva avassaladora e procedente sobre a figura do atual presidente do Senado.
Devo citar também o artigo de Elio Gaspari ( Brasil, 5/8), que, com erudição e delicadeza, sugere a Sarney que se retire do cenário político.
Mas como é difícil romper com essa tradição secular da política brasileira de acomodar-se, resistir às mudanças e de promover modernização sempre pela via conservadora! Isso se evidencia no nosso sistema democrático que preserva, em postos chave, figuras autoritárias que não conseguem se desprender das vantagens oriundas dos cargos que ocupam e continuam sempre a se apropriar do que é público como se fosse privado."

SHEILA BRANDÃO BAGGIO (Belo Horizonte, MG)

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Quadrinhos

"Em relação à carta do leitor João Batista Fernandes ('Painel do Leitor' , 4/8), gostaria de manifestar uma opinião totalmente contrária a dele.
Em primeiro lugar, imagino que o critério de seleção dos quadrinhos da Folha deva considerar linhas de humor e escolas gráficas variadas, com o óbvio intuito de agradar o heterogêneo leitor de um jornal periódico.
Em segundo lugar, não dá para criticar excesso de texto nos quadrinhos da Folha. Além de não ser um padrão --o Folhateen dessa semana tinha um quadrinho sem nenhum texto--, essa é apenas uma das várias escolas aplicadas por parte do time de cartunistas, que bebe da fonte de gênios como Robert Crumb, Frank Milller etc.
Não dá para dizer que excesso de texto é um critério para avaliar mal um quadrinho, nem tampouco insinuar eventuais abusos de referências pornográficas para sustentar a crítica.
Vida longa a Laerte, Angeli, Fernando Gonsales e Glauco."

DANILO WEINER (São Paulo, SP)

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Gripe

"Até o dia 2/8, segundo o Ministério da Saúde, se o Tamiflu fosse dado para quem não era do grupo de risco, geraria resistência e mutação no vírus. Mas agora pode ser prescrito por qualquer médico para qualquer paciente que tenha o quadro de gripe. Era óbvio desde o início que tinha que ser assim. A indicação específica de Tamiflu é gripe de qualquer tipo. Aplicado nas primeiras 48 horas, cortaria a cadeia de transmissão e poderia curar o paciente.
Entre dar o Tamiflu --que é barato-- para pessoas sem problemas de saúde e esperar que essas pessoas ficassem em estado grave e irreversível e tivessem que ocupar um leito de UTI por uma semana, que é caríssimo, o ministério preferia o segundo caminho. É a 'medicina baseada em evidências' aplicada com rigor científico e com frieza robotizada.
Fico curioso para saber se um familiar próximo do ministro contraísse gripe ele esperaria a evidência do agravamento para levá-lo para a UTI ou, então, conseguiria rapidamente um Tamiflu de sua reserva técnica para dar-lhe nas primeiras 48 horas."

ROBERTO DOGLIA AZAMBUJA (Brasília, DF)

*

"O Ministério da Saúde criticou o uso indiscriminado do remédio para combater a gripe suína, pois o vírus poderá resistir ao medicamento, mas o Estado de São Paulo facilita o acesso ao remédio Tamiflu. As informações são desencontradas, e a população fica sem uma orientação, gerando uma corrida desesperada aos postos de saúde com um simples resfriado. Isso é o resultado de um fraco plano de combate a essa pandemia por parte dos governos."

ADALBERTO FERNANDO SANTOS (Taubaté, SP)

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Cigarro no teatro

"No Brasil, tudo tem que virar polêmica. Da mesma forma que um ator, quando é ferido, o sangue é artificial. Quando o personagem é um drogado, a droga é de mentirinha. Quando o ator tem que consumir bebida alcoólica em cena a bebida muitas vezes é água ou suco. E assim, no mundo da ficção, tudo é de mentira. Por qual motivo o cigarro tem que ser de verdade? Existem cigarros de chocolate que poderiam muito bem ser usados em cenas no teatro. Se o Antonio Fagundes fizer papel de um drogado, será que ele consumiria drogas de verdade em cena para dar realismo ao personagem? É uma bobagem o que ele falou. E ainda ganha uma página inteira."

CRISTIANO DANIEL LESCANO (São Paulo, SP)

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Educação

"Vergonhoso o editorial da Folha de 4/8. Apesar de admitir o descaso do governo tucano com a educação nos últimos 14 anos, a Folha deliberadamente embarca na campanha eleitoral de José Serra.
Considerar a esdrúxula política de bônus como adequada, bem como o curso para os recém-concursados --ao invés de um projeto de formação continuada-- e agora uma proposta de plano de carreira que fará com que no máximo 20% dos professores (depois de 12 anos!) venha a ganhar com dignidade, é um absurdo.
A Folha desconhece a realidade das escolas estaduais. E desconhece por preguiça, ou por conivência, já que não se propõe a investigar de fato os verdadeiros problemas educacionais. Porém isso não a impede de opinar com editoriais desastrosos como esse."

THIAGO ARAGÃO ESCHER, professor (Campinas, SP)

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Rubem Alves

"Agradeço ao sr. Rubem Alves, que, em seu artigo 'O gato que gostava de cenouras' ( Cotidiano, 4/8), esclarece de forma sensível e bela as sandices escrita pela sra. Patrícia Porto da Silva ('Painel do Leitor' , 4/8) ao criticar a decisão do Conselho de Psicologia contra a pretensa curadora de homossexuais.
De forma simples e poética, o missivista mostra-nos que homossexualidade não é uma opção e, sim, uma orientação."

RONALDO GOMES NEVES (Diadema, SP)

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Cabo Anselmo

"Em seu artigo 'O dito cabo Anselmo' ( Brasil, 4/8) Janio de Freitas refere-se à fuga rocambolesca narrada por Anselmo, a qual, na opinião do jornalista, vale por um atestado. Realmente a declaração do cabo Anselmo dada a Octávio Ribeiro ('Confissão do cabo', 'IstoÉ', 28/3/1984), vale por um atestado: 'A chave da cela ficava na minha mão. (...) Disse ao guarda de plantão que ia encontrar uma mulher e saí pela porta da frente. O pessoal da Polop me levou para São Paulo e de lá, de carro, fui para o Uruguai' (pág. 27).
Quem conhece a repressão militar da época não pode acreditar que Anselmo tivesse tanta facilidade, principalmente ele que, segundo Janio de Freitas, era 'o maior incitador da rebelião (dos marinheiros) e das ameaças à oficialidade'. Penso que os segredos de cabo Anselmo mereciam reportagens ou mesmo um livro mais aprofundado para revelá-los."

JASSON DE OLIVEIRA ANDRADE (Mogi Guaçu, SP)

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Brasília

"Discordo em absoluto do leitor Pedro Valadares ('Painel do Leitor' , 4/8). Desde quando a proximidade da rodoviária de Brasília com a praça dos Três Poderes tem alguma relação com a 'interação do povo com o poder'?
O Planalto, o STF e o Congresso Nacional estão tão distantes das pessoas que transitam por aquela rodoviária como daquelas que chegam e saem de suas congêneres em Porto Alegre, Natal ou Boa Vista.
O fato é que Brasília, em termos da interação entre os diversos atores da sociedade, é um fracasso completo.
Conforme bem disse Marshall Berman ( Mais!, 2/8), 'Brasília é construída de modo a evitar que as pessoas se encontrem'."

MARCELO MELGAÇO (Goiânia, GO)

 
 

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