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27/10/2009 - 02h30

Saúde, Sarney, vereadores, educação, fiscalização

da Folha Online

Saúde

"Sou paciente do SUS e li com interesse o editorial 'Reequilibrar o SUS' ( Opinião, 26/10).
Estive internado em hospital público na cidade de São Paulo e atualmente dependo do ambulatório de especialidade daquele hospital. Sou da terceira idade e os exames de rotina, pedidos pelos médicos, costumam demorar de três a seis meses. Pode-se morrer antes. Quanto mais pacientes morrerem melhor para o SUS, diria num rompante de quase exagero.
Os leitos destinados aos pacientes do SUS têm diminuído nos hospitais privados e já se fala (em São Paulo já é lei estadual, mas parece ainda não sancionada pelo governador) no atendimento de pacientes de planos de saúde nos hospitais públicos. Para o Estado tanto faz, pois os pacientes de planos de saúde já são atendidos gratuitamente para procedimentos complexos nos hospitais públicos.
O saldo a favor do SUS é de mais de R$ 10 bilhões, e os planos não pagarão nada. A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) é só um cabide de empregos. Não se pode culpar os hospitais privados por não desejarem trabalhar quase de graça para o SUS, mas também não é justo eles estarem, às vezes, se apossando dos hospitais públicos.
Sou a favor da administração dos hospitais pelas organizações sociais, mas com a devida e necessária prestação de contas e supervisão pública das autoridades e até dos pacientes. As autoridades de saúde do governo Lula, em minha modesta opinião de simples paciente, não merecem respeito. Alguém afirmar que os leitos diminuíram, mas isso não importa, porque hoje em dia o moderno é não internar quase ninguém, é de um cinismo só permitido àquele governo. Faltam recursos, mas não só financeiros. Falta competência, capacidade de inovação e interesse em utilizar conscientemente o que está disponível, com agilidade e motivação. As vezes existe o leito, mas não existem auxiliares suficientes, roupa de cama, medicamentos básicos, os chuveiros não funcionam; chega a ser patético. Às vezes existe o equipamento, mas está quebrado.
Estes são exemplos reais e simples, constatados frequentemente."

ADEMIR VALEZI (São Paulo, SP)

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Fundação Sarney

"Os R$ 500 mil desviados de R$ 1,3 milhão doados pela Petrobras à Fundação Sarney ('Patrocínio para Fundação Sarney é regular, diz TCU', Brasil, 23/10) como apoio à cultura, se não tivessem sido desviados para empresas fantasmas da família do senador, dariam uma sobrevida de mais alguns meses, mas não salvariam do fechamento essa fundação, cuja única razão de sua existência é a egolatria de Sarney. Já vai tarde!
O lindo convento centenário, certamente, acabará tendo uma destinação mais nobre e mais útil para o sofrido povo do Maranhão."

RONALDO GOMES FERRAZ (Rio de Janeiro, RJ)

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Vereadores

"Interessante que o mesmo juiz que emitiu sentenças cassando os mandatos de 13 vereadores da Câmara Municipal de São Paulo, tornando-os inelegíveis por três anos, de uma hora para outra volta atrás, 'perdoando-os' e permitindo que eles continuem nas suas atividades legislativas ('Com nova decisão, juiz reconduz os 13 vereadores cassados em SP', Brasil, 24/10).
Com que moral esse juiz julgará os outros processos que tramitam na Justiça Eleitoral de São Paulo?"

ARLINDO RIBEIRO (Diadema, SP)

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Educação

"Ratifico inteiramente as palavras dos leitores Leila dos Santos Queiroz ('Painel do Leitor', 23/10) e Geraldo Tadeu Santos Almeida ('Painel do Leitor', 25/10) sobre a política do governador José Serra, instituindo progressão salarial para os professores da ativa, baseando-se em avaliação de mérito.
Ao se esquecer de nós, professores aposentados, o governador e sua equipe se esquecem também de que foi por nossas mãos que passaram os hoje professores, médicos, engenheiros, advogados, cientistas e outros grandes profissionais que brilham por este Brasil afora, graças à base que lhes foi dada por nós, que estamos, há anos, completamente esquecidos."

AMÉRICO FRANCHI (Ribeirão Preto, SP)

*

"O governo Serra terá que fazer muito mais do que dar aumento salarial a cada três ou quatro anos para atrair jovens que queiram lecionar.
Primeiro, porque o salário inicial continua uma porcaria (este é o termo menos deselegante que posso usar). Segundo, que as condições de trabalho continuarão as mesmas.
Um fato que nunca é mencionado é a desistência dos jovens quando vão fazer estágio em escolas públicas e se deparam com a indisciplina generalizada, o desrespeito aos professores, diretores e aos próprios colegas.
A escola precisa melhorar em vários aspectos. Quem optará por uma profissão dessas, se poderá trabalhar com computadores, por exemplo, em qualquer empresa privada do país, ganhando mais e sofrendo menos?"

MARA CHAGAS (São Paulo, SP)

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Fiscalização

"Não sou petista e não sou um admirador incondicional do presidente Lula. Discordo muito da maioria de seus procedimentos e pronunciamentos, a ponto de ter ficado surpreso com a minha concordância quase total à sua declaração de que 'a fiscalização trava o país'
Para ser preciso, o que trava o país é o exagerado rigor e a enorme amplitude da legislação que regula as licitações, mas, muitas vezes, a culpa recai na fiscalização. Falo com a experiência de ter conduzido durante 15 anos, como diretor, licitações de uma companhia que produzia, armazenava, distribuía, fiscalizava as instalações dos consumidores e comercializava um produto tóxico, inflamável e explosivo. Na época, nos idos de 1970, já tinham existido 12 empresas distribuidoras de gás canalizado no Brasil e só restaram duas: uma no Rio de Janeiro e outra em São Paulo. A última terminara em consequência da explosão de um gasômetro, na cidade de Santos, pouco antes de ser transferida para o governo.
A empresa privada que explorava o serviço de gás canalizado no Estado da Guanabara desistiu da concessão e entregou os serviços ao governo. A salvação do serviço no Rio de Janeiro deveu-se ao enorme esforço feito pela nova direção, à dedicação comovente e ao esforço inaudito do corpo de empregados. Mas tudo seria insuficiente se o saudoso governador Negrão de Lima não tivesse tido a sensibilidade de dispensar temporariamente a CEG-GB do cumprimento da legislação de licitações. Penso que são apenas duas grandes causas que levam à necessidade de privatizar empresas de serviço público: legislação de licitações e critérios políticos para admissão de empregados.
Ironizando, eu diria que a legislação de licitações trava o país e emperra tudo, criando mais direitos para os proponentes do que os que têm os órgãos que promovem as licitações. Mas têm um mérito: raramente se ouve falar no Brasil de obras ou compras mal feitas ou superfaturadas!"

HELIO DE CASTRO CARVALHO (São Paulo, SP)

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Greve

"A Caixa Econômica Federal permaneceu quase 30 dias em greve, provocando prejuízos incalculáveis para correntistas e para a própria instituição. O direito de greve é constitucional e foi elaborado com a intenção de proteger, mas jamais para criar problemas para a população brasileira."

CLÁUDIO FROES PEÑA (Porto Alegre, RS)

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Super-Senador

"O senador Eduardo Suplicy em nada feriu o decoro parlamentar vestindo uma sunguinha vermelha ('Corregedor vai apurar se Suplicy quebrou decoro', Brasil, 17/10).
Depois de tantas coisas que o Senado passou, entre outras as últimas de seu presidente, gostei da ideia e da irreverência do senador Suplicy.
Este não é, nunca foi e, do jeito que está, nunca será um país sério."

DORIVAL LIMA (Recife, PE)

 
 

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